Atualmente, temos diversos métodos contraceptivos no mercado. Eles variam em eficiência, indicação e possíveis efeitos colaterais.
Escrevemos este artigo para que você conheça um pouquinho mais sobre o assunto, mas vale lembrar que o ideal é fazer uma consulta com seu ginecologista para uma orientação mais segura e que faça sentido dentro da sua história.
Os 5 tipos de métodos contraceptivos:
- método de barreira;
- método hormonal;
- método comportamental;
- método intrauterino;
- método cirúrgico.
1- Método de barreira
Método de barreira são os que impõem obstáculos físicos ou químicos aos espermatozoides no canal cervical, formando uma “barreira”. Este tipo é reversível. Alguns exemplos deste método são: camisinhas, diafragma, esponja contraceptiva, capuz cervical e espermicida.
2- Método hormonal
Os contraceptivos hormonais são à base de formas sintéticas de hormônios naturais (estrogênio e progesterona). Dependendo do método pode-se combinar os dois ou ter apenas a forma sintética do segundo. Este tipo é reversível.
Alguns exemplos deste método são: pílula anticoncepcional, DIU Mirena e Kyleena, injeção, implante subcutâneo, adesivo, anel vaginal e pílula de emergência (“pílula do dia seguinte”).
3- Método comportamental
Existem dois métodos comportamentais que se destacam: a tabelinha e o coito interrompido.
Na tabelinha, a mulher pode acompanhar as alterações do seu corpo durante todo ciclo menstrual e identificar, através do reconhecimento destas alterações, se ela tem maior ou menor chance de engravidar caso tenha relação sexual desprotegida.
O coito interrompido é simplesmente a interrupção da penetração durante o ato sexual para evitar que a ejaculação ocorra dentro da vagina.
Estes dois métodos isoladamente têm uma eficácia muito baixa na proteção contra a gravidez, se comparados com os demais.
4- Método intrauterino
Os dispositivos intrauterinos (DIUs) são métodos contraceptivos de longa duração e são inseridos no útero através do canal vaginal. Este tipo é reversível. Alguns exemplos deste método são: DIU de cobre ou prata (que não utilizam hormônios) e DIU hormonal.
5- Método cirúrgico
Este método baseia-se em procedimentos cirúrgicos para o bloqueio dos canais de passagem do óvulo ou espermatozoide, impedindo que eles se encontrem após uma relação sexual desprotegida.
É o caso da laqueadura (para quem tem útero) e da vasectomia (para quem tem testículo). São considerados potencialmente reversíveis, mas a taxa de sucesso para a reversão é muito baixa. Então o ideal é optar por este método quando se tem certeza de que não quer mais ter filhos naturalmente.
Qual a eficácia dos métodos contraceptivos?
Ouvimos muitos relatos de pessoas que engravidam mesmo tomando pílula ou usando preservativo, por exemplo.
De acordo com os fabricantes, métodos como camisinha, DIU, anticoncepcional garantem entre 95% a 99,99% de eficácia, se usados corretamente.
Mas e a pílula do dia seguinte? Não é um método contraceptivo?
Não! A pílula “do dia seguinte” não é um método de prevenção, mas sim de emergência! Ela consegue evitar uma gravidez indesejada, porém, não deve ser usada de forma indiscriminada. O uso excessivo pode trazer vários prejuízos para a saúde da mulher.
Caso seja necessário o uso da pílula, ela deve ser utilizada após ter relação sexual desprotegida em até três dias (72 horas). Nas primeiras 24 horas, por exemplo, sua eficácia é de 88% e vai diminuindo ao longo dos dias.
Os métodos contraceptivos e as ISTs:
Quando falamos sobre métodos contraceptivos, a primeira coisa que nos vem à cabeça é gravidez, mas proteção não é só sobre isso.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, como HIV, sífilis, gonorreia Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.
Atualmente o único método ( e que também é contraceptivo) que previne as ISTs são os preservativos. Portanto, independentemente de qual método contraceptivo for escolhido para não engravidar, sempre deve ser combinado com o uso da camisinha em toda relação sexual, pois somente ela protege contra IST.
*As informações da tabela foram compiladas pela equipe do dr.consulta.
Agende uma consulta com seu ginecologista para avaliar o melhor método para você.
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