Normalmente, quem busca por dicas de como parar de roer as unhas é porque já passou por isso ou convive de perto com alguém que tem essa mesma atitude.
O costume de roer as unhas, conhecido tecnicamente como onicofagia, traz inúmeras consequências.
Por que as pessoas têm mania de roer as unhas?
De acordo com um estudo publicado na Acta dermato-venereologica, mais de 40% da população geral, independentemente da faixa etária, rói as unhas.
Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), este é um vício inconsciente. Ou seja, quando menos espera, a pessoa já está com os dentes serrilhando e mastigando as unhas – muitas vezes até sangrar.
Por afetar crianças a adultos e ter origem multifatorial, ou seja, mais de uma motivação, é necessário observar o que leva a esse comportamento. As causas estão associadas a:
Emocionais
- ansiedade: conforme a SBD, muitas pessoas roem as unhas em situações estressantes ou quando estão ansiosas.
- tédio: apesar de menos comum, em momentos de inatividade, roer as unhas pode se tornar um passatempo inconsciente.
- frustração: sentimento de frustração e impotência, por exemplo, também podem desencadear a mania.
Comportamentais
- hábito de infância: muitas vezes, roer unhas começa na infância e se torna difícil de quebrar esse ciclo na vida adulta, principalmente em famílias em que as crianças não podem manifestar suas próprias opiniões, ou são reprimidas ao dizer o que pensam.
- imitação: crianças que veem adultos ou colegas roendo unhas podem adotar o comportamento por imitação, apesar de ser menos comum.
Biológicos
- genética: alguns estudos sugerem que roer unhas pode ter um componente genético, sendo até 63% mais comum em famílias onde outros membros também têm o hábito.
- alterações químicas no cérebro: desequilíbrios químicos no cérebro, associados principalmente a transtornos de ansiedade e compulsão, podem contribuir para o costume.
No entanto, essa prática, muitas vezes vista como inofensiva, pode ter consequências negativas para a saúde física e mental.
O que roer as unhas pode causar
3 alterações físicas
- infecções: roer as unhas pode causar pequenas feridas nos dedos, que são portas de entrada para bactérias e vírus. Essas infecções na pele podem ser dolorosas e, em casos graves, levar a complicações mais sérias;
- danos aos dentes: esse hábito pode não só desgastar os dentes, causar fissuras (rachaduras) e deslocar a posição dos dentes, mas também causar gengivite;
- deformações nas unhas: o ato de roer pode causar deformidades permanentes, prejudicando assim, o crescimento e desenvolvimento saudável das unhas.
3 impactos na saúde mental
1 – Ansiedade e estresse
Muitas pessoas roem as unhas como uma forma de lidar com a ansiedade e o estresse. Mas, esse comportamento pode se tornar um ciclo vicioso, em que roer as unhas aumenta a ansiedade, levando a mais roedura.
2 – Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
Em alguns casos, roer as unhas pode ser um sintoma de TOC; isso significa a pessoa sente uma necessidade compulsiva de realizar esse ato repetitivo e muitas vezes não consegue controlá-lo.
3 – Baixa autoestima
Pessoas que roem as unhas frequentemente sentem vergonha de suas mãos, dessa forma, é comum que afete a autoestima e confiança social.
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6 dicas práticas de como parar de roer as unhas
1. Monitoramento de hábitos
Manter um diário para anotar quando e porque você roeu as unhas pode ajudar a identificar gatilhos e padrões de comportamento. Assim, é possível estar alerta nesses momentos e se concentrar para não levar a mão à boca.
2. Reforço positivo
Recompensar-se por não roer as unhas pode ajudar a reforçar o comportamento desejado. Por exemplo, ao passar o dia com as unhas intactas, você pode se permitir assistir um episódio extra da sua série preferida.
3. Substituição de hábitos
Encontrar hábitos alternativos para substituir o roer unhas, como usar um anel para girar nos dedos, por exemplo, é eficiente.
De acordo com uma pesquisa publicada na JAMA dermatology, mais da metade das pessoas do grupo de teste melhoraram e reduziram esse mau hábito com essa estratégia.
Mas, no estudo, os exemplos de substituição de hábitos incluíam tocar o corpo levemente. Por exemplo, no momento de levar as mãos à boca, tocar os dedos de forma suave, esfregando levemente, ou passar na parte de trás dos braços.
4. Buscar ajuda profissional
Para quem já tentou diversas estratégias e ainda encontra dificuldades para parar de roer as unhas, pode ser útil buscar apoio profissional. Afinal, um psicólogo pode ajudar a identificar as causas desse mau hábito e trabalhar em estratégias personalizadas para superá-lo.
Com dr.consulta você encontra psicólogos que podem oferecer suporte e técnicas de terapia cognitivo comportamental (TCC) para te ajudar a como parar de roer as unhas. Marcar uma consulta pode ser o primeiro passo para entender melhor o seu comportamento e encontrar soluções eficazes.
5. Manutenção de cuidados com as unhas
Manter as unhas aparadas e curtas, bem como fazer manicure regularmente, reduz a tentação de roê-las. Afinal, as unhas estarão sempre bem cuidadas.
Além disso, é possível aplicar esmaltes ou soluções amargas para desencorajar o hábito. Outra opção que pode ser eficiente, é usar bandagens ou fitas adesivas sobre as unhas para evitar roer.
6. Mantenha as mãos ocupadas
Encontrar outras atividades para manter as mãos ocupadas, como apertar uma bola antiestresse, pode ser eficaz, principalmente para quem identificou os momentos de gatilho.
Por fim, abandonar o hábito de roer as unhas é possível com persistência e as estratégias certas. Lembre-se de que cuidar das suas unhas não é apenas uma questão estética, mas também de saúde e bem-estar.
Adotar práticas saudáveis e buscar ajuda profissional, se necessário, são passos importantes nessa jornada.
Fontes: