Depois do rompimento do cordão umbilical, um dos maiores vínculos que o bebê mantêm com a mãe é no ato de amamentar, ou seja, pelo aleitamento materno. Apesar desse momento se repetir várias vezes ao dia e durante os primeiros anos da criança, é comum haver dúvidas sobre a amamentação, mesmo entre as mães mais experientes.
Os conselhos passados de geração em geração – das avós para as mães e das mães para as filhas – são válidos, é claro, no entanto, é indicado muitas vezes buscar ajuda especializada e seguir as orientações de saúde para tornar esse momento ainda mais especial.
Principais dúvidas sobre amamentação respondida por nossos especialistas
Selecionamos dúvidas das nossas seguidoras e usuárias e consultamos nossos especialistas para criar um guia, com várias dicas:
A amamentação
Quantas vezes amamentar?
Pelo menos de 6 a 8 vezes por dia, nos primeiros meses de vida.
Quanto tempo deve durar cada mamada? Qual o intervalo entre elas?
O tempo de mamada varia muito de criança para criança e a duração não está relacionada com a quantidade de leite ingerido – já que a eficiência da sucção também pode mudar.
O mais importante é prestar atenção se o lactante fica confortável após as mamadas e avaliar o intervalo desses momentos que, normalmente, é de duas a quatro horas. Nos seis primeiros meses de vida, a amamentação é de livre demanda.
É aconselhável acordar o bebê para mamar durante a madrugada?
Se a criança está ganhando peso, é sinal de que está sendo bem nutrida e esse é apenas um dos grandes benefícios diretos da amamentação. Portanto, não precisa ser necessariamente acordada durante a noite ou qualquer outro horário do dia em que esteja dormindo, para ser alimentado.
Até que idade devo amamentar a criança?
A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam a amamentação exclusiva por seis meses. Após esse período a amamentação pode ser continuada, mas desde que seja oferecida em parceria com a alimentação complementar. Saiba por que amamentar o recém-nascido é importante.
Por que amamentar dói?
Idealmente, a amamentação deve ser um momento de mais intimidade e prazeroso tanto para a mãe quanto para o bebê. Se esse ato estiver causando qualquer tipo de incômodo a um dos dois, vale entender suas causas.
As dores comuns nos seios podem ser geradas por rachaduras e pela própria “pega” da criança. Nesse caso, uma das opções é mudar a posição até encaixar devidamente, pensando também no conforto postural.
O bebê deve ser posicionado de forma que abocanhe toda a auréola ou a maior parte dela e sua barriga deve ficar em contato com a barriga da mãe, próximos um do outro para evitar os “puxamentos” nos seios ou mordeduras quando a criança tem os primeiros dentes. Confira outras dicas no Guia “O que ninguém fala sobre como amamentar“.
Se a dor for mais frequente e a quantidade de leite é reduzida, especialmente nos três meses iniciais da amamentação, é preciso consultar um ginecologista para avaliar se existe algum tipo de inflamação na mama. A mastite é uma infecção dolorosa da mama que causa inchaço, calor, febre e calafrios.
Como saber se a criança mamou o suficiente?
Naturalmente o bebê irá rejeitar o peito quando não quiser mais o leite e estiver satisfeito. Por outro lado, enquanto tiver fome, pode “pedir” mais e mais, fazendo com que a mãe até troque de peito, um dos sinais mais claros disso é, muitas vezes, o choro.
Outra dica é avaliar a quantidade de fraldas, o bebê deve trocar em média 6 fraldas por dia.
Posso usar mamadeira e chupeta, nessa fase?
A mamadeira pode ser um meio de contaminação e gerar riscos para o bebê, ainda que esteja devidamente higienizada, por isso seu uso não é recomendado.
O leite
Existe leite fraco?
O leite materno é o alimento mais completo e equilibrado que as mães podem oferecer aos filhos. Por oferecer os mais diferentes nutrientes para o desenvolvimento desde os primeiros dias de vida, é recomendado ser dado até os seis meses de vida.
Mantendo a amamentação e o acompanhamento regular com o pediatra, é esse profissional que poderá prescrever fórmulas complementares para os casos específicos.
A mãe deve oferecer sempre os dois peitos?
Normalmente os dois peitos são oferecidos até para ajudar no esvaziamento e na nova produção de leite. O primeiro peito deve ser o dado na última mamada, para evitar o empedramento.
Estou com o leite empedrado, o que devo fazer?
Se a mulher tem uma produção de leite elevada e o bebê não consome, os dutos lactíferos sofrem uma compressão e impede a passagem do leite. Como consequência, a área fica bem sensível e dolorida.
Para aliviar a dor e a causa é recomendado fazer massagens em movimentos circulares. Se o empedramento e a dor forem insistentes, é necessário consultar um ginecologista.
A alimentação da mãe interfere no leite?
Mesmo não existindo uma lista de restrições, manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, faz com que o leite também seja mais rico e saudável.
Alimentos mais condimentados e fermentadores alteram geralmente o sabor do leite e podem provocar cólicas nos bebês. Por isso, devem ser consumidos com moderação. O leite excedente pode ser retirado e congelado.
Bebê que mama na mamadeira não pega mais o seio?
Após experimentar a mamadeira é comum que os bebês tenham mais dificuldade em retornar o peito, pelo próprio movimento de sucção. Enquanto o bico da mamadeira é mais “molinho”, o bico do seio é mais rígido e exigirá um esforço maior de sucção.
As mães que necessitam, podem utilizar copinhos, colheres ou outros tipos de mamadeiras que simulem o seio materno.
Posso dar água ao bebê que está no aleitamento materno exclusivo?
Não. O leite materno já contém água suficiente em sua composição para hidratar o bebê, especialmente o do início da mamada. Lembre-se: o seu leite é o alimento mais completo que existe.
Fontes: