Muitas pessoas sonham e planejam durante a vida toda a chegada de seus filhos. E, quando a chegada do bebê demora, esse sonho começa a ficar distante, acarretando preocupações.
Mas, nada de ansiedade! Engravidar pode ser uma missão difícil até para o organismo mais saudável. E, até mesmo um diagnóstico de infertilidade feminina, não significa o fim da linha.
Sabendo que esse é um tema que preocupa muito as mulheres e seus parceiros, preparamos este conteúdo.
Nessa leitura, vamos apresentar o tema infertilidade feminina de maneira bem detalhada, trazendo informações sobre o que é, como é descoberta, quais as principais causas, quais exames precisam ser realizados e os possíveis tratamentos.
Vamos lá? Acompanhe o que preparamos para você!
O que é a infertilidade feminina?
A infertilidade feminina é uma condição em que há alterações no sistema reprodutivo da mulher que impedem a concepção de uma criança. Consistindo, portanto, na dificuldade de conseguir engravidar após o período de 1 ano mantendo relações sexuais regulares sem o uso de qualquer método contraceptivo.
A infertilidade feminina está majoritariamente ligada a fatores ovarianos, uterinos e das trompas.
Sendo que aproximadamente 25% dos casos ocorre por anovulação. Ou seja, a mulher não ovula regularmente. Os principais fatores para isso são a síndrome dos ovários policísticos (SOP), alterações da tireoide, alterações da prolactina, uso de medicamentos e falência ovariana precoce.
A endometriose, uma doença inflamatória que acomete o útero, representa aproximadamente 15% dos casos de infertilidade feminina, enquanto por volta de 11% são causas tubárias, ou seja, as trompas apresentam problemas para conseguir carregar o óvulo do ovário. Por fim, outros 11% dos casos de infertilidade feminina estão ligados a fatores uterinos.
Quer entender melhor sobre as principais causas da infertilidade feminina? Então continue a leitura e veja a seguir!
Existem causas para a infertilidade?
A infertilidade feminina apresenta causas conhecidas pela medicina e pode ter diferentes fatores: hormonais, anatômicos, autoimunes, genéticos e infecciosos. Algumas causas podem ser: ovarianas e ovulares, tubárias e do canal endocervical, ou ligadas à fertilização.
A seguir, vamos elencar as 7 causas mais comuns da infertilidade feminina:
1. Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
A presença de cistos no ovário, e o desequilíbrio hormonal que acompanha, faz com que a mulher tenha um ciclo menstrual irregular. Isso pode até afetar a liberação do óvulo maduro, fazendo com que a possibilidade de engravidar seja menor.
Para que as chances de gravidez aumentem, é necessário ter um ciclo menstrual regular, sem a presença de cistos em pelo menos um dos ovários.
2. Menopausa precoce
A menopausa precoce acontece quando mulheres com menos de 40 anos não produzem mais óvulos. Isso pode acontecer por diferentes motivos, como fatores genéticos, ou tratamentos quimioterápicos, por exemplo.
3. Alterações na tireoide
As alterações conhecidas na tireoide como o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo, são fatores de desequilíbrio hormonal que interferem no ciclo menstrual, dificultando a possibilidade de engravidar. Isso mostra que nem sempre a causa está diretamente ligada aos órgãos reprodutores femininos.
4. Inflamação nas trompas
É na trompa que acontece o encontro entre o óvulo e o espermatozoide e daí o embrião é encaminhado até o útero para fixar-se. A inflamação nas trompas é chamada de salpingite e pode atingir uma ou as duas trompas.
Ela impede a gravidez, pois impede o encontro do óvulo com o espermatozoide para a formação do embrião. Nesses casos, é comum que a mulher sinta dor na relação sexual, sangramentos e dores abdominais.
5. Endometriose
O endométrio é o tecido que reveste o útero internamente. Ele responde aos hormônios estrogênio e progesterona, e recebe o embrião oferecendo-lhe condições de implantação (fixação). Quando a gravidez não ocorre, esse tecido se desprende do útero causando a menstruação.
No entanto, algumas mulheres possuem esse tecido espalhado em outros locais que não no interior do útero. É a chamada endometriose.
Além de dificultar a gravidez, normalmente apresenta cólica menstrual muito intensa, menstruação abundante e cansaço excessivo.
6. Infecção no aparelho reprodutor
Fungos, vírus e bactérias podem provocar infecções que irritam o útero, as trompas e os ovários. Isso causa alterações importantes que desregulam o funcionamento normal desses órgãos, dificultando a possibilidade de engravidar.
7. Alterações no útero
Algumas alterações no útero podem impedir a gravidez. Os principais responsáveis por essas alterações são os pólipos (crescimento excessivo que acontece na parede do útero, formando bolinhas), que podem dificultar a implantação do embrião no útero e causar abortos frequentes.
Além dos pólipos, existem também miomas e tumores benignos que podem formar nódulos no útero e tornar a mulher infértil.
Quais são os sintomas e sinais de infertilidade feminina?
Alguns sintomas podem alertar para uma alteração biológica no aparelho reprodutor feminino, indicando um desequilíbrio que pode ocasionar uma possível infertilidade.
Entre os sintomas mais comuns estão: irregularidade menstrual, cólicas que aumentam com o passar do tempo, ciclos menstruais muito longos ou muito curtos, muito baixo fluxo menstrual ,, dor durante as relações sexuais e aumento de pelos corporais.
Veja a seguir com mais detalhes alguns sintomas da infertilidade feminina:
- Sintomas hormonais: diminuição do apetite sexual, alterações na pele (aumento de oleosidade e acnes), queda de cabelo e ganho de peso.
- Menstruação irregular: a mulher não tem um ciclo que a permita saber o dia da sua ovulação. Às vezes, menstrua mais de uma vez no mês, outras vezes, o ciclo chega a ser de 40 dias, por exemplo.
