Alimentar-se, sem dúvida, é algo primordial para o nosso organismo. Mas e o horário das refeições? Afinal, tem hora certa para comer?
A resposta inicial é sim. Pesquisas publicadas na National Library of Medicine indicam que não só o que se come, mas o momento da alimentação é igualmente relevante para o nosso corpo.
O conteúdo abaixo vai se aprofundar mais nessa temática. Aqui, você terá contato com informações sobre as horas e como organizar sua rotina alimentar. Acompanhe.
Primeiro, a importância de se alimentar bem
A alimentação equilibrada possibilita a prevenção de patologias crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e também evita riscos de desenvolver obesidade.
Além disso, alimentar-se bem e com uma frequência adequada diminui as chances de quadros de hipoglicemia desencadeados, normalmente, por jejuns muito prolongados (o organismo diminui os níveis de glicose, deixando o corpo em estado de economia de energia que pode causar cansaço, tremores e confusão mental).
A depender dos seus objetivos, o melhor caminho é sempre procurar um médico especialista antes de fazer algum tipo de jejum, nas áreas de Cardiologia e Nutrição, por exemplo.
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As 3 refeições mais importantes
O café da manhã, o almoço e o jantar são as 3 refeições mais famosas e importantes do dia. Um estudo publicado em 2016 pela National Library of Medicine trouxe as principais recomendações para cada uma delas.
1. Café da manhã (desjejum)
No café da manhã, é recomendada a ingestão de alimentos ricos em fibras e proteínas, como ovos, iogurte, queijo, leite e cereais.
Além disso, essa refeição deve ser feita por volta das 8 horas da manhã, uma vez que a claridade do dia indica para o sistema nervoso e a outros órgãos de que é hora de comer.
2. Almoço
No almoço, entre 12h e 13 horas, recomenda-se ingerir uma maior quantidade de calorias por ser o horário em que gastamos mais energia.
O prato deve ser balanceado, com uma boa quantidade de verduras e legumes, uma fonte de proteína e carboidratos ricos em fibra.
Uma sugestão interessante seria composta por arroz, feijão, frango, abobrinha refogada e salada de alface, por exemplo, mas é possível adaptar para o que você tiver em casa, pensando sempre nesse equilíbrio de nutrientes que o organismo precisa.
3. Jantar
No período da noite, o corpo tem mais dificuldade para digerir e metabolizar os alimentos, sendo indicada uma refeição de fácil digestão, sem carnes e alimentos processados. De preferência, ela deve ser feita antes das 20 horas.
Alimentos “pesados”, mais gordurosos e em excesso perto da hora de dormir impede o corpo de passar adequadamente pelos estágios do sono, favorece o ganho de peso e o refluxo – além de influenciar as taxas de gordura, os níveis de colesterol e triglicérides.
Apesar dessas 3 ocasiões serem fundamentais para a rotina, não são apenas esses os momentos para comer. Nesse sentido, o lanche da manhã e o café da tarde são indicados como complemento.
Mas existe mesmo um melhor horário das refeições?
Depende. O horário das refeições pode variar de pessoa para pessoa.
Isso porque todo o organismo está sob a influência do chamado ciclo circadiano, uma espécie de “relógio interno” que prepara o corpo para eventos regulares como acordar, comer, dormir, controle da temperatura corporal e o sono.
Além desse ciclo, fatores externos como carga de trabalho, carga de estudos, nível de fome e uso de medicamentos também podem influenciar na escolha. Porém, independente dos fatores, é fundamental manter períodos fixos dedicados à alimentação.
O que considerar?
Para escolher o horário das refeições é preciso ter em mente alguns aspectos, entre eles: o funcionamento do ciclo circadiano e a existência de alguma patologia.
Descubra como seu ciclo circadiano funciona
O ciclo circadiano varia conforme a predisposição natural das pessoas e pelos seus hábitos diários. Essas variações, criam 3 grupos diferentes chamados cronotipos:
- matutino: pessoas que dormem cedo e são mais ativas nas primeiras horas do dia. Esses indivíduos costumam comer mais cedo;
- vespertino: pessoas com dificuldade em acordar cedo e que são mais ativas à noite. Iniciam a alimentação a partir do meio da manhã;
- intermediário: pessoas que se adaptam tanto ao acordar cedo como para dormir mais tarde. Costumam alimentar-se cedo também.
O neurologista é o especialista indicado para a avaliação e indicação dos cronotipos, uma vez que é o responsável por prescrever os exames que ajudam a entender como o ciclo circadiano funciona.
Adiante as refeições quando possível
Pesquisas da National Library of Medicine apontam que adiantar o horário da sua alimentação, pode contribuir para uma melhor disposição e melhoria na saúde.
Ou seja, se você almoça sempre às 13 horas e existe a possibilidade de trocar para às 12, faça o teste e procure observar os benefícios.
Faça exames e conheça sua condição de saúde
Pacientes diabéticos, por exemplo, podem ter que estabelecer horários fixos de refeições, assim como um controle maior sobre o que vão consumir, ou seja, o que efetivamente vai ao prato.
O cuidado maior com o horário e com o cardápio é para manter o ritmo metabólico e evitar outras alterações.
Para manter esse acompanhamento, as visitas periódicas com o clínico geral e nutricionista são bem importantes.
Dedique tempo de qualidade para ter uma boa refeição
Mesmo que você faça refeições fora de casa e no ambiente de trabalho, procure reservar e respeitar o horário das refeições.
Comer “correndo” e muito rápido, não ter tempo para fazer uma boa digestão ou mesmo para uma pausa, também pode afetar a sua saúde. Se você está encontrando muita dificuldade para isso, procure um nutricionista para planejar a sua organização alimentar.
Assim como o hábito de dormir bem, se alimentar bem e nos intervalos corretos fazem toda diferença.
Fontes:
- Ritmo circadiano e interrupção do sono: causas, consequências metabólicas e contramedidas | National Library of Medicine
- Saiba como o horário em que você se alimenta pode influenciar sua saúde | CNN Brasil