O que é a síndrome do olho seco e por que merece atenção
Caracterizada pela produção inadequada ou instável de lágrimas, a síndrome do olho seco compromete a lubrificação desses órgãos, podendo provocar diversos desconfortos.
Muitos fatores contribuem para o seu desenvolvimento e, em casos graves, ela ainda pode levar a lesões na superfície ocular.
Causas da síndrome do olho seco
Existe uma relação significativa entre essa condição e as de origem metabólica, a exemplo do diabetes mellitus, aponta um estudo publicado na Revista Saúde e Desenvolvimento Humano.
Nessas pessoas, a alteração pode estar ligada a danos nos nervos responsáveis pela secreção lacrimal e ao aumento da inflamação local.
Outras causas incluem:
- envelhecimento;
- exposição prolongada a telas eletrônicas e/ou ambientes com ar-condicionado;
- uso incorreto de lentes de contato;
- modificações hormonais (principalmente durante o climatério);
- enfermidades autoimunes, como a síndrome de Sjögren.

Sintomas além da secura ocular
Entre os sinais frequentemente associados estão:
- sensação de corpo estranho na região;
- vermelhidão persistente;
- coceira ou queimação;
- fotofobia (sensibilidade à luz);
- lacrimejamento reflexo (em resposta a estímulos externos);
- dificuldade para usar lentes de contato;
- visão embaçada, principalmente ao final do dia.
Quando recorrentes, esses sintomas exigem avaliação oftalmológica para diagnóstico e definição do tratamento mais adequado.
O Cartão dr.consulta é uma alternativa prática para quem precisa realizar exames e acompanhamento com o oftalmologista.
Todo paciente também é incluído em programas de saúde e recebe suporte multidisciplinar, pode tirar dúvidas com especialistas e ainda tem acesso a consultas de enfermagem on-line e gratuitas.

Diagnóstico e exames indicados
Para confirmar a síndrome do olho seco, são feitos procedimentos clínicos e alguns específicos, como:
- teste de Schirmer, que mede a produção de lágrimas;
- tempo de ruptura do filme lacrimal (BUT);
- teste de coloração com fluoresceína, para avaliar danos na superfície ocular.
Eles ajudam a classificar a gravidade da situação e direcionar a melhor abordagem.
Opções disponíveis de tratamento
Cada caso pode exigir um método terapêutico, que varia sempre de acordo com a causa e a intensidade das manifestações. Mas, no geral, são indicados:
- colírios lubrificantes, anti-inflamatórios e/ou imunomoduladores;
- pomadas oftálmicas;
- dispositivos de oclusão dos canais lacrimais (para evitar a drenagem precoce do fluido).
Em indivíduos com síndrome de Sjögren, por exemplo, o imunobiológico adalimumabe – medicamento aplicado de forma subconjuntival – gera uma melhora significativa dos desconfortos, demonstra estudo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia.
No entanto, é sugerido apenas para quadros mais críticos e sob supervisão médica. Vale lembrar que a utilização de qualquer remédio sem prescrição pode prejudicar o funcionamento dos órgãos oculares.

Como prevenir a síndrome do olho seco
Alguns hábitos são benéficos na prevenção e manejo da condição e podem ser colocados na rotina cotidiana. Recomenda-se:
- fazer pausas regulares durante a exposição a telas;
- evitar ambientes com baixa umidade ou ventilação artificial excessiva;
- manter uma boa hidratação;
- consumir alimentos ricos em ômega-3 (como peixes e sementes);
- usar óculos de sol e com proteção contravento.
A síndrome do olho seco impacta significativamente a qualidade de vida e pode estar associada a outras patologias controláveis.
Assim, a identificação precoce, a adoção de práticas saudáveis e o acompanhamento médico são fundamentais para fugir de complicações e garantir o bem-estar.
Fontes:
[…] olhos secos; […]
[…] olhos secos ou sensíveis à luz; […]
Qual produto indicado para usar nas áreas dos olhos para esses sintomas