A causa do mau hálito não é única. Ao todo, são mais de noventa causadores da halitose ou o famoso mau hálito. A maioria dos quadros está relacionado com as questões bucais, mas não são exclusivos. Muitos pacientes têm “bafo” por disfunções do aparelho digestivo ou outras doenças sistêmicas que precisam ser investigadas.
Essa pode ser a causa do seu mau hálito
- descamações na boca;
- gengivite;
- distúrbios gástricos;
- doenças hepáticas;
- infecções respiratórias;
- doenças renais.
1 – Descamação na boca
Os cáseos também chamados de tonsilolitos, são aquelas “massinhas” branco-amareladas que ficam retidas na superfície das amígdalas, que tem cerca de 30 a 40 buracos chamados criptas, que servem para aumentar a superfície desse órgão.
Em alguns casos, as criptas podem ser bem alargadas, formando verdadeiras fendas, geralmente na parte de cima das amígdalas, o que varia de pessoa a pessoa, por conta da anatomia corporal.
Normalmente, se fala que os cáseos são restos de alimentos, mas podem ser também da descamação natural das células da mucosa oral e do interior das criptas – que se somam com as bactérias que todas as pessoas têm no interior da boca. Essas bactérias se alimentam dos restos e provocam o mau hálito. Quando calcificadas, geram as “massinhas”.
A descamação da boca pode aumentar quando:
- a pessoa respira pela boca;
- a boca fica mais seca pelo uso de medicamentos como os diuréticos ou antidepressivos;
- se toma pouca água;
- no caso do refluxo gastroesofágico.
Tratamento
O tratamento inicial para essa causa do mau hálito consiste na melhora da respiração nasal, na revisão dos medicamentos que reduzam a quantidade da saliva produzida (com o auxílio de um profissional de saúde) e pelo aumento da ingestão de líquidos.
Se houver insucesso no tratamento clínico, a cirurgia para retirada das amígdalas pode ser uma alternativa.
2 – Gengivite
A gengivite é uma doença que acomete as gengivas, provocando inflamação, inchaço, sangramento e o mau hálito e é o estágio inicial de outra doença mais grave: a periodontite.
A causa direta da doença é a placa – uma película viscosa e incolor de bactérias que se forma constantemente nos dentes e gengiva. Muitos pacientes podem ter ainda uma retração ou recuo da gengiva – o que favorece os espaços de acúmulo de resíduos alimentares e, consequentemente, a proliferação dessas bactérias.
Tratamento
Com a limpeza bucal (chamada tecnicamente de profilaxia dental) essa questão pode ser resolvida mais facilmente, uma vez que é esperada a retirada das placas bacterianas e dos tártaros. Outra medida preventiva é manter a boa higiene da boca, com a escovação diária correta dos dentes e da língua, além do uso do fio dental.
3 – Distúrbios gástricos
Entre os distúrbios gástricos, os que mais provocam mau hálito são o refluxo e a gastrite. No primeiro o alimento que já estava em processo de digestão volta para o esôfago, deixando um gosto ruim na boca e o mau cheiro.
Enquanto isso, quem tem gastrite frequentemente se queixa da desagradável sensação de queimação no estômago. Isso pode vir acompanhado de uma digestão mais lenta e do cheiro ruim.
Tratamento
Pacientes com histórico de disfunções gástricas precisam rever os hábitos alimentares para ter uma alimentação mais saudável. Alimentos muitos ácidos ou picantes, por exemplo, devem ser evitados sempre que possível.
4 – Doenças hepáticas
O fígado é responsável pela produção de substâncias importantes, entre elas, as que ajudam na digestão. Entretanto, determinadas doenças reduzem a capacidade de metabolização hepática, provocando inúmeros quadros de saúde, como a cirrose e a halitose. Esse odor do hálito hepático é conhecido como cheiro de “terra molhada”.
Tratamento
As doenças do fígado tendem a ser mais graves e exigem exames específicos. O diagnóstico e tratamento deve ser prescrito por um hepatologista e vão variar conforme a doença e gravidade do estado do paciente.
5 – Infecções respiratórias
A sinusite, broncopneumonia, abscessos e faringite, podem estar associadas à halitose. As secreções geradas por essas doenças somadas às bactérias que causam as mesmas inflamações e infecções contribuem para o surgimento do mau hálito e do gosto bucal ruim.
Tratamento
Geralmente, com a atuação direta no processo inflamatório, a tendência de normalização do hálito também retorna.
6 – Doenças renais
Os rins têm a função de filtrar o sangue e excretar substâncias tóxicas, como a ureia. Quando fora do seu funcionamento padrão, o acúmulo dessas substâncias no organismo podem ser a causa do mau hálito – que, nesse caso, é chamado de “hálito urêmico” por ter cheiro de amônia e urina.
É por isso que quem tem insuficiência renal, recebe a recomendação para diminuir a ingestão de líquidos para não sobrecarregar os rins – o que reduz a produção salivar e agrava a halitose.
Tratamento
Para indicar o melhor tratamento, o nefrologista pode solicitar diferentes tipos de exames. Por ser uma consequência indireta desse grupo de doença, o mau hálito melhora quando essas são devidamente tratadas.
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Fontes: