Causado, normalmente, pela exposição excessiva ao sol, o câncer de pele é o tipo de tumor mais frequente no Brasil e no mundo, segundo o Ministério da Saúde (MS).
Por isso, conhecer seus sinais e sintomas, pode ajudar a identificá-lo precocemente e, consequentemente, ter mais chances de cura.
Este conteúdo vai te explicar quais são os tipos de câncer de pele, quais suas diferenças e os cuidados que você deve ter para prevenir esse tumor. Continue com a gente!
Tipos de câncer de pele
Inicialmente, este tipo de tumor é dividido em duas classificações:
- câncer de pele melanoma;
- câncer de pele não melanoma.
Eles são categorizados conforme a região afetada e as suas características. Entenda melhor a seguir!
Câncer de pele melanoma
Este é um tipo raro de câncer e representa apenas 3% das neoplasias malignas (tumor) de pele no Brasil.
Ele também é o mais mortal devido à sua capacidade de se espalhar rapidamente para outros órgãos do corpo (processo conhecido por metástase). No entanto, é importante ressaltar que as chances de cura são de mais de 90% em casos diagnosticados precocemente, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O melanona se origina nas células produtoras de melanina, conhecidas como melanócitos. Sendo assim, ele pode surgir na pele como sinais ou pintas escuras que, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho e podem causar sangramento.
Ainda segundo a SDB, as pintas podem aparecer em áreas de difícil visualização, sendo mais comum em:
- pernas (nas mulheres);
- troncos (em homens);
- rosto (em ambos os sexos).
Por isso, é importante conhecer seu corpo para conseguir identificar pintas novas e/ou irregularidades na pele. Caso perceba algo estranho, é essencial marcar uma consulta com o dermatologista para que ele observe e faça esse controle junto a você.
Além da exposição excessiva ao sol, outros fatores de risco para o desenvolvimento de melanoma são: histórico familiar da doença e pele clara.
Câncer de pele não melanoma
Este é o tipo de câncer mais comum no Brasil. De acordo com o MS, ele é responsável por 30% de todos os casos de neoplasias malignas do País.
O câncer de pele não melanoma é diferente do melanoma, pois o tumor se origina nas células da pele e não nos melanócitos.
Apesar de apresentar baixa mortalidade, ele pode deixar marcas expressivas. Portanto, assim como no melanoma, é recomendado que você esteja sempre atento a sua pele e procure a ajuda de um dermatologista caso perceba alguma mudança.
O câncer de pele não melanoma tem tumores de diferentes tipos. Sendo os mais comuns: carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma epidermoide (CEC). Veja abaixo as características de cada um e conheça também outras neoplasias de pele mais raros.
Carcinoma basocelular (CBC)
Segundo o Ministério da Saúde, este é o tumor de pele mais frequente no Brasil. Ele acomete as células basais que se encontram na camada mais profunda da epiderme.
Nesse tipo de câncer, a característica mais comum é uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade — conhecido como CBC nódulo-ulcerativo.
As áreas mais afetadas são: face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
Com baixa letalidade, o carcinoma basocelular tem cura em caso de detecção precoce.
No entanto, procurar um profissional da saúde é fundamental, já que certas manifestações dele podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase.
Assim como no melanoma, exposição excessiva ao sol, pele clara e histórico familiar da doença são considerados fatores de risco para este tipo de câncer.
Carcinoma espinocelular (CEC)
Segundo mais frequente dentre os tipos de câncer de pele, o carcinoma espinocelular afeta as células escamosas, presentes nas camadas superiores da pele.
Apesar de poder se desenvolver em todas as partes do corpo, seu aparecimento também é mais comum nas áreas expostas ao sol. As lesões têm aparência similar a das verrugas, com coloração avermelhada, feridas espessas e descamativas, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente.
Este tipo de câncer é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres e, exposição solar, normalmente, é a principal causa do carcinoma espinocelular. Alguns casos também podem se associar a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados, bem como exposição a agentes químicos e radiação.
