Trata-se de um conjunto de análises clínicas essenciais para garantir a saúde bucal. Isso envolve uma série de rápidas avaliações para verificar o estado dos dentes, da língua, da gengiva e das demais estruturas bucais.
O procedimento é fundamental para que condições que indiquem prejuízos à saúde sejam identificadas precocemente, além de ser uma forma eficaz de prevenção para quadros mais complicados.
Como é feita a avaliação dos dentes e da boca?
A anamnese é o primeiro passo da avaliação odontológica. O termo se refere à coleta de informações fundamentais para a compreensão do histórico de saúde bucal e geral do paciente.
Perguntas para saber como são os hábitos de higiene bucal, se há doenças preexistentes, se já tratou algum quadro de cárie e demais doenças bucais, e o motivo que levou a pessoa ao consultório – podendo ser uma visita de rotina ou mesmo a necessidade de investigar dor e demais anomalias – são realizadas nesse primeiro momento.
É quando são documentadas informações que possam ajudar no atendimento, como dores na articulação temporomandibular (ATM), estalos, diminuição da abertura da boca, úlceras bucais, herpes, sensibilidade dos dentes, entre outros.
Além de realizar a anamnese, o dentista deve examinar a boca do paciente com o auxílio de instrumentos e, em alguns casos, solicitar exames complementares. São eles:
- radiografia panorâmica, periapicais e interproximais;
- cefalometria;
- tomografia computadorizada.
Não custa relembrar: o dentista é o profissional indicado para avaliar a saúde da boca, solicita exames (quando necessário), oferece orientações de higienização bucal e indica o tratamento correto para cada caso:
A importância da avaliação odontológica
A atenção à saúde bucal é um cuidado básico para todas as pessoas e deve fazer parte também do pré-natal de gestantes.
De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, ao melhorar a saúde bucal da gestante, favorece-se também a saúde do bebê. Grávidas podem ser atendidas em qualquer momento da gestação, mas o segundo trimestre é o mais indicado por ser uma fase de maior estabilidade da gestação – o que impacta na assertividade da avaliação.
Outra questão que ilustra a importância da avaliação odontológica diz respeito à doação de órgãos. Embora seja de desconhecimento da maior parte da população, o dente é considerado um órgão.
Segundo a Faculdade de Odontologia da USP, é essencial realizar uma avaliação antes de procedimentos de doação de órgãos para identificar e tratar quaisquer doenças e condições bucais, como cáries, gengivites e doença periodontal – eliminando, assim, focos de infecção que, se não fossem tratados, poderiam gerar complicações para o receptor.
Com qual frequência é preciso ir ao dentista?
A frequência de visitas ao consultório do dentista varia de caso a caso. Pessoas que não apresentam nenhuma necessidade clínica, ou seja, cuja saúde bucal está sob controle, devem retornar após 1 ano. Para outras condições, as orientações são:
- gengivite sem fator retentivo de placa e sem cárie: retorno em 8 meses;
- cárie não cavitada e/ou gengivite sem fator retentivo de placa: retorno em 90 a 120 dias;
- alteração de tecido mole: retorno conforme orientação do dentista;
- dor espontânea: retorno conforme orientação do dentista.
Com o Cartão dr.consulta, você tem acesso a diferentes especialidades (inclusive Odontologia), exames e procedimentos para o diagnóstico e o tratamento de grande parte das condições envolvendo saúde bucal:
Sintomas para relatar ao dentista
Os dentistas podem ser procurados para avaliar os sintomas ou de maneira preventiva, para reduzir as chances desses aparecerem, como previsto nas consultas de rotina.
Durante a avaliação específica ou aquelas realizadas no acompanhamento regular, os dentistas devem ser informados prioritariamente sobre:
Dores
Em geral, a dor de dente é causada por inflamações e infecções do tecido dentário ou de regiões próximas a ele. Cáries, gengivite, periodontite, entre outras doenças e condições podem levar ao aparecimento de dores.
É preciso ficar atento à intensidade da dor, explicar se ela surgiu repentinamente e há quanto tempo ela se mostra presente e relatar todas as informações possíveis para que o dentista avalie o caso.
Mau hálito
A halitose pode ser causada por diferentes condições, como gengivite, doenças hepáticas, infecções respiratórias, descamação da boca e até mesmo doenças renais.
Por isso, vale observar as características do mau hálito: a intensidade do cheiro, se ele some ou não após a escovação, entre outros sinais e, em seguida, agendar uma avaliação odontológica.
Quem bebeu algo quente ou frio pode sentir uma fisgada no dente, eventualmente. Isso pode indicar que a sensibilidade dos dentes está maior. O quadro ocorre quando há uma erosão do esmalte dental e também em casos de retração da gengiva.
A escovação incorreta, a gengivite, o bruxismo e até mesmo a forma como os alimentos são mastigados podem levar ao aumento da sensibilidade dos dentes.
Sangramentos
A presença de sangue após a higienização bucal ou de forma espontânea merece atenção. Normalmente, o sangramento ocorre quando a gengiva está inflamada.
Entre as causas dessa inflamação, aparece o escorbuto, a deficiência de vitamina K, leucemia e a púrpura trombocitopênica autoimune.
Manchas nos dentes
A cor branca é a que mais bem caracteriza dentes saudáveis. Quanto às manchas escuras e amareladas surgem porque algo está prejudicando a saúde dentária.
O tabagismo, a escovação incorreta e a presença de cáries podem levar ao aparecimento das manchas -que devem ser devidamente investigadas.
Alteração de tecidos moles
A presença de úlceras, de manchas, de nódulos e vesículas, de lesões, além da formação de placa na mucosa da boca e língua devem ser rapidamente relatadas ao dentista para que uma investigação mais aprofundada seja realizada, após a avaliação inicial.
As causas para essas alterações de tecidos moles podem ser desde infecções, até mesmo casos de câncer na boca.
Fontes: