7 doenças transmitidas por mosquitos e como preveni-las

As arboviroses são um grupo de doenças causadas por vírus e disseminadas por artrópodes (animais invertebrados), principalmente mosquitos. Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são os principais vetores das enfermidades no Brasil.
Para que o atendimento adequado a esses quadros de saúde seja prestado, é essencial entender as características de cada um, reduzindo, assim, os riscos à vida do paciente.
O conteúdo a seguir tem como objetivo esclarecer suas particularidades, bem como formas de cuidado preventivo e combate.
Principais condições transmitidas por mosquitos
Entre as patologias denominadas arboviroses, destacam-se:
- dengue;
- febre amarela;
- zika;
- chikungunya;
- febre oropouche;
- malária;
- elefantíase.
1. Dengue
No Brasil, o vetor é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Dores no corpo, nas articulações e atrás dos olhos, febre alta e manchas vermelhas na pele são algumas manifestações da condição, segundo o Ministério da Saúde.
Em casos graves, pode haver ainda quadro de hemorragia, o que coloca a vida do paciente em risco. Por isso, é importante buscar orientações médicas imediatamente.
O diagnóstico da dengue é clínico e pode ser confirmado por exames. Já o tratamento é feito com hidratação e controle dos sintomas.
Além de focar no combate aos focos de reprodução do inseto, é possível se prevenir com o uso de repelentes e buscar a vacina para imunização.
2. Febre Amarela
Pode ser transmitida tanto pelo Aedes aegypti quanto pelo mosquito Haemagogus e Sabethes – sendo o primeiro responsável pelo ciclo urbano e os dois últimos pelo silvestre.
É fundamental procurar ajuda profissional ao notar sinais como febre alta, calafrios, dores musculares, pele amarelada (icterícia) e vômitos, orienta o Ministério da Saúde, já que, ao evoluir, a condição pode provocar falência hepática e renal.
Assim como na dengue, o tratamento da febre amarela tem como objetivo aliviar os sintomas e a prevenção é feita principalmente com a vacinação.
3. Zika
Outro vírus transmitido pelo Aedes aegypti, o zika causa infecções assintomáticas ou com febre baixa (com temperatura abaixo de 38,5ºC), erupções na pele, conjuntivite e dores de cabeça e musculares.
As gestantes precisam ter um cuidado maior, já que a enfermidade tem relação com quadros de microcefalia em bebês de mães infectadas e síndromes neurológicas (como a Guillain-Barré).
O diagnóstico é feito após a análise dos sinais e exames específicos para intervenções que foquem no alívio do mal-estar, sem antivirais.
Com o Cartão dr. consulta é possível ter acesso a diferentes especialistas, além de procedimentos com valores especiais, que auxiliam no processo de rastreio de condições de saúde.
Ainda não existe vacina contra esse vírus. Por isso, é preciso controlar os pontos de risco para a reprodução do Aedes aegypti e usar repelentes.
4. Chikungunya
Transmitida no Brasil pelo mesmo mosquito, causa febre, dores intensas no corpo, coceira, manchas vermelhas, náuseas e vômito, calafrios, diarreia e erupções cutâneas.
Existem testes laboratoriais que contribuem para a sua detecção, além da avaliação das manifestações clínicas. O tratamento atual envolve o uso de remédios para atenuar seus efeitos no organismo.
5. Febre Oropouche
Muito semelhante à dengue, desencadeia dores de cabeça e musculares intensas, febre alta, náuseas e diarreia, sendo tratada com medicamentos para melhorar os sintomas.
A transmissão do vírus da Oropouche ocorre majoritariamente pelo Culicoides paraensis (mosquito-pólvora), mas também pode ser pelo Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca), Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus (os dois últimos no ciclo silvestre). Combater a proliferação dos agentes propagadores é a forma mais eficaz de prevenção.
6. Malária
É causada por protozoários do gênero Plasmodium, sendo transmitida pelo mosquito Anopheles. Provoca febre alta, calafrios, suor intenso, anemia e, em casos graves, complicações como insuficiência renal e cerebral.
Após a identificação do quadro por um profissional, que pode solicitar testes de rastreio, o tratamento é feito com medicamentos antimaláricos.
Ainda não existe uma vacina no Brasil (o imunizante disponível funciona apenas para a condição presente em alguns países do continente africano). Assim, é necessário seguir as demais medidas preventivas.
7. Elefantíase (Filariose Linfática)
Ao picar uma pessoa, o mosquito Culex pode transmitir vermes parasitas do gênero Wuchereria, que causam obstrução dos vasos linfáticos – levando ao inchaço crônico e a deformidades nos membros e na região genital.
O Ministério da Saúde indica que a patologia está em fase de eliminação no Brasil, sendo restrita a focos endêmicos em cidades da Região Metropolitana de Recife, como a capital de Pernambuco, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista.
Ainda assim, é importante tomar as devidas precauções, pois, mesmo com antiparasitários e cuidados para reduzir o inchaço, ela pode deixar sequelas permanentes.

Como prevenir a proliferação de vetores de doenças
A melhor maneira de combater esses insetos é por meio da eliminação de criadouros. Isso inclui:
- evitar o acúmulo de água parada em garrafas, pneus, suporte e vasos de plantas, entre outros recipientes;
- manter caixas d’água, tonéis e barris bem fechados;
- limpar regularmente calhas, ralos e outros locais propícios à reprodução de larvas, bem como aplicar larvicidas;
- utilizar mosquiteiros e repelentes.
A conscientização e os cuidados por parte da população são essenciais para evitar surtos dessas condições, principalmente durante períodos de chuva e altas temperaturas, nos quais há maior proliferação dos vetores.
Fontes: