Autoexame de mama: o que ele pode mostrar para a mulher?

Um em cada quatro casos de câncer registrados em mulheres são de mama. Esse é o tipo mais letal da doença para o sexo feminino em todo mundo.

Porém, algo simples e rápido de ser feito pode salvar milhares de vidas por ano: a realização do autoexame de mama.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a estimativa para o surgimento de novos casos de câncer de mama era de quase 60 mil — 57.960 — em 2016, sendo 14 mil deles fatais.

Por outro lado, 88% dos casos diagnosticados no primeiro estágio da doença são perfeitamente curáveis.

Para tanto, é de fundamental importância realizar o autoexame de mama mensalmente — de 3 a 5 dias após a menstruação ou em datas fixas para quem já encerrou o período menstrual.

Como fazer o autoexame de mama?

O autoexame é simples e fácil de ser feito, sendo possível realizá-lo de três maneiras: em pé — em frente ao espelho —, deitada e no banho.

Em pé

De frente para o espelho, com os braços para baixo, observe todos os aspectos das mamas, como:

• tamanho;
• formato;
• cor;
• inchaços;
• saliências.

Em seguida, com os braços levantados e as mãos entrelaçadas atrás da cabeça, observe possíveis alterações nos seios.

Por fim, coloque as mãos na cintura e pressione a bacia para, novamente, detectar qualquer alteração nas mamas.

Deitada

1. Coloque uma das mãos atrás da cabeça.
2. Com a outra mão, apalpe devagar a mama do lado do braço levantado.
3. O toque deve ser feito com as pontas dos dedos juntos e esticados, em movimentos circulares e de cima para baixo em toda a mama.
4. Você também deve pressionar o mamilo com delicadeza para notar a saída de qualquer líquido estranho.
5. Repita o mesmo procedimento para realizar o autoexame na outra mama.

No banho

O procedimento é basicamente o mesmo do autoexame realizado deitada. A grande diferença é o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Confira como é feito:

• levante um dos braços e coloque a mão atrás da cabeça;
• apalpe devagar a mama do braço levantado com a outra mão, repetindo os mesmos movimentos;
• repita do outro lado.

O que não pode ser ignorado durante o autoexame?

Surgimento de nódulos

O aparecimento de uma espécie de caroço — chamado nódulo — é o sintoma mais comum do câncer de mama. Como a maioria deles são indolores, somente o autoexame de mama e da região da axila consegue identificá-los.

Nódulos duros e irregulares têm mais chances de serem malignos, mas eles também podem se apresentar macios e arredondados.

Contudo, a maioria desses caroços é benigno, não representando riscos à saúde da mulher.

Mudança de formato ou de tamanho do seio

Inchaço em parte do seio ou mudanças de tamanho nas mamas — causando deformidades entre elas — também são comuns em casos de suspeita da doença.

Alterações na pele da mama

A famosa pele “casca de laranja”: cheia de irregularidades, mudanças incomuns de textura, como enrugamento, franzidos, covinhas e descamações nas mamas ou no mamilo. Vermelhidão, coceiras e ardência nessa região também são sinais de alerta.

Saída de líquido do seio

A secreção de líquido claro ou com sangue, de origem desconhecida — ou que não seja leite —, serve de sinal de alerta.

Dores e feridas na mama

Feridas na pele, afundamento ou retração nos seios, dores nas mamas ou na região das axilas, veias visivelmente saltadas, inversão ou mudança de posição do mamilo também podem surgir em decorrência do câncer.

Todos esses sintomas podem indicar a presença de alterações nas células mamárias, mas podem, também, ser originados por outros fatores — como dormir de bruços ou usar sutiã muito apertado por muito tempo.

O surgimento de qualquer um desses sintomas durante o autoexame de mama serve de alerta e você deve procurar um ginecologista para a realização de exames mais específicos e complexos que podem averiguar o problema.

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