- Sangramento vaginal intenso: um fluxo de sangue maior nos dois primeiros dias da menstruação é normal, e ele deve ir diminuindo até o final da menstruação. Porém, mulheres que apresentam ciclo abundante durante toda a menstruação precisam encará-lo como alerta, pois ele pode estar ligado a doenças como miomas e endometriose.
- Cólicas abdominais muito fortes: durante a menstruação, o útero, que é um músculo, se contrai vigorosamente para expulsar o endométrio, causando cólicas, de intensidade suportável. No entanto, há mulheres em que a dor é tão intensa que as impedem de realizar as atividades normais do dia-a-dia. Esse sintoma deve ser investigado.
- Dor na relação sexual: dores intensas, principalmente profundas, podem indicar alterações nos órgãos pélvicos (órgãos da bacia). Atenção para esse sintoma, procure o especialista para averiguar uma possível alteração.
- Escape (sangramento entre menstruações): o sangramento de baixa intensidade e duração curta que acontece entre as menstruações pode ser sinal de flutuação hormonal. Porém, se esse escape é intenso e duradouro, acompanhado de dor na pelve ou corrimento vaginal, pode indicar quadros infecciosos.
É importante que as mulheres observem e acompanhem regularmente o seu ciclo menstrual, e estejam atentas a todos os sinais que o corpo emite como alerta. E, o mais importante, esses sinais devem ser entendidos como a necessidade de procurar o médico, mesmo que a mulher não esteja planejando uma gravidez.
Como é feito o diagnóstico?
Em casos de suspeita de infertilidade feminina, o médico pedirá alguns exames para validar o diagnóstico e descobrir a causa. Conheça a seguir os principais exames a serem realizados:
Dosagens hormonais
Trata-se de exames de sangue feitos em fases específicas do ciclo menstrual. Dosam os hormônios FSH (Hormônio Folículo Estimulante), LH (Hormônio Luteinizante), TSH (Hormônio tireoestimulante), estradiol, progesterona, prolactina, hormônios androgênicos, anti-mulleriano, entre outros.
Avaliação anatômica
É realizado pelo ultrassom transvaginal com objetivo de avaliar o útero e ovários. Pode-se solicitar ainda a histerossalpingografia, exame extremamente importante para mostrar a permeabilidade e funcionalidade tubária.
Exames mais complexos, conforme a queixa da paciente
- Ressonância magnética pélvica ou ultrassom com preparo intestinal no caso de suspeita de endometriose, ou mioma. Esses exames servirão para mapear a endometriose ou para avaliar a localização e tamanho dos miomas.
- Ultrassom para a mulher com suspeita de pólipo ou má formação uterina.
- Histeroscopia para o diagnóstico de mioma que está mais perto do endométrio.
- Avaliação de reserva ovariana para as mulheres com idade mais avançada, a fim de identificar a capacidade que o ovário tem de responder a estímulos hormonais para produzir mais do que 1 óvulo por mês. Esse exame também dá uma pista da quantidade de óvulos que a mulher ainda tem nos ovários.
- Exames de trombofilias, para as mulheres com histórico de trombose ou perdas gestacionais mais avançadas.
Como vimos, a infertilidade feminina pode ser causada por diferentes fatores e doenças, assim é muito importante que a mulher faça consultas anuais periódicas com um ginecologista.
Nessas consultas, a mulher deve conversar com seu médico sobre o seu desejo de tentar engravidar, para assim realizar avaliações prévias para verificar se está tudo bem.
Vale lembrar também que a infertilidade é um problema que atinge o casal e pode estar presente só na mulher, só no homem, ou em ambos.
Portanto, em casos onde a gravidez está difícil, é necessário que o homem também participe da investigação para que ambos descubram em qual dos dois está a condição que está impedindo a gravidez.
E tem tratamento? Ainda posso ser mamãe?
Os tratamentos para infertilidade podem ser clínicos (por medicamentos), cirúrgicos ou por reprodução assistida. Dependendo da causa, alguns tratamentos trazem a cura, e fazem da mulher fértil novamente. Porém, infelizmente, há casos em que os tratamentos e cirurgias não são possíveis.
No caso do tratamento com medicamentos são usados, por exemplo, hormônios que estimulam a ovulação, caso a causa da infertilidade sejam ovários policísticos ou menopausa precoce. Quando o problema é a disfunção da tireoide, um hormônio específico será receitado para o seu controle.
Na endometriose temos o uso de remédios específicos que impedem a progressão da doença ou cirurgia para a correção dos órgãos afetados. Também nas infecções do aparelho reprodutor podem ser utilizados remédios ou procedimento cirúrgico.
As cirurgias também são usadas para desobstrução das trompas e em algumas alterações do útero. Em alguns casos, com a estrutura do útero corrigida, a mulher pode engravidar naturalmente após cerca de 8 semanas.
Quando os tratamentos por medicamentos ou cirurgias não são possíveis, indica-se o tratamento de reprodução assistida. Esse tratamento está dividido em baixa complexidade, como o coito programado ou inseminação artificial e alta complexidade, como as fertilizações in vitro e todas as suas variantes.
Hoje, é comum que as mulheres programem as gestações para mais tarde, por diferentes fatores. Mas é importante salientar que, com o avançar da idade, a dificuldade para engravidar aumenta.
Então, recomenda-se que mulheres com mais de 35 anos, que pretendam ter filhos mais tarde, congelem seus óvulos, pois com o envelhecimento da mulher os óvulos também envelhecem e a produção vai ficando cada vez em menor quantidade.
Por fim, você também pode tentar o processo de adoção, realizando seu sonho de ser mãe enquanto proporciona a uma criança uma vida melhor!
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