Conheça 4 doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
O Aedes aegypti é um pernilongo considerado doméstico e de vida urbana, sendo mais comum em áreas com grande concentração populacional. Mais de 80% dos seus criadouros são encontrados dentro das casas ou em seus arredores, segundo dados do Ministério da Saúde.
O Brasil vem testando a soltura de mosquitos geneticamente modificados, conhecidos como Aedes do bem, para controlar a proliferação do mosquito e reduzir o número de casos das doenças transmitidas por ele. No entanto, até o momento, a medida mais eficaz para evitar sua proliferação é retirar e tampar todo e qualquer recipiente que possa acumular água e se tornar um criadouro.
Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
1. Dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática ou ter sintomas graves, que incluem:
- febre alta repentina, acima dos 39 graus;
- dores atrás dos olhos, cabeça e articulações;
- prostração;
- manchas vermelhas e coceira na pele.
- dor abdominal intensa;
- sangramentos de mucosas, como nariz e gengiva;
- vômitos;
- diarreia.
Apenas os sintomas são tratados, já que não há medicamentos específicos para curar o vírus. Remédios com ácido acetilsalicílico (AAS) não devem ser usados, pois aumentam os riscos de hemorragias.
A Fiocruz está desenvolvendo uma vacina nacional contra a dengue, que ainda está em fase de testes. Há, no mercado, uma vacina aprovada pela Anvisa, mas que não foi incorporada ao sistema público de saúde.
2. Zika
A maior preocupação com o zika vírus é a sua relação com casos de microcefalia e alterações neurológicas em bebês cujas mães tiveram contato com o vírus durante a gravidez — mesmo que não tenham manifestado sintomas.
A doença é assintomática em 80% dos casos, e quando os sinais aparecem, costumam ser brandos, como febre baixa, manchas vermelhas na pele, coceira, dores leves nas articulações e olhos vermelhos. Em alguns casos também pode haver dor de garganta, tosse, vômitos e inchaços no corpo.
Não há um tratamento específico para o vírus da zika e apenas os sintomas são tratados.
3. Chikungunya
A chikungunya é assintomática em cerca de 30% dos casos. Seu maior perigo é se tornar incapacitante, causando dores articulares intensas por até seis meses após o contágio. Os sintomas da doença incluem:
- febre de início repentino;
- dores fortes nas articulações, especialmente tornozelos, joelhos e pulso;
- dores de cabeça;
- manchas vermelhas pelo corpo.
Não há um antiviral específico para tratar a chikungunya. Tratam-se os sintomas com remédios para aliviar as dores — além do repouso e da hidratação.
Interessante: Chikungunya é uma expressão africana que significa “aquele que se dobra” por conta da aparência encurvada dos pacientes que se contorcem pelas dores articulares.
4. Febre amarela
Desde 1942, o Brasil não registra nenhum caso de febre amarela transmitida pelo Aedes aegypti — a chamada febre amarela urbana. Os casos registrados são de febre amarela silvestre, transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.
Independentemente da espécie do mosquito, o vírus é o mesmo e se manifesta com os seguintes sintomas:
- febre de início súbito;
- calafrios;
- dor de cabeça intensa;
- dores nas costas e no corpo;
- náuseas e vômitos;
- fadiga e fraqueza.
A maioria das pessoas tem apenas esses sintomas iniciais, melhorando em seguida. No entanto, em cerca de 15% dos casos, há um breve período — de algumas horas a um dia — sem a manifestação de sintomas para, então, aparecer uma forma mais grave da doença.
Nesses casos, os sintomas são:
- febre alta;
- icterícia: pele e branco dos olhos amarelados;
- hemorragia, especialmente no trato gastrointestinal;
- choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
Na forma grave, cerca de 20% a 50% dos pacientes podem morrer.
Como nas demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, não há um tratamento específico para febre amarela. Os sintomas são controlados com antitérmicos e analgésicos — exceto os medicamentos com AAS, devido aos riscos de hemorragias.
A melhor forma de prevenção contra a febre amarela é a vacina, que está disponível no SUS. Uma única dose é suficiente para garantir a imunização por toda a vida.
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obrigado por avisar eu vou prestar atenção.