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Quando procurar um neurologista?

Fotografia de um neurologista que segura um modelo da coluna vertebral, representando uma de suas áreas de atuação.

Muito se fala sobre a importância de ter consultas periódicas com diferentes especialidades médicas, mas e quando procurar um neurologista? Nem todo mundo entende o que esse profissional faz ou acredita que apenas condições graves são tratadas por ele.

Porém, o acompanhamento com esse especialista pode ser mais importante do que se imaginai: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os distúrbios do sistema nervoso são a segunda principal causa de morte no mundo, com cerca de 9 milhões de mortes anualmente.

Além disso, com o envelhecimento da população, enfermidades crônicas tratadas por essa frente ficarão mais comuns. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que temos, hoje, 14,7% de brasileiros com mais de 60 anos. Para 2060, essa parcela pode chegar a 25,5% da população.

Um dos diagnósticos que mais acomete esse público é doença de Alzheimer, caracterizado pela perda de memória e outras dificuldades cognitivas.

E não é só isso: outras patologias também estão envolvidas nesse cenário. No entanto, elas podem ser prevenidas, tratadas ou controladas por esse ramo da medicina. Saiba mais!

O que o médico neurologista faz?

Esse profissional é responsável por compreender tudo o que envolve o cérebro, medula espinhal e nervos periféricos. Essas estruturas compõem o Sistema Nervoso (SN), o qual impacta o restante do organismo. 

Essa área medica abrange o tratamento de condições de saúde que variam desde uma dor de cabeça, até impedimentos na movimentação ou distúrbio do sono.

E o neurocirurgião? Como o próprio nome diz, o neurocirurgião está apto a fazer diagnósticos clínicos e também pode realizar cirurgias que envolvam o SN. 

Quando procurar um neurologista? 

Vários sintomas são indícios da necessidade de buscar ajuda desse profissional. Por isso, é importante estar atento aos seguintes sinais:

Formigamentos ou dormência

São as características mais frequentes de danos aos nervos, que são como fibras que ligam o cérebro a várias partes do corpo. Quando algo ocorre com eles, os membros superiores ou inferiores podem ser afetados.

Amnésia (perda de memória)

É um diagnóstico que pode ter diversas causas e, consequentemente, diversos tratamentos.

Confusão mental

Pode ser gerada por vários motivos, como por concussões no cérebro ou cânceres e o neurologista poderá identificá-los.

Alteração no sono

Esse profissional também é responsável por investigar e tratar adversidades no sono. Alguns exemplos de distúrbios do sono são: insônia, terrores noturnos e sonambulismo.

Tremores

Tremer muito não é normal e pode ser uma condição causada por uso de determinados medicamentos ou quadros mais graves, como a doença de Parkinson.

Vômitos constantes

vomitar nem sempre é algo associado ao sistema digestivo. O cérebro pode estar envolvido nesse processo, como acontece nas crises de enxaqueca, epilepsia e alguns tumores cerebrais.

Irritabilidade

Um neurologista ajuda a identificar o que gera esse humor desconfortável e se existe alguma questão cerebral nesse aspecto.

Identificou algum desses sintomas em você ou em alguém próximo? Marque uma consulta com neurologista para investigação. Quanto antes diagnosticar as causas e começar os cuidados, melhor será a evolução do possível tratamento. 

Neurologia infantil

As crianças também podem ser afetadas por distúrbios nervosos. Nesses casos, é importante procurar um médico especialista em neurologia infantil, para atender as necessidades específicas.

O neuropediatra é quem consegue analisar as condições de saúde considerando, além dos sintomas, o processo de desenvolvimento cerebral das crianças e acompanham outras condições como Transtorno do Espectro Autista (TEA), atrasos e dificuldades na fala, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), crises convulsivas, dislexia, paralisia cerebral e dificuldades de coordenação corporal. 

É importante ressaltar que o neuropediatra pode realizar o diagnóstico, porém, a condução do tratamento envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar que inclui a participação de neuropsicólogos.