Sarcoma de Kaposi
Apesar de também ser um câncer de pele não melanoma, este é um tipo raro de neoplasia.
O sarcoma de Kaposi avança de forma lenta e suas causas estão relacionadas a um vírus chamado herpes vírus humano tipo 8 (HHV 8) ou Kaposi sarcoma herpesvirus (KSHV).
Ele provoca manchas vermelhas ou escuras na pele, principalmente nos pés ou nas pernas. As lesões, no entanto, podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, áreas genitais e nos órgãos internos do corpo, causando hemorragias.
É importante ressaltar que apenas o contato com o vírus não é suficiente para desenvolvimento do câncer. É preciso que o paciente esteja com o sistema imunológico deficiente.
O diagnóstico é comum em pessoas que usam medicamentos imunossupressores ou são portadoras do HIV, já que a presença desses fatores contribui para a fragilidade do sistema imunológico.
Dependendo do caso e do estágio, há cura. Por isso, a conscientização sobre os fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce é tão importante. Percebeu algo estranho na sua pele? Procure ajuda de um profissional da saúde.
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Carcinoma de Merkel
O carcinoma de Merkel é um tipo de câncer pele não melanoma considerado raro, que atinge principalmente pessoas brancas acima dos 70 anos.
O seu nome tem a ver com o local de origem, já que ele se origina nas células de Merkel. Elas são encontradas na camada basal da epiderme — a mais externa da pele, próximas às terminações nervosas.
O tumor tem as características de um caroço duro, brilhante, da cor da pele ou vermelho azulado, e aparece principalmente em partes do corpo expostas à luz solar como rosto, pescoço e braços.
Elas crescem rapidamente e podem se espalhar como novos caroços na pele ao redor. O diagnóstico costuma ser feito somente após a biópsia do tumor.
Para este ripo de câncer de pele, além da idade e exposição solar, são considerados fatores de risco pessoas com sistema imunológico debilitado e infecção com o poliomavírus de células de Merkel.
Diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista. No geral, a avaliação de pintas e sinais na pele é feita levando em conta assimetria, bordas, cor, diâmetro e evolução. Após esse, processo, se necessário, o profissional da saúde solicitará uma biópsia dos tecidos.
Apenas o resultado desse exame pode dar a certeza da existência de um câncer de pele e qual o seu tipo.
Nos casos em que o tumor é detectado precocemente, as chances de cura são significativamente melhores. O tratamento inicial, geralmente, consiste na remoção cirúrgica da lesão e do tecido ao redor para assegurar a eliminação completa das células cancerígenas.
Entretanto, em situações mais avançadas, pode ser necessário recorrer a outros tratamentos, como quimioterapia e a radioterapia.
Como evitar o câncer de pele?
Existem diversos fatores que podem desencadear o câncer de pele, sendo a exposição excessiva ao sol um dos principais. Por isso, as principais dicas para evitar esse tipo de neoplasia envolve proteção solar. Confira abaixo:
- Use sempre protetor solar, mesmo em dias nublados;
- Evite o sol forte, especialmente entre 10h e 16h, quando os raios UVB estão mais intensos;
- Busque sombra e use roupas protetoras, principalmente se tem pele sensível;
- Opte por produtos autobronzeadores para um bronze saudável. Especialistas não recomendam bronzeamento pela luz solar ou câmaras.
Dezembro é conhecido como Dezembro Laranja. O objetivo desse mês é conscientizar a população sobre o câncer de pele com dicas de prevenção e de como identificar sinais de alerta para diagnóstico precoce. No entanto, esse assunto não deve ficar em alta só nesse período.
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Fontes:
- Câncer de pele | Ministério da Saúde
- Câncer de pele | Sociedade Brasileira de Dermatologia
- O que é câncer de pele melanoma? | Sociedade Americana de Câncer