Melhorar a memória é possível: veja como
Alimentação saudável, exercícios e boas noites de sono podem ajudar a melhorar a atividade cerebral
A memória é a forma como o cérebro adquire e armazena informações. Umas das funções mais complexas do organismo também é uma das mais solicitadas hoje, quando somos obrigados a armazenar grande quantidade de informações.
Diante dessa maior demanda, o neurologista Lucas Porto Ferreira comenta que é frequente a percepção de esquecimento. Nisso, perdemos compromissos, conversas, nomes, gerando ansiedade e preocupação. A boa notícia é que podemos melhorar a memória com práticas simples.
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Melhorar a memória depende de você
A memória está intimamente relacionada ao ambiente, às nossas emoções, ao estilo de vida que levamos e à saúde como um todo. “Cada vez mais cientistas e pesquisadores têm encontrado evidências de que bons hábitos, associados a atividades mentais, melhoram a atenção, a concentração e, inevitavelmente, a memorização”, comenta o neurologista.
O médico ainda avalia que o que é bom para seu coração também faz bem para o seu cérebro. “Uma boa noite de sono, prática regular de exercícios físicos, não fumar, não ingerir álcool, controlar o peso, ter uma dieta adequada, manter bons níveis de colesterol e açúcar no sangue estão diretamente relacionados com uma mente saudável”, afirma.
Vamos entender como cada aspecto atua para melhorar a memória.
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De olho na alimentação
Assim como não existe uma pílula mágica para turbinar o cérebro, não há um alimento específico que garantirá uma mente saudável.
Os nutricionistas enfatizam que uma boa estratégia alimentar é seguir um padrão saudável variado com frutas, verduras, castanhas, proteínas de vegetais e peixes além de gorduras saudáveis do azeite ou óleos de canola.
Ter atenção ao uso de álcool também é recomendado. Os especialistas do Ministério da Saúde explicam que o abuso das chamadas substâncias psicoativas aumenta consideravelmente as chances de se desenvolver (ou agravar) transtornos mentais. Além disso, essas substâncias causam problemas degenerativos ao cérebro, o que também pode prejudicar a memória.
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Faça exercícios e divirta-se!
Praticar exercícios duas vezes por semana pode melhorar a capacidade de pensar e memorizar, de acordo com a Academia Americana de Neurologia. Outra forte comprovação publicada na conceituada revista Nature Medicine demonstrou que, uma substância liberada durante o exercício, a irisina, esteve relacionada com a otimização das funções sinápticas, ajudando a melhorar a memória.
Um estudo publicado pela revista Frontiers in Aging Neuroscience indica que pessoas que utilizam videogames interativos podem ter um ganho cognitivo significativo ao longo de determinado período de prática. Quando esses jogos interativos são associados com a prática regular de exercícios físicos, a memória ganha ainda mais!
Além disso, de acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, a prática de jogos como sudoko, palavras cruzadas, xadrez, exercícios de raciocínio, jogos de cartas e leitura também podem melhorar a memória.
De acordo com os especialistas, hobbies assim são fundamentais para o descanso cerebral, ajudam a desvincular as atividades estressantes do dia a dia e evitam tanto a fadiga e quanto problemas mais graves de esgotamento, como a Síndrome de Burnout.
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Dormir bem para melhorar a memória
De acordo com o neurologista, pesquisas também têm demonstrado que a privação de sono tem efeito deletério na saúde cerebral. Resultados publicados na 33ª reunião anual da Associated Professional Sleep Societies sugerem um aumento da proteína Tau cerebral devido uma atividade neuronal aumentada durante as noites em claro.
Os especialistas do Ministério da Saúde explicam que uma boa noite de sono é fundamental para o bom funcionamento do corpo, em especial, do cérebro. Situações que levam à privação do sono ou uma má qualidade desse sono abrem as portas para o surgimento de transtornos mentais.
As dicas para dormir bem são: evite usar esses celulares, tablete, computador ou ver televisão, pelo menos, 30 minutos antes de dormir, assim como se deve evitar luz forte ou moderada no ambiente. Um local confortável também ajuda no descanso. Por fim, a média de horas de sono deve ser de sete horas por dia.
Lembrando que quando a perda de memória ou esquecimento apresenta impacto significativo nas atividades diárias, é importante consultar um médico neurologista.
Fontes:
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Dr. Lucas Porto Ferreira, neurologista, CRM 148.485
Ministério da Saúde
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