7 doenças que o neurologista pode diagnosticar

Imagem ilustrativa (iStock)

Existem várias condições e doenças que um neurologista pode diagnosticar. As 7 principais são:

  1. doença de Alzheimer;
  2. acidente vascular cerebral (AVC);
  3. enxaqueca recorrente;
  4. epilepsia;
  5. distúrbios do sono;
  6. transtorno do espectro autista (TEA);
  7. doença de Parkinson.

1. Doença de Alzheimer

Essa condição pode tornar-se mais recorrente com o envelhecimento da população. Isso acontece porque a doença de Alzheimer é mais comum em pessoas acima de 65 anos (apesar de existirem casos do chamado “Alzheimer precoce”).

Trata-se do tipo mais frequente de demência e tem a perda de memória recente como principal característica. No entanto, ocorre a perda de capacidades cognitivas e de praticar tarefas diárias, progressivamente. 

Infelizmente, ainda não há cura. Contudo, o acompanhamento médico multiprofissional pode auxiliar na qualidade de vida do paciente, além de tratar os sintomas.

2. Acidente vascular cerebral (AVC)

No caso de AVC, a atuação do neurologista tende a ocorrer posteriormente ao quadro, pensando em reabilitar, para evitar reincidências ou tratar sequelas. 

Isso porque é uma situação súbita e grave que requer atendimento hospitalar de emergência, caso contrário pode deixar sequelas ou até mesmo levar o paciente à morte.

O Acidente Vascular Cerebral acontece quando um vaso sanguíneo do cérebro se rompe (gerando hemorragia) ou quando há interrupção do fluxo de sangue por bloqueio do vaso.

Os principais sintomas são:

Ao perceber um ou mais desses sinais, procure atendimento médico. 

3. Enxaqueca recorrente

É uma dor de cabeça forte que pode impedir o paciente de realizar suas atividades cotidianas. Geralmente, ocorre acompanhada de sensibilidade à luz e sons, além de visão distorcida (a chamada “aura”). Vômitos e tonturas também podem estar presentes. As causas são várias: 

O neurologista irá investigar os seus gatilhos, a fim de prescrever recomendações para evitar ou aliviar os sintomas.

4. Epilepsia 

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro devido ao comportamento agitado das células e impulsos nervosos. Nesses casos, a pessoa pode ter desmaios seguido de tremores e contrações musculares involuntárias, e perda do controle da bexiga e intestino.

Os fatores que geram o quadro podem envolver doenças já presentes (como a meningite), lesões cerebrais, má formação congênita, abuso de substâncias tóxicas, infecções, condições genéticas ou desconhecidas. 

5. Distúrbios do sono

Apenas quem convive com algum distúrbio do sono sabe o quanto isso pode afetar a qualidade de vida. 

Além do cansaço extremo durante o dia, todo o corpo sofre com o estresse acumulado. Portanto, é importante procurar ajuda profissional para entender os motivos e definir uma forma de tratá-lo. 

Insônia, sonambulismo, apneia e terror noturno são algumas das condições que um neurologista pode identificar. 

6. Transtorno do espectro autista (TEA)

Os neurologistas estão na equipe multiprofissional que acompanha os pacientes com transtorno do espectro autista (TEA). A condição possui diversas características, que variam de pessoa para pessoa, mas são mais comuns as dificuldades de socialização e linguagem.

Além desses profissionais, que contribuem com o diagnóstico, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas também devem fazer parte do acompanhamento. 

7. Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma neurodegeneração crônica e progressiva onde acontece uma diminuição da produção da dopamina, um neurotransmissor que ajuda na regulação dos movimentos voluntários do corpo.

Dessa forma, o paciente tem tremores, rigidez muscular, alterações intestinais e distúrbios do sono. Também não tem cura, mas deve ser acompanhada para evitar a rápida progressão

Exames comuns nesta especialidade

Imagem ilustrativa (iStock)

Os exames mais frequentes que o neurologista pode pedir são:

Não hesite em marcar uma consulta caso algum dos sintomas apareça de forma persistente. Assim, será possível receber o diagnóstico certo e iniciar o tratamento com agilidade. E, claro, manter o acompanhamento periódico, de acordo com a orientaçãoprofissional. 

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Fontes:

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