Hiperplasia da próstata é perigosa? Saiba mais
Embora seja um processo natural do envelhecimento masculino, o crescimento dessa glândula – localizada abaixo da bexiga e responsável por produzir parte do sêmen – também pode indicar questões de saúde que exigem atenção médica.
Esse é o caso da hiperplasia da próstata, clinicamente chamada de hiperplasia prostática benigna (HPB) e uma das condições urológicas mais comuns entre homens mais velhos, podendo gerar impactos físicos e até mentais.
O que é a hiperplasia da prostáta
Ela ocorre quando há uma multiplicação das células da região (de origem não cancerígena), provocando o aumento do órgão e a compressão da uretra, o que dificulta a passagem da urina.
De acordo com estudo publicado na Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, sua prevalência aumenta proporcionalmente com a idade, atingindo cerca de 50% dos homens aos 60 anos e até 90% aos 85 anos.
Além disso, outros fatores de risco, segundo o Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, incluem:
- histórico familiar;
- obesidade;
- dieta rica em gorduras;
- alterações hormonais, como a ação da di-hidrotestosterona (DHT).
Sintomas urinários afetam a rotina
Os desconfortos associados à hiperplasia prostática afetam significativamente a qualidade de vida, aponta o artigo da Ciencia Latina.
São conhecidos como sintomas do trato urinário inferior (STUI) e se dividem em duas categorias principais:
- obstrutivos: jato urinário fraco, interrupção do fluxo, esvaziamento incompleto da bexiga, esforços para urinar (tanto ao iniciar quanto para manter);
- irritativos: urgência urinária, idas frequentes ao banheiro – inclusive durante o momento de repouso (noctúria) – e, em casos mais graves, incontinência.
Pesquisas também descrevem a presença de dor durante a micção, sangue na urina (hematúria), infecções urinárias recorrentes e formação de cálculos vesicais.

Impactos na qualidade de vida e complicações
Com o aumento da necessidade de ir ao sanitário, principalmente à noite, é comum que o paciente experimente insônia e cansaço.
Além disso, a perda do controle sobre esses aspectos pode abalar a autoestima, levando até mesmo à depressão, segundo a revisão da Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação.
Complicações graves, como retenção urinária aguda e insuficiência renal, também podem ocorrer se não houver acompanhamento adequado.
Quando é hora de procurar um médico
Recomenda-se buscar avaliação médica ao notar qualquer alteração persistente. O diagnóstico envolve:
- toque retal, análise física do tamanho e consistência da glândula;
- PSA (Antígeno Prostático Específico), teste de sangue para diferenciar HPB de câncer de próstata;
- ultrassonografia de próstata, indica o volume prostático e a quantidade de urina residual;
- questionário IPSS, mede a intensidade das manifestações e auxilia na decisão terapêutica.
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Tratamentos variam de acordo com o quadro
A escolha das abordagens depende da gravidade dos sintomas e dos impactos na qualidade de vida gerados pela hiperplasia da próstata.
Elas podem ser aplicadas isoladamente ou em conjunto, segundo artigo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences.
Mudanças no estilo de vida
Medidas simples podem trazer alívio, como reduzir o consumo de cafeína e álcool, evitar líquidos antes de dormir, praticar atividades físicas regularmente e manter o controle do peso corporal.
Acompanhamento clínico
Também chamado de vigilância ativa, consiste apenas em atendimentos médicos regulares e testes de monitoramento. É a preferência quando os sinais são leves e não prejudicam significativamente a rotina.
Uso de medicamentos
Há diferentes opções medicamentosas, sendo as mais comuns:
- alfa-bloqueadores, como tansulosina e doxazosina, que relaxam o músculo da próstata e do colo da bexiga, facilitando a micção;
- inibidores da 5-alfa-redutase, como finasterida e dutasterida, atuando na diminuição gradual do volume prostático.
Anticolinérgicos ou inibidores da fosfodiesterase-5 também podem ser prescritos em situações mais específicas.
Tratamentos minimamente invasivos
Entre eles estão o uso de laser, como a enucleação com HoLEP ou a vaporização fotoseletiva (PVP), e a termoterapia, que emprega calor para destruir parte do tecido local. Esses procedimentos geralmente permitem recuperação mais rápida.
Cirurgias
Indicadas em casos graves. A ressecção transuretral da próstata (RTUP) é considerada padrão-ouro, enquanto técnicas laparoscópicas ou robóticas podem ser utilizadas para quadros em que o aumento da glândula é maior.
Considerando que a hiperplasia da próstata está muito relacionada ao envelhecimento, o acompanhamento regular com o urologista é fundamental para diferenciá-la de outras patologias mais graves, como o câncer. Com tratamento e cuidados adequados, o bem-estar do paciente é preservado.
Fontes:
Tenho doença de Pierrot
Tomo tadalafila de 5 mg diária
Isso protege minha próstata?
Tem efeito colateral em uso constante
Olá, boa tarde! Para ter um diagnóstico e / ou orientações é preciso consultar um especialista, em avaliação na consulta médica. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com uma central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com . Obrigado, abraço!
Gostei da explanação sobre a hiperplasia da próstata