Entenda para que serve o exame da troponina cardíaca
Quando há suspeita de lesões ao músculo cardíaco, o exame da troponina cardíaca é uma das ferramentas utilizadas para realizar a investigação.
Ainda que seja uma análise laboratorial relativamente simples, é altamente eficaz nesse objetivo. Além disso, o procedimento é rápido e sem risco.
Tudo isso faz dela indispensável no diagnóstico em diferentes circunstâncias, muitas delas que representam emergências.
Como funciona o exame da troponina cardíaca
Esse exame é feito por meio de uma amostra de sangue, normalmente retirada do braço. O material é enviado ao laboratório para o cálculo da troponina. Ela é uma proteína presente nas fibras musculares do coração e desempenha papel essencial na contração do músculo cardíaco. Existem três tipos, denominados com letras: C, I e T.
Dentro da Cardiologia, as dosagens mais frequentes são da I e T, pois são específicas para o tecido do órgão central do sistema cardiovascular. A C também está presente em tecidos musculares esqueléticos (como os dos braços e perna), o que reduz sua relevância em tal contexto.
Na prática, quando existe algum tipo de lesão nesse órgão – como ocorre em um infarto do miocárdio –, a membrana das células cardíacas se rompe, liberando essas proteínas na corrente sanguínea. Ou seja, ao se medir a concentração das troponinas no organismo é possível obter mais elementos para avaliar um eventual prejuízo à saúde.
O que uma troponina alta indica
Em indivíduos saudáveis, os níveis normais no sangue são muito baixos ou até mesmo indetectáveis. Elevações significativas desses marcadores podem ser indicativo de dano recente. Entre as vantagens encontradas na escolha desse recurso estão:
- ajuda na identificação de quadros silenciosos, ainda em estágios iniciais;
- avaliação da gravidade do comprometimento;
- auxílio na escolha da terapia adequada;
- repetição sem risco à saúde;
- maior segurança na conduta médica em emergências.
Por esses motivos, essa é considerada uma das ferramentas mais confiáveis e utilizadas tanto em consultórios quanto em urgências.
Os principais quadros para a solicitação desse exame
A análise da troponina cardíaca deve ser requisitada preferencialmente por um cardiologista ou profissional de saúde habilitado. Ela se faz pertinente em diversas circunstâncias — algumas delas caracterizadas como emergência — justamente por permitir a identificação de lesões no músculo do coração. Entre os cenários em que o exame é indicado, estão:
- presença de incômodos como dor no peito intensa e persistente, sudorese (suor frio), náusea ou fadiga;
- histórico anterior de infarto com suspeita de um novo episódio;
- qualquer outro sinal de insuficiência cardiovascular (respiração curta, inchaço nos membros etc.);
- alterações cardiovasculares súbitas;
- avaliação após cirurgias ou outras intervenções necessárias para recuperar a funcionalidade cardíaca (como angioplastias, por exemplo);
- monitoramento de condições cardiovasculares;
- investigação de inflamação ou infecção do músculo cardíaco;
- investigação de danos decorrentes de traumas.
Em determinados cenários, o recurso é utilizado na verificação da eficácia de intervenções clínicas. Frente a dúvidas sobre a razão pela qual o teste está sendo feito, é fundamental esclarecer todos os pontos junto ao responsável pelo acompanhamento.

Os diagnósticos possíveis a partir desse exame
Um bom diagnóstico depende da associação dos dados obtidos com o histórico clínico, os sintomas apresentados e outros exames complementares. Assim, é possível determinar os próximos passos com mais segurança.
Em resumo, quando a concentração de troponina está elevada, especialmente em avaliações sequenciais ao longo de algumas horas e acompanhada de outros sinais, o diagnóstico de infarto se torna uma possibilidade.
Outras situações também podem levar ao aumento desses marcadores e ocasionar resultados que incluem:
- miocardite (inflamação do músculo cardíaco);
- insuficiência cardíaca aguda;
- embolia pulmonar;
- lesão no tecido do coração por diversas causas.
Cada uma dessas disfunções conta com tratamentos específicos, então mais uma vez a atuação do médico se torna indispensável para orientações detalhadas.
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A necessidade de preparo para o exame
Em geral, não é exigido jejum, mas é importante seguir as orientações da equipe responsável pela solicitação. Entre os cuidados recomendados estão:
- informar o uso de medicamentos contínuos ou recentes;
- relatar ao profissional de saúde se houve algum esforço físico intenso recente;
- apresentar exames anteriores, se houver.
É comum que a retirada de material sanguíneo para medida da troponina seja feita em mais de um momento, geralmente com intervalo de três a seis horas, para acompanhar a evolução dos níveis na circulação.
Apesar disso, a decisão pela repetição depende da condição de cada pessoa. Em casos com sintomas suspeitos, isso ajuda a esclarecer o diagnóstico. Já em pacientes em tratamento, realizar o processo novamente pode fazer parte do plano de monitoramento estabelecido pela equipe de saúde.
Riscos e possíveis contraindicações
Esse é um procedimento seguro e sem restrições absolutas (ou seja, que impedem que ele seja feito de maneira definitiva). Por ser uma análise laboratorial, os riscos estão mais associados à coleta de sangue. Ela pode causar:
- leve dor ou desconforto no local perfurado;
- formação de hematoma;
- tontura ou náuseas passageiras.
Em suma, o exame da troponina cardíaca é rápido e confiável, auxiliando no direcionamento do apropriado em diferentes contextos e contribuindo com o cuidado contínuo da saúde cardiovascular ao longo de toda a vida.
Fontes: