A obesidade infantil é um problema grave e delicado que merece cuidados especiais na prevenção e um olhar mais específico no diagnóstico e tratamento.
Hoje, a doença já é considerada a mais recorrente entre as crianças no mundo. Estima-se que nos últimos 30 anos o número de crianças e adolescentes acima do peso tenha aumentado em 5 vezes.
Com o avanço da produção de alimentos industrializados, é normal notar famílias adotando dietas irregulares e pobres em vitaminas importantes para o corpo. Mas se engana quem pensa que a obesidade infantil só é provocada pela má alimentação. Existem outros fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da doença, tais como:
- Falta de Atividades Físicas: o sedentarismo é um dos principais fatores para o aumento de peso. Devido a violência urbana, ao avanço da tecnologia e, recentemente, ao isolamento social, as crianças deixaram de praticar atividades fora de casa, como esportes, e passaram a se entreter apenas com equipamentos eletrônicos, como celular, televisão e videogames, que não exigem esforço físico.
- Fatores Hormonais: é normal notar um aumento de peso em crianças e adolescentes que apresentam alguma desregulação hormonal, como o excesso de insulina ou a deficiência do hormônio do crescimento.
- Fatores Genéticos: é comprovado cientificamente que quem apresenta pais obesos têm maiores chances de também desenvolver a doença.
- Ansiedade ou Depressão: a obesidade também pode ser provocada por desequilíbrios emocionais. Ao se deparar por um trauma ou um conflito, é comum que a criança se permita a comer mais e em maiores quantidades como forma de compensação.
Em inúmeros casos, a obesidade infantil é uma consequência do modo como os familiares vivem. A alimentação saudável é um hábito que se ensina desde cedo, e só cabe aos pais darem o melhor exemplo, principalmente, quando o pequeno já apresenta sinais de sobrepeso.
Quais são os perigos da obesidade infantil?
A obesidade infantil merece ainda mais cuidados do que a obesidade desenvolvida na fase adulta, pois o indivíduo pode adquirir doenças crônicas precocemente e com maior facilidade. Assim, contribuindo para uma piora na qualidade e na expectativa de vida.
Entre os riscos da obesidade infantil estão: colesterol alto, diabetes, pressão alta, doenças respiratórias, doenças na articulação, dermatites, enxaqueca, disfunções metabólicas e até mesmo obesidade mórbida.
Fora isso, a criança ou o adolescente também pode desenvolver disfunções alimentares, como bulimia ou anorexia, e apresentar problemas emocionais e sociais, como baixa estima, depressão e até sofrer com o bullying.
Como identificar a obesidade infantil?
Inicialmente, é importante que os pais se atentem a rotina dos seus filhos e, principalmente, a sua alimentação. Ao notar sinais de sobrepeso, ou até mesmo algumas reclamações como dificuldade para se movimentar ou respirar, procure ajuda de um pediatra.
O profissional irá realizar os exames clínicos adequados para entender e até mesmo reverter o quadro do paciente.
Em casos de obesidade, será indicada uma reeducação alimentar e comportamental com a ajuda dos pais e o acompanhamento do médico. Uma nova dieta irá compor a rotina da criança, assim como a prática regular de atividades físicas e a realização de check-ups para monitoramento dos níveis de gordura, sódio e glicose do organismo.
Como evitar a obesidade infantil?
Com os cuidados certos, é possível prevenir a obesidade infantil. Veja abaixo:
Lembre-se de que todos os comportamentos das crianças são baseados nos dos adultos, por isso, pratique, ensine e incentive os melhores hábitos. Isso faz a diferença!