O linfoma de Hodgkin (LH) ou doença de Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático e pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum entre jovens adultos e de maior incidência entre os homens.
Entender melhor as formas de prevenção e sobre essa condição é importante tanto para quem foi diagnosticado, quanto para quem é próximo — uma vez que o acompanhamento médico contínuo e o apoio são essenciais em todas as etapas: do diagnóstico ou tratamento.
O que é linfoma de Hodgkin e por que é preocupante
Originado nos linfonodos, que são as glândulas que fazem parte do sistema linfático, o linfoma de Hodgkin é considerado um câncer relativamente agressivo. Essa conclusão se deve ao fato dele atingir diretamente o sistema imunológico, que é responsável por combater bactérias e outras infecções e ainda garantir a proteção do organismo.
Pacientes que têm a doença de Hodgkin (mesmo nome do médico que fez a sua descoberta) apresentam um quadro em que os linfócitos são transformados em células malignas que se multiplicam e se espalham rapidamente por outras regiões.
O linfócito é a célula de defesa do corpo, portanto, quando a imunidade é reduzida, a saúde fica mais debilitada.
Sintomas característicos:
- gânglios aumentados (caroços que podem aparecer no pescoço, virilha e axilas ou em outras partes do corpo menos visíveis como na região do abdômen e tórax);
- sudorese e suor intenso com ou sem febre;
- perda de apetite e de peso sem motivos claros;
- aumento do fígado ou do baço e alterações volumosas nessas áreas.
Ao sentir desconforto, dores ou aspectos diferentes no corpo, é válido procurar atendimento médico. O diagnóstico ou descarte do diagnóstico, nesse caso, pode ser feito por um hematologista:
Fatores de riscos
Quem já teve a mononucleose, que é a infecção pelo vírus Epstein-Barr, pode ter esse tipo de linfoma. A associação vem de alguns estudos que identificaram a presença de parte dos vírus na célula Reed-Stenberg.
Os portadores de HIV, de doenças autoimunes e os transplantados formam outro grupo que pode ter o linfoma de Hodgkin.
A idade, o gênero e os fatores genéticos complementam a lista dos principais fatores de riscos. Pessoas com idade média de 25 a 30 anos ou acima de 55 e com casos na família podem desenvolver a doença mais facilmente.
Diferenças para linfoma não-Hodgkin (LNH)
Os linfomas são divididos nesses dois grupos e em vários outros subgrupos:
- linfoma de Hodgkin: normalmente afetam um único grupo de linfonodos de jovens adultos, se espalham ordenadamente e têm maior chance de cura;
- linfoma de não-Hodgkin: comprometem múltiplos linfonodos e se espalham de maneira não ordenada. São mais frequentes em pessoas de idade mais avançada e apresentam menor chance de cura.
O diagnóstico tardio compromete mais a saúde
Embora seja considerada uma doença rara e grave, quando diagnosticada precocemente, o linfoma de Hodgkin pode ser tratado e tem altos índices de resultados. Em jovens, o índice de cura é de quase 100%, enquanto entre pessoas acima de 50 anos essa taxa é de 75% a 80%, em média.
Os primeiros riscos para esse tipo de câncer podem ser detectados a partir das alterações no hemograma completo. Embora não relevem a doença em si, trazem a tona mudanças nas células e sintomas relacionados, como a anemia nos quadros mais avançados.
Biópsias da medula óssea e dos linfonodos e exames de imagens, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, também podem ser solicitados na fase do diagnóstico ou para acompanhamento da evolução da doença.
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Tratamentos e cuidados paliativos
A quimioterapia e a radioterapia são dois dos tratamentos convencionais para essa doença cancerígena e a recomendação varia conforme o quadro de cada paciente. Por serem considerados tratamentos mais intensos, os pacientes costumam ter efeitos colaterais como enjoos, feridas na boca e outros sintomas. A queda de cabelo é outra consequência bem frequente.
O transplante de medula óssea é cogitado somente quando as condições e a idade são mais favoráveis. No caso do linfoma não-Hodgkin, a imunoterapia é uma das opções.
Pacientes que não têm respostas a nenhum dos tratamentos podem ser submetidos aos tratamentos paliativos, que são medidas que buscam o alívio dos sintomas, das dores e o seu conforto e bem-estar.
Lembre-se: durante todo o tratamento, é fundamental ter uma rede de profissionais de saúde e de apoio que possam ajudar com os cuidados físicos e psicológicos prioritários.
Fontes: