Embora seja lembrada em muitos casos apenas pela brincadeira de criança, pular corda com regularidade pode ser uma excelente forma de mexer o corpo e reduzir o tempo parado.
Com a constância e os cuidados necessários, essa opção de atividade física contribui para diferentes aspectos da saúde
Os 4 principais benefícios de pular corda
De forma geral, esse exercício pode ser considerado simples, mas requer coordenação. Ele consiste em balançar o instrumento e saltar por cima toda vez que ele passar por debaixo das pernas.
Com um pouco de prática, é possível ganhar ritmo e acelerar os movimentos. Além disso, existem variações, mudando o sentido em que a corda vai e vem ou aumentando a frequência e altura dos saltos.
Isso torna pular corda um excelente exercício aeróbico. Essa é a mesma categoria de atividade das corridas, das caminhadas, da natação e das pedaladas, entre outras formas de movimentar o corpo que elevam o batimento do coração e a frequência da respiração.
Assim sendo, ao investir na regularidade, é possível aproveitar alguns benefícios interessantes desse tipo de prática.
Lembre-se sempre que consultas regulares também são fundamentais para a saúde, inclusive antes de iniciar uma atividade física nova. Nesse sentido, o Cartão dr.consulta é uma excelente opção para cuidar do seu bem-estar de forma contínua, por meio de descontos em consultas com especialistas e exames.
1 – Queima calorias e ajuda a emagrecer
Pular corda em um ritmo moderado ou intenso exige bastante esforço físico. Quando mantido por alguns minutos, isso pode gerar um consumo importante de energia, com números que variam de pessoa para pessoa.
Na média, é esperado que 10 minutos desse exercício eliminem cerca de 100 calorias. Com o tempo, esse consumo elevado de energia pode interferir positivamente na perda de peso, sobretudo se acompanhada de outras maneiras de movimentar o corpo e uma dieta balanceada.
Não custa lembrar, que de forma geral, a redução da massa corporal depende da diminuição do consumo de calorias e da elevação da queima de energia. Tal diferença recebe o nome de déficit calórico.
Em outras palavras, isso reforça que para ver os números da balança cair é preciso gastar mais calorias do que aquelas obtidas com a alimentação. No sentido oposto, o peso aumenta sempre que a quantidade de energia proveniente das refeições é maior que a demanda.
Nesse contexto, o suporte de um nutricionista pode ser fundamental para ajustar a dieta, sempre de forma consciente e equilibrada.
2 – Melhora a coordenação motora e o equilíbrio
Pular corda é uma tarefa que exige duas habilidades essenciais: movimentar o utensílio e saltar ao mesmo tempo, e não cair ao ultrapassar o obstáculo.
Assim sendo, um estudo feito com jovens de aproximadamente 12 anos que jogavam futebol mostrou que pular corda pelo menos duas vezes semanalmente ao longo de oito semanas melhorou as capacidades motoras entre os participantes da pesquisa.
Por isso, manter a constância, na prática pode melhorar de forma significativa a coordenação e o equilíbrio. Tais capacidades são importantes em todas as idades, ainda mais quando se leva em conta que o envelhecimento pode reduzi-las.
3 – Aprimora a resistência cardiovascular
Quem já pulou corda em um ritmo mais intenso sabe que isso pode exigir bastante do fôlego. Em alguns minutos já se fica ofegante, por conta da frequência dos batimentos cardíacos. Essa elevação se torna necessária para transportar oxigênio para todo o corpo nos momentos de maior demanda.
Por outro lado, no longo prazo, fica mais fácil ampliar o tempo pulando por cima do obstáculo sem perder o ar. De forma similar, atividades do dia a dia tendem a se tornar mais cômodas, graças ao esforço extra durante os exercícios.
4 – Fortalece músculos e ossos
Não é apenas o coração que ganha com os saltos sobre a corda. Se feito de forma adequada, esse é um exercício capaz de trabalhar diversos grupos musculares, assim como fortalecer a densidade óssea.
Para progredir nos movimentos, é preciso mover as pernas e os braços, além da barriga e dos glúteos, obtendo uma maior resistência desses tecidos.
Já o pequeno impacto com o solo faz com os ossos dos pés e membros inferiores precisem absorver alguma pressão. De forma constante, tal situação amplia a solidez dos ossos.
Em especial entre os mais velhos, o comprometimento da massa muscular e da estrutura óssea tem consequências importantes sobre a saúde na totalidade.
Por outro lado, uma vida ativa pode ajudar a criar um “estoque” desses elementos do organismo, colaborando com um processo de envelhecimento mais tranquilo.
Como dar os primeiros pulos de forma segura
Embora traga benefícios para o corpo e não exija maiores recursos ou mesmo grandes espaços para a sua prática, pular corda pode demandar alguma preparação dos seus praticantes, sobretudo quando eles estão começando ou estão há muito tempo sem praticar atividades mais intensas. Por isso, o ideal é sempre:
- passar por uma avaliação médica prévia, principalmente se você tiver alguma possível limitação física;
- decidir por um local com chão plano e que não gere risco de queda durante o exercício;
- escolher uma corda apropriada para esse fim, geralmente disponível em lojas de material esportivo;
- alongar-se antes e depois dos pulos;
- começar sempre com saltos lentos, observando o movimento do corpo;
- se estiver difícil, treine alguns saltos sem a corda;
- alternar um minuto de saltos com um minuto de descanso por 15 minutos, progredindo nesse tempo aos poucos;
- garantir a hidratação adequada;
- intercalar com outras práticas esportivas ao longo da semana (como a musculação, se possível).
Em suma, pular corda pode ser uma opção acessível e divertida para movimentar o corpo. No entanto, por exigir um pouco mais da aptidão física e envolver um grau maior de impacto, é preciso reforçar alguns cuidados prévios, garantindo os ganhos dessa prática.
Fontes:
- European Journal of Applied Physiology;
- Journal of Pediatric Endocrinology and Metabolism;
- Journal of Physical Therapy Science;
- Journal of Sports Science and Medicine;
- Journal of Strength and Conditioning Research;
- Nutrients;
- Revista Brasileira de Medicina do Esporte;
- Sports Medicine;
- Universidade Estadual Paulista.