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5 situações em que o psicólogo infantil pode ajudar

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A infância é uma fase de descobertas e aprendizados, mas também pode ser um período de desafios.

Por isso, em alguns momentos, o acompanhamento de um psicólogo infantil se faz necessário para garantir o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável da criança — e está tudo bem. Isso não quer dizer que os pais e cuidadores falharam em sua criação.

Entenda neste conteúdo qual o papel da Psicologia nas primeiras fases da vida e em quais situações um profissional da saúde pode ajudar.

Como a Psicologia infantil atua?

Também conhecida como Psicologia pediátrica, essa área se baseia em técnicas e abordagens específicas para cada faixa etária (respeitando também a individualidade da criança) com o intuito de promover um ambiente seguro para que ela possa expressar seus sentimentos e pensamentos livremente.

Essa ajuda especializada pode fazer toda a diferença na qualidade de vida do seu filho mais para frente — e não somente com intervenções precoces quando há sintomas de condições psicológicas como pesquisas mais antigas acreditavam.

Estudos recentes, como o publicado na revista acadêmica International Journal of Child Care and Education Policy, apontam que crianças que recebem apoio psicológico durante a infância têm maior probabilidade de desenvolver habilidades emocionais e sociais robustas, que os ajudam a enfrentar desafios futuros com mais confiança.

Assim, o acompanhamento com o psicólogo pediátrico pode ser tão necessário quanto com outros especialistas, como pediatra.

Um psicólogo infantil pode prescrever medicamentos?

Apenas profissionais médicos podem prescrever remédios. Isso quer dizer o que psicólogo não pode fazer isso, sendo essa a responsabilidade de psiquiatras.

Mas, quando há necessidade de medicação, o profissional de Psicologia poderá atuar em conjunto com pediatras e psiquiatras no tratamento geral.

Essa abordagem multidisciplinar assegura que todos os aspectos da saúde da criança sejam considerados, proporcionando um cuidado mais completo e eficaz.

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Imagem ilustrativa (GettyImages)

5 situações em que um psicólogo infantil pode ajudar

É comum que, mesmo sabendo sobre o papel da Psicologia pediátrica na saúde mental dos pequenos, ainda surjam dúvidas sobre quando procurar psicólogo infantil. Aqui estão 5 situações em que esse profissional pode ajudar:

  1. Desafios na comunicação com os pais;
  2. Tristeza constante e falta de motivação;
  3. Dificuldades na relação com os colegas;
  4. Baixo desempenho escolar;
  5. Após mudanças significativas no seu dia a dia.

Entenda melhor a seguir.

1. Desafios na comunicação com os pais

É comum um filho se dar melhor com um dos pais em determinada fase da vida, por exemplo, na infância gostar mais do que mais brinca com ela, já na adolescência, com o que mais conversa com ela. 

No entanto, quando algumas situações podem exercer influência negativa na vida da criança, como quando um dos pais abandonou, se dedicou pouco à relação ou a maltratou.

A dificuldade do filho em se relacionar com um dos pais ou ambos pode, ainda, ser agravada por situações de divórcio, separação ou brigas conjugais.

Se a situação se mantiver mesmo depois de resolver as desavenças entre o casal e ter boas conversas com a criança, é provável que seja hora de procurar um psicólogo.

2. Tristeza constante e falta de motivação

A linha entre uma criança introvertida e uma triste ou desmotivada pode ser bem tênue. Desta forma, é importante reparar bem na forma como ela se relaciona com os outros, se houve uma alteração de humor ou aconteceu algo que poderia levar a esse sentimento.

Portanto, depois de tentar conversar e observar o comportamento dela, proponha mudanças na rotina e tente inserir novas atividades. Se ainda assim a tristeza persistir, o melhor é buscar ajuda de um profissional.

3. Dificuldades na relação com os colegas

Mesmo as crianças mais introvertidas ainda têm amizades com alguns colegas na escola. Se o seu filho prefere sempre brincar sozinho, pode ser o indício de que algo não vai bem. O isolamento pode indicar desde algum distúrbio, como o transtorno do espectro autista, até bullying.

Dependendo da circunstância, a criança pode não se sentir tão confortável em se abrir para os pais. Assim, converse com os professores e com os próprios colegas para entender o que está acontecendo.

4. Baixo desempenho escolar

Provas e avaliações psicopedagógicas podem ser mesmo muito estressantes para as crianças. Nos finais de períodos e anos letivos, pode acontecer de o rendimento delas cair.

É importante estar atento ao contexto social da criança nesse momento, observar se ela está vivendo algum conflito ou dificuldade lidar com alguma situação na família, na escola ou com os colegas. Pode ser válido a ajuda de um psicólogo infantil, principalmente se o comportamento dela estiver diferente.

Antes, tente conversar com professores e orientadores pedagógicos para saber o que pode ser feito dentro da escola para melhorar o quadro. Claro, é essencial ouvir o seu filho.

5. Após mudanças significativas no seu dia a dia

Morte na família, acidentes, mudanças de endereço e qualquer outra alteração drástica na rotina da criança são motivos de atenção. Existe um tempo para lidar com a perda, mas, se as emoções persistirem de forma intensa, deve-se recorrer ao psicólogo.

Enfim, nem sempre é só a criança que precisa de acompanhamento. Além de procurar um psicólogo infantil, talvez seja necessário que os pais também façam um tratamento, já que muitas vezes são as dinâmicas familiares que necessitam de atenção e ajustes.

De qualquer maneira, é fundamental ficar de olho no comportamento do seu filho e como ele reage em diferentes situações.

Meu filho não quer ir ao psicólogo. O que fazer?

Se perceber que a criança está relutante em ir ao psicólogo, é importante abordar a situação com calma e empatia

Comece conversando abertamente com ele, explicando de maneira simples e carinhosa por que acha importante que ele visite esse profissional da saúde. Mostre que o psicólogo está lá para ajudar a lidar com sentimentos e situações difíceis, e que não há nada de errado em pedir auxílio quando é necessário.

É importante também demonstrar apoio e compreensão em relação aos sentimentos do seu filho. Ouça atentamente suas preocupações e pergunte o que o está deixando desconfortável em relação à ideia de ir ao psicólogo. É fundamental validar os sentimentos dele, mostrando que você está ali para apoiá-lo em todas as etapas.

Além disso, escolha um momento adequado e tranquilo para abordar o assunto. Evite conversar sobre a consulta quando seu filho estiver cansado, irritado ou ocupado com outras atividades. Um diálogo em um momento calmo pode ajudar a reduzir a resistência.

Seja paciente e compreensivo. Às vezes, leva tempo para que uma criança se sinta confortável com a ideia de consultar um psicólogo. Dê espaço e tempo para que ele processe essa experiência.

Se a resistência persistir, considere discutir com o psicólogo estratégias específicas para ajudar seu filho a se sentir mais à vontade durante as consultas. 

Lembre-se de que a abordagem gentil e paciente pode fazer uma grande diferença na aceitação e conforto da criança em relação ao acompanhamento psicológico.

Fontes:

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