A bursite no ombro é uma condição relativamente comum, que provoca bastante incômodo em quem convive com ela.
As causas envolvem diferentes formas de inflamação nas bursas, estruturas preenchidas por líquido que ficam entre as articulações. Elas são responsáveis por absorver os impactos e aliviar a pressão entre os tendões e os ossos, como se fossem almofadas.
O ombro não é o único local do corpo com esses elementos, que está presente em outras articulações. Além disso, cada área do corpo pode reunir várias bursas, que chegam a centenas.
Ainda que a bursite precise de avaliação profissional para a obtenção do diagnóstico adequado, alguns cuidados podem ajudar no alívio dos sintomas em casa.
As causas da bursite no ombro
Nem todo caso de bursite é igual. Por isso, a condição é normalmente dividida em três categorias, conforme a causa por trás dela.
Bursite crônica
O quadro crônico de bursite é caracterizado pela sucessiva repetição da inflamação nas bursas, por diversas causas.
Como exemplo disso estão condições como artrite reumatoide (e outras alterações autoimunes), gota e alguns tipos de alteração no metabolismo (incluindo o diabetes). Há ainda os casos em que não é possível identificar o que está por trás do quadro.
Bursite infecciosa
Menos comum nos ombros, a bursite infecciosa é provocada pela infecção das bursas por microrganismos (quase sempre bactérias). Eles se aproveitam de lesões na pele, invadem o corpo e infectam as bolsas de líquidos das articulações, gerando os sintomas relatados.
Bursite aguda (ou traumática)
É aquela causada por traumas (ou seja, pancadas) ou pelo movimento repetitivo. Tende a ser mais comum em quem faz determinadas atividades de forma repetitiva, como é o caso de atletas, dentistas ou outros profissionais que dependem de um esforço feito sempre da mesma maneira.
Fatores de risco para a bursite nos ombros
De todo modo, ainda que existam diferentes explicações para essa condição, alguns grupos merecem uma atenção maior para o risco de desenvolvimento do quadro:
- pessoas mais velhas;
- indivíduos com quadros de obesidade, artrite, gota e outros distúrbios autoimunes;
- profissionais que dependem do esforço físico no trabalho;
- quem pratica algum tipo de atividade física que exige movimentos repetitivos;
- quem tem má postura ou passa muito tempo sentado.
Quais os sintomas que mais chamam a atenção
A dor é o sintoma mais conhecido da bursite, mas não o único. A inflamação da bursa também provoca:
- inchaço na articulação;
- sensação de calor na região;
- vermelhidão;
- rigidez e dificuldade de movimentar o ombro comprometido;
- febre.
Muito da forma como a bursite evolui dependerá da causa por trás da inflamação. É comum, por exemplo, nos quadros crônicos que o inchaço e a rigidez sejam os sintomas mais notados. Enquanto isso, na bursite infecciosa, a vermelhidão e a sensação de calor tendem a chamar mais a atenção. Além disso, a intensidade dos sintomas pode variar bastante de pessoa para pessoa.
Dessa forma, a procura por ajuda especializada (de preferência de um ortopedista) se torna essencial para avaliar a alteração e indicar o tratamento adequado.
O diagnóstico e as opções de tratamento para a bursite
Em resumo, o diagnóstico da condição depende da combinação da análise do histórico do paciente, da avaliação do local afetado e, eventualmente, de alguns exames. Os testes normalmente feitos envolvem:
- uso de recursos de imagem, como raios-x, ultrassonografia e ressonância;
- coleta e análise do líquido das bursas, para tentar identificar a causa de uma possível infecção.
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Com a confirmação do diagnóstico, o tratamento escolhido depende justamente do que está causando a inflamação. Com isso, uma ou mais alternativas podem ser usadas em conjunto, considerando algumas das opções abaixo.
- medicamentos para reduzir a dor e controlar a inflamação;
- antibióticos, em caso de um quadro infeccioso;
- remoção do fluido das bursas para aliviar a pressão;
- acompanhamento de um fisioterapeuta, inclusive para recuperar os movimentos e evitar a repetição dos quadros;
- cirurgias, que são raras, mas podem ser importantes quando não há melhoras com outros métodos.
O que mais pode ser feito para aliviar as dores da bursite no ombro
É claro que a orientação profissional é indispensável para obter a melhor solução e resolver o incômodo causado pela bursite nos ombros. Ainda assim, é possível manter alguns cuidados em casa para amenizar os sintomas. Muitos deles podem ser até mesmo incentivados pelo próprio médico:
- aplicação de compressas, geralmente com gelo;
- repouso da área afetada, o que pode incluir o uso de uma tipoia;
- exercícios leves para distensionar a área, sempre com a orientação profissional.
Com o tratamento apropriado e os demais cuidados, a expectativa é que a bursite no ombro melhore em algumas semanas. De toda forma, algumas pessoas podem experimentar um desconforto mais duradouro ou conviver com episódios repetidos, exigindo um acompanhamento médico mais próximo.
Fontes