Toda mulher, ao fazer o autoexame das mamas, se assusta ao sentir a presença de um caroço (nódulo) no peito. Mas nem sempre isso é sinal de câncer.
Esse caroço pode ser causado por alterações benignas que ocorrem nos seios, mas também podem ser um sinal de câncer de mama. As alterações benignas são as mais comuns, principalmente nas mulheres mais jovens.
Um caroço no peito pode aparecer em qualquer fase da vida da mulher. O fibroadenoma, o tipo benigno mais frequente, é comum em mulheres jovens com idades entre 20 e 50 anos. Ele tende a aumentar de tamanho quando a mulher engravida e a diminuir na menopausa.
Já nas mulheres com mais de 50 anos, um caroço pode ser um sinal de câncer. Mas atenção, pois isso não significa que não existam casos de câncer de mama em mulheres jovens.
O diagnóstico é clínico, com o exame de palpação feito pelo médico. Se achar necessário, ele pode pedir um exame de imagem, como uma ultrassonografia das mamas, e uma punção aspirativa por agulha fina (PAAF), técnica na qual uma agulha fina aspira uma pequena parte do tecido que será submetido à biópsia. Esse procedimento tem como objetivo confirmar se o caroço é benigno ou não. O exame clínico, de imagem e a biópsia, quando realizados juntos, têm sensibilidade de 99,6%.
Como tratar o caroço no peito
A escolha pelo tratamento depende do tamanho do caroço, sua localização e da idade da mulher. Um caroço benigno quase sempre desaparece espontaneamente, sem necessidade de qualquer tratamento. Mas há casos em que ele precisa ser retirado e examinado. Só o médico que atua na área de ginecologia pode indicar o procedimento mais adequado.
Prevenção
A melhor forma de se prevenir contra o câncer de mama é cultivando hábitos saudáveis de vida, que incluem o consumo restrito de alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, a prática regular de atividade física e evitar fumar.
Outra forma de prevenção é o rastreamento e identificação da doença nas etapas iniciais, quando são maiores as chances de cura.
Os médicos recomendam que a mulher faça regularmente o autoexame das mamas, o exame clínico com o médico e um exame de imagem, que pode ser a mamografia ou a ultrassonografia, ou até mesmo os dois, dependendo do caso.
Autoexame: como fazer
Os médicos sugerem que o autoexame comece a ser realizado a partir dos 20 anos de idade. A periodicidade deve ser mensal e o ideal é fazer a palpação das mamas entre o quarto e o sexto dia após o fim da menstruação. Mulheres que não menstruam devem fixar uma data para fazer a avaliação.
O autoexame não substitui o exame clínico de rotina, que deve ser feito a cada dois anos pelo médico.
Você deve fazer o autoexame em frente ao espelho e deitada, ou durante o banho. Durante o exame, observe:
- em frente ao espelho: deformação ou alteração no formato das mamas, abaulamentos ou retrações e feridas ao redor do mamilo.
- no banho ou deitada: presença de caroço no peito, secreção nos mamilos.
Sempre que notar algo diferente em sua mama, agende uma consulta com um médico que atua na área de ginecologia!
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