O que é a síndrome do olho seco e quais cuidados adotar
Comum em estações mais secas, a síndrome do olho seco se desenvolve quando o órgão não consegue mais manter uma camada saudável de lágrimas — trazendo aquela sensação de secura e vermelhidão, entre outras coisas.
Entender as causas e sintomas, e iniciar um tratamento, é essencial para proporcionar uma qualidade de vida a quem desenvolveu essa condição.
O conteúdo de hoje vai trazer esses principais pontos e compartilhar dicas para evitar esse quadro. Acompanhe!
O que é síndrome do olho seco?
Também conhecida como síndrome da disfunção lacrimal, essa é uma condição oftalmológica que afeta a produção e a qualidade das lágrimas, essenciais para a lubrificação e proteção dos olhos.
Sem uma quantidade adequada de lágrimas, ou se elas evaporam muito rapidamente, os olhos podem ficar irritados, inflamados e até mesmo sofrer danos na superfície ocular.
Até chegar no estágio mais avançado, onde os sintomas “se mostram” e passam incomodar, a síndrome do olho seco pode ser silenciosa.
Por isso, é importante conhecer os fatores que podem desencadear o quadro e quais seus sintomas para buscar ajuda especializada já no seu início.
O que pode causar essa condição?
De acordo com estudos, a síndrome do olho seco é bem comum no Brasil e atinge 14% da população, em média.
Seus fatores de risco e causas podem ser físicos ou ambientais, como:
Ter mais de 50 anos
Após essa idade, a produção de lágrimas cai. Por isso, a propensão maior para desenvolver a condição.
Ser mulher
Alterações hormonais, como as que acontecem durante a gravidez e a menopausa, também podem afetar o canal lacrimal.
Usar lentes de contato frequentemente
As lentes de contato tendem a reduzir a quantidade de água nas lágrimas e acumular proteínas. Essas duas situações podem influenciar no desenvolvimento ou agravamento da síndrome do olho seco.
Não consumir vitamina A suficiente
Esse nutriente é essencial para a manutenção de tecidos saudáveis no olho. Sem quantidade suficiente, o canal lacrimal pode ser afetado.
A vitamina A pode ser encontrado em alimentos como cenoura, brócolis e fígado.
Baixa ingestão de ômega-3
Esses ácidos graxos também são importantes para a produção de lágrimas. Sem ômega-3 suficiente, elas podem diminuir, resultando em olhos secos.
Para evitar que isso aconteça, inclua itens como peixes, nozes e óleos vegetais na alimentação.
Uso de ar-condicionado e tempo quente e seco
O uso de ar-condicionado, bem como o tempo quente e seco, e ambientes com vento e fumaça, pode acelerar a evaporação lacrimal, intensificando o desconforto nos olhos.
Por isso, em ocasiões assim, é importante manter uma boa hidratação e considerar o uso de umidificadores.
Algumas condições de saúde
Alguns quadros como diabetes, distúrbios da tireoide e lúpus podem influenciar na produção de lágrimas e, consequentemente, no desenvolvimento da síndrome do olho seco.
Medicamentos
Alguns remédios usados em tratamentos de condições como resfriados, alergias, depressão e pressão alta também podem desencadear a disfunção lacrimal como efeito colateral.
Cirurgias a laser
Após cirurgias a laser, é possível que a produção de lágrimas diminua. Consulte seu oftalmologista sobre a duração desse efeito secundário e comunique-o caso tenha alguma dúvida ou desconforto maior.
Uso telas por longos períodos
Enquanto mexe no computador ou no celular, você pisca menos — ação que pode desencadear a síndrome dos olhos secos.
Poucas horas de sono
Dormir pouco também pode influenciar na produção de lágrimas. Para adultos, o recomendado é entre 7 e 9 horas de sono.
Quais os sintomas?
A condição, muitas vezes, pode se manifestar de forma semelhante ao que acontece quando um cisco cai no olho ou quando há uma crise alérgica. Confira:
- olhos secos;
- vermelhidão;
- coceira;
- ardência;
- sensação de que tem algo estranho no olho, como areia;
- sensibilidade à luz;
- cansaço visual;
- dificuldade de mover as pálpebras e aumento da produção de muco, em casos mais graves.
Como é feito o diagnóstico e tratamento da síndrome do olho seco?
Ao perceber alguns dos sintomas acima e desconfiar da disfunção lacrimal, vá ao oftalmologista.
Durante a consulta, o profissional da saúde pode realizar um exame simples e indolor que ajudará no diagnóstico da síndrome do olho seco ou outras condições.
Geralmente, o tratamento é feito com lubrificantes oculares — na forma de colírio ou pomada — que farão o papel das lágrimas.
É importante ressaltar que a causa por trás da disfunção lacrimal é importante para a melhora do paciente. Em casos mais avançados ou a depender do fator que levou ao olho seco, pode ser necessário o uso de tampão ocular ou cirurgia.
E como evitar?
Como mencionado, existem diversos fatores que desencadeiam ou agravam a síndrome do olho seco — e que podem ser evitados. Confira algumas ações que podem ser adotadas por você:
- faça pequenas pausas ao realizar tarefas de longa duração que exijam concentração visual — como usar o computador;
- evite o uso de ares-condicionados ou ambientes com baixa umidade — quando não houver essa possibilidade, aposte em umidificadores de ar;
- use óculos para proteger os olhos do vento e do sol em ambientes externos;
- utilize o computador num nível abaixo ao dos olhos;
- evite fumar ou frequentar lugares com fumaça em excesso;
- durma, pelo menos, 7 horas por noite;
- beba bastante água ao longo do dia.
É importante ressaltar que caso perceba sintomas relacionados à síndrome de olho seco, mesmo que siga todos os cuidados acima, é essencial procurar um oftalmologista.
A falta de tratamento para essa condição pode gerar complicações impactando a sua saúde ocular.
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A importância do cuidado com os olhos
Além da síndrome do olho seco, existem diversas condições que podem impactar a saúde visual e, consequentemente, sua qualidade de vida.
Inclusive, a importância do cuidado ocular começa já no pré-natal, com a prevenção e controle de doenças que podem afetar a visão do bebê, como sífilis, gonorreia, diabetes e pressão alta. Após o nascimento, o teste do olhinho também é crucial para detectar problemas como catarata ou glaucoma congênito.
Com a exposição longa a telas, responsáveis também devem ficar atentos a crianças e adolescentes — o ideal é limitar o uso de eletrônicos e orientar para que façam pausas regulares.
A partir dos 10 anos, é comum o aparecimento de condições como miopia e ceratocone. Por isso, ao perceber sintomas como olhos vermelhos, cansaço visual e dores de cabeça, leve o pequeno ao oftalmologista para fazer exames — a recomendação também vale para você, independente da idade, ao apresentar esses sinais.
Pessoas com mais de 50 anos também devem fazer visitas regulares ao profissional de Oftalmologia devido ao risco de catarata e degeneração macular.
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Fontes: