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Estafa mental: o cérebro realmente se cansa?

Lonely sad woman deep in thoughts sitting daydreaming or waiting for someone in the living room with a serious expression, she is pensive and suffering from insomnia sitting on couch

O excesso de tarefas diárias pode contribuir para um quadro de saúde popularmente conhecido como estafa mental. Os principais sintomas são desânimo sem motivo, dores no corpo e falta de motivação para fazer o que gosta.

E não precisa ser alguém com um trabalho muito importante e cheio de atribulações para sofrer com estafa mental. Vamos entender como isso acontece. 

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Entenda a estafa mental

De acordo com o Ministério da Saúde, qualquer pessoa que se propõe a realizar muitas coisas de uma vez e em curto espaço de tempo pode sofrer com a sensação de esgotamento. No entanto, para ser considerado um caso de estafa mental, é preciso que a condição seja persistente.

O especialistas explicam que a estafa mental não pode ser caracterizada por apenas um episódio. Se uma pessoa passa uma semana atribulada, com diversos afazeres, e apresenta esse sintoma na sequência, por exemplo, não necessariamente será diagnosticada com a doença.

Para que isso aconteça, é necessário apresentar sensação de cansaço extremo, falta de energia e motivação para realizar tarefas diárias como estudar, se relacionar com pessoas e trabalhar de forma persistente. E tudo isso pode vir acompanhado de falha de memória, insônia, azia e palpitações. 

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6 sinais de estafa mental

Algumas mudanças no comportamento e estilo de vida podem indicar se a pessoa está sofrendo uma estafa mental. Vale a pena observar o seguinte:

  1. os hábitos alimentares se tornam piores. A ansiedade pode enfraquecer o paladar, estimulando o consumo de produtos mais calóricos e gordurosos para compensar a falta de sabor. Ganho de peso, refluxo e prisão de ventre podem ser consequências disso;
  2. a agressividade aumenta. A sobrecarga mental pode fazer com que a pessoa exploda até pelos motivos mais banais. Essa falta de paciência pode propiciar conflitos, enfraquecendo os relacionamentos;
  3. a pessoa trabalha, mas não produz. Ainda que esteja presente no ambiente de trabalho, a tendência à procrastinação aumenta, diminuindo a produtividade e aumentando a frustração;
  4. perda do prazer nas atividades. A estafa mental pode acabar com a motivação e deixar a pessoa com a sensação de que está sempre entediada, cansada ou desanimada;
  5. noites de sono ruins. Distúrbios como não conseguir dormir, acordar várias vezes durante a noite ou acordar com a sensação de não ter descansado também são comuns em caso de estafa mental;
  6. a memória começa a falhar. O distanciamento emocional faz com que a pessoa perca a atenção, tenha dificuldades cognitivas e até dificuldade de raciocínio, prejudicando as atividades de rotina.

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Mas, afinal, o cérebro se cansa?

De acordo com especialistas da Universidade de São Paulo, já foi comprovado pela ciência que o cérebro humano, órgão responsável por quase todas as atividades vitais à sobrevivência, nunca dorme.

Mesmo assim, ele nunca se cansa porque outros órgãos se “sacrificam” para que ele se mantenha constantemente na ativa.

No entanto, é preciso considerar o cansaço da mente. Nesse caso, a principal vilã é a repetição. Os especialistas explicam que a ausência de novidade ocasiona a falta da atenção, o principal motivo de as pessoas terem a sensação de esgotamento.

Mudar a rotina, procurar novos estímulos intelectuais, aprender a relaxar, delegar obrigações e ter momentos específicos para se dedicar ao descanso do corpo são formas de proteger a saúde mental.

Mas vale dizer que tudo isso é muito particular. A orientação de um psicólogo ou psiquiatra é essencial para que a estafa mental seja corretamente identificada e tratada. Então, se você se identifica com o quadro, procure um especialista.

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