Como o diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas

Mais do que focar no tratamento de condições, conscientizar sobre a importância da prevenção e da detecção antecipada de eventuais enfermidades é, atualmente, uma das principais estratégias para garantir saúde à população.
É nesse contexto que medidas voltadas para o diagnóstico precoce desempenham um papel fundamental, permitindo identificar alterações em estágios iniciais e aumentando as chances de uma pessoa ter qualidade de vida ao conviver com elas – ou de alcançar a desejada cura.
A importância do diagnóstico precoce
Muitas condições médicas podem ser controladas ou até mesmo curadas quando rastreadas no início de seu desenvolvimento.
É o caso de diversos tipos de câncer, como o de mama, cujas chances de cura aumentam em até 90% quando diagnosticado precocemente, segundo o Ministério da Saúde.
Isso vale também para o câncer de pele do tipo melanoma, considerado o mais raro e com o pior prognóstico (termo usado para se referir à expectativa de evolução de uma condição), mas que, conforme explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apresenta boas chances de regressão se a descoberta é feita logo no começo.
Impactos na qualidade de vida
Em muitos casos, a identificação de uma condição ainda cedo não significa necessariamente a cura, mas favorece o melhor controle da evolução e bem-estar da pessoa, como acontece com pacientes com diabetes, hipertensão arterial, anemia falciforme, Alzheimer, Aids, entre outras.
Mas, um grande exemplo é o autismo, cujo diagnóstico tardio é uma realidade no mundo todo e afeta principalmente o desenvolvimento social.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), algumas crianças apresentam sintomas logo ao nascerem e são diagnosticadas entre 12 e 24 meses; outras, aos 4 ou 5 anos.
Ainda assim, existem casos de pessoas que descobrem o quadro apenas na idade adulta – sendo estigmatizados e convivendo com preconceito por anos sem saberem o porquê.
Porém, o cenário está mudando aos poucos, o que contribui diretamente para o conforto desse grupo de pacientes.
É o que aponta um artigo publicado em 2023 na Revista Saúde Pública, que analisou fatores associados ao diagnóstico precoce do espectro autista e de outros tipos de transtorno global do desenvolvimento (TGD) de crianças entre 2013 e 2019, no Brasil.
Logo, entende-se que, quanto antes se identifica a pessoa com autismo, mais cedo é possível realizar intervenções terapêuticas que podem melhorar suas habilidades motoras, cognitivas, sociais, entre outras.
Por fim, a prevenção é a melhor estratégia para garantir longevidade e qualidade de vida. O diagnóstico precoce é uma ferramenta valiosa nesse processo, pois permite intervenções rápidas e eficazes, aumentando as chances de tratamentos bem-sucedidos e prevenindo complicações graves.
Exames que devem ser feitos regularmente
O tradicional check-up é a melhor maneira de avaliar como está o funcionamento padrão do organismo, uma vez que reúne um conjunto de exames sobre a saúde metabólica, imunológica, sexual, entre outras.
Normalmente, ele é composto por:
- hemograma;
- dosagem de colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia, insulina, hormônios da tireoide e do fígado;
- aferição de pressão arterial;
- verificação de peso e cálculo do IMC;
- teste de detecção de sífilis, pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus das hepatites B e C;
- função pulmonar;
- avaliação da próstata (toque retal e/ou PSA);
- Papanicolau (pessoas entre 25 e 64 anos com vida sexual ativa);
- mamografia (pessoas de 50 a 69 anos);
- coleta de urina e de fezes.

Outros testes e procedimentos podem ser recomendados e feitos conforme os fatores de risco individuais de cada paciente. Consultas regulares com especialistas também contribuem para uma avaliação eficiente.
Com o Cartão dr. consulta é possível ter acesso a diferentes especialistas, além de exames com valores especiais, que auxiliam no processo de rastreio e contribuem para o diagnóstico precoce de condições de saúde.
Hábitos que podem salvar uma vida
Além de se submeter a exames preventivos, adotar um estilo de vida saudável é essencial para a prevenção de enfermidades e para o bem-estar geral. Algumas práticas recomendadas incluem:
- manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e alimentos naturais;
- praticar atividades físicas regularmente;
- evitar o consumo excessivo de álcool e de tabaco;
- controlar o estresse e buscar equilíbrio emocional;
- dormir bem e manter um ritmo adequado de descanso;
- realizar consultas médicas periódicas e seguir as recomendações de especialistas.
Fontes: