A Mucoviscidose ou Fibrose Cística, como é popularmente conhecida, é uma doença hereditária autossômica recessiva, caracterizada pelo acúmulo de muco nos pulmões e no pâncreas.
Como é uma complicação derivada de aspectos genéticos, o histórico familiar é um dos únicos fatores de risco da Fibrose Cística, não havendo nenhuma maneira de se prevenir da doença.
Em casos mais graves, a Fibrose pode ser diagnosticada até os dois anos de idade, já que os sintomas costumam aparecer com mais recorrência e relevância. Já em casos mais leves, a doença pode ser diagnosticada quando o paciente já tem 18 anos ou mais.
Apesar de ser uma complicação médica que atinge majoritariamente os brancos, em um país como o Brasil, miscigenado por natureza, é muito comum o desenvolvimento da doença.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a Fibrose Cística apresenta um índice de mortalidade alto. Entretanto, nos últimos anos, com o avanço da medicina, há dados que indicam um aumento na expectativa de vida desses pacientes: 75% de sobrevida até o final da adolescência e 50% até a terceira década de vida.
Quais são os sintomas da Fibrose Cística?
Nos primeiros anos de vida, o paciente portador da Fibrose Cística pode apresentar os seguintes sintomas:
- Tosse com secreção;
- Desidratação sem motivos aparentes;
- Febre;
- Inchaços no abdômen;
- Alterações no apetite e na produção de saliva;
- Dificuldade em ganhar peso.
Existem maiores complicações?
Sim. O muco, produzido pelo gene recessivo que foi passado pelo pai ou pela mãe, tende a obstruir os canais aéreos respiratórios e os do pâncreas, provocando grandes infecções respiratórias e também problemas digestivos graves. Além disso, a doença pode desenvolver infertilidade no homem, artrite, osteoporose, diabetes, pneumonias, insuficiência cardíaca e respiratória, entre outras complicações.
Como é feito o diagnóstico da Fibrose Cística?
Inicialmente é realizado uma avaliação clínica do paciente, bem como seu histórico familiar, a intensidade dos sintomas e em qual momento eles surgiram.
Após a avaliação, é necessário a realização de alguns exames médicos específicos como, por exemplo, o teste do suor e o teste genético.
Alguns outros exames só podem ser realizados logo nos primeiros dias de vida do paciente, como é o caso do teste do pezinho.
Em pacientes adolescentes e adultos, é realizado alguns exames de fezes e de funcionamento dos pulmões e do pâncreas para a descoberta da doença.
A Fibrose Cística tem cura? Como funciona o tratamento?
A Fibrose Cística não tem cura, por isso, o quanto antes ocorrer a descoberta da doença, melhor será a qualidade de vida do paciente.
Veja abaixo alguns cuidados que o portador da doença precisa ter para evitar o seu avanço e se manter estável:
Em casos mais graves, e dependendo da possibilidade, o transplante de pulmão também pode ser indicado.
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