6 doenças do verão para ficar de olho e como evitá-las
Os dias mais quentes, comuns principalmente no verão, podem vir acompanhados de condições típicas de altas temperaturas, tanto em crianças quanto em adultos.
Vários cuidados podem ser tomados durante a estação mais quente do ano – ou até mesmo em dias atípicos – para evitar imprevistos de saúde.
Para se prevenir, é preciso, antes de tudo, conhecê-las. O conteúdo abaixo reúne informações sobre as principais condições que costumam levar a população aos hospitais neste período do ano.
Tudo sobre as doenças mais comuns no verão
O Ministério da Saúde destaca pelo menos seis condições que são mais frequentes durante os meses de dezembro a março, período que compreende a estação mais quente do ano. São elas:
1. Arboviroses
O termo é usado para condições virais transmitidas por insetos, como o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir o vírus causador da dengue, zika, chikungunya e febre amarela – enfermidades comuns nessa época do ano.
No Brasil, as chuvas e as temperaturas altas, típicas do verão, favorecem a reprodução do mosquito. A prevenção de todas essas doenças é a mesma: evitar ser picado pelo inseto. Algumas medidas que podem ajudar são:
- eliminar locais de reprodução de mosquitos, removendo recipientes com água parada;
- usar repelentes na pele exposta e/ou roupas de manga longa;
- instalar telas mosquiteiras em janelas e portas;
- evitar práticas e passeios ao ar livre durante os horários de pico de atividade dos mosquitos (no amanhecer e ao anoitecer);
- considerar o uso de mosquiteiros para dormir, especialmente em áreas com foco de transmissão;
- certificar-se de estar vacinado contra a febre amarela e dengue. A zika e chikungunya ainda não têm imunizantes aprovados para uso na população.
É importante estar atento aos sintomas das arboviroses e buscar orientação de um profissional de saúde. Com Cartão dr. consulta é possível ter acesso a diferentes especialistas, além de realizar exames com valores especiais, que ajudam no diagnóstico e tratamento de condições, como as arboviroses.
2. Micose
A mistura de calor, suor, praia e piscina é um convite para fungos se instalarem na pele, unhas, couro cabeludo e mucosas.
Além do aumento de umidade, atividades ao ar livre, piscinas, praias e vestir roupas mais leves geram contato direto maior com superfícies infectadas.
Quando ocorre a proliferação desses fungos, pode haver lesões com coceira, vermelhidão, descamação e, em alguns casos, formação de bolhas.
Normalmente, as regiões mais afetadas pela condição são as virilhas, as axilas e entre os dedos dos pés.
Por isso, durante o verão, é essencial manter as práticas de higiene pessoal, deixar as dobras do corpo sempre secas e limpas, além de evitar o compartilhamento de objetos pessoais.
Ao primeiro sinal de infecção, é importante procurar um clínico geral ou um dermatologista para que a área seja examinada e o tratamento correto seja indicado.
3. Otite
As infecções no ouvido também são mais frequentes no verão. Isso acontece devido ao acúmulo de água no canal auditivo, que é muito comum em uma época tão propícia a mergulhos em praias e piscinas.
O desenvolvimento de bactérias no ouvido causa bastante incômodo, podendo provocar dor aguda, vermelhidão na região e febre alta.
Para minimizar as chances de uma infecção, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo recomenda:
- secar bem os ouvidos com lenço de papel ou papel higiênico;
- não usar hastes flexíveis para limpar o ouvido, pois podem empurrar secreções e cera para o interior do conduto auditivo;
- não exagerar no tempo dentro d’água (seja no mar, piscina, rio, banheira ou outros espaços).
Em caso de sintomas, é importante procurar atendimento médico. A automedicação não é recomendada, pois pode gerar complicações e riscos ao paciente.
O diagnóstico da otite deve ser realizado pelo otorrinolaringologista, que pode solicitar um exame otológico para verificar o interior do ouvido. Se necessário, o médico fará a prescrição de um antibiótico para tratamento da condição.
4. Desidratação
O corpo humano tem uma forma bastante eficiente de evitar o superaquecimento: o suor. Porém, se a perda de líquidos for excessiva, o organismo começa a apresentar sinais de desidratação.
Os principais sintomas são: mal-estar e fraqueza, ressecamento de mucosas (como olhos, nariz e boca), longos períodos sem urinar e aumento da irritabilidade.
Para evitar que isso aconteça, a dica é bastante simples: beber água. Cuidar também da alimentação, consumindo muitas frutas e sucos, para garantir a hidratação e a energia necessária para enfrentar os dias de sol.
Além disso, é importante redobrar os cuidados com a prática de atividades físicas ao ar livre, optando pelos horários em que o sol e o calor não estão tão fortes para realizar seus exercícios.
5. Insolação
A exposição prolongada e inadequada ao sol resulta, segundo o Ministério da Saúde, em um aumento da temperatura corporal, o que pode levar a sintomas como tonturas, náuseas, dor de cabeça, pulso rápido, pele quente e seca, distúrbio visual e confusão mental.
Em quadros mais graves, a pessoa pode apresentar respiração rápida e difícil, extremidades arroxeadas, palidez, convulsões, temperatura muito elevada, aumento do ritmo cardíaco, coma e, em alguns casos, óbito.
Para prevenir a insolação, é essencial adotar medidas de proteção:
- optar por aproveitar os momentos de lazer na sombra, principalmente entre 10h e 16h;
- usar óculos de sol, chapéus, bonés e camisetas UV;
- aplicar protetor solar regularmente;
- manter-se hidratado.
Em casos de exposição prolongada ao sol e surgimento de sintomas, especialmente os mais graves, é fundamental procurar abrigo, resfriar o corpo e buscar assistência médica.
6. Intoxicação alimentar
As altas temperaturas diminuem o tempo de conservação dos alimentos que não são mantidos sob refrigeração adequada.
A ingestão de comidas e bebidas contaminadas possibilita a ocorrência das chamadas doenças transmitidas por alimentos e água ou intoxicação alimentar.
Náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, falta de apetite e febre são os principais sintomas, aponta o Ministério da Saúde. A prevenção dessa condição depende de:
- higienizar as mãos antes de comer e preparar as refeições, após ir ao banheiro, utilizar o transporte público, brincar com animais de estimação e antes/depois de trocar fraldas;
- manter alimentos bem refrigerados;
- cuidar para que as refeições fora de casa sejam feitas em estabelecimentos seguros e bem higienizados.
Em caso de manifestação dos sintomas, é importante ter cuidado com a desidratação e procurar atendimento médico para que seja indicado o melhor tratamento para o caso.
Fontes: