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Entenda a relação entre diabetes e doença renal

dr.consulta - profissional de saúde explicando a relação da diabetes e doença renal, apontando para um rim ilustrativo

A nefropatia diabética é uma das possíveis complicações em pacientes com o distúrbio metabólico. 

Considerada grave, a também chamada doença renal do diabetes (DRD) se caracteriza por danos aos vasos sanguíneos dos rins, o que provoca perda de proteína por meio da urina e gera riscos ao funcionamento do organismo. 

Além disso, essa também é uma das principais causas de insuficiência renal e da doença renal terminal. 

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apontam que a nefropatia ocorre em até 40% de indivíduos diagnosticados com a condição. 

Diante desse cenário, é essencial entender como o diabetes e complicações renais estão relacionados e quais são as formas de prevenção dessa complicação.

Por que os rins param de funcionar no diabetes?

Responsáveis pelo equilíbrio químico do corpo, a dupla de órgãos vitais atua filtrando toxinas e mantendo substâncias que são necessárias ao organismo, como as proteínas. 

Soma-se a isso a atuação dos rins para a regulação da pressão sanguínea, explica a Sociedade Brasileira de Nefrologia.

No entanto, alguns fatores podem comprometer seu funcionamento, como a hiperglicemia crônica (excesso de açúcar no sangue) – típica do diabetes. 

Por conta desse acúmulo de açúcar, os rins acabam filtrando um volume elevado de sangue – o que sobrecarrega os órgãos e leva à perda de proteína pela urina.            

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Pressão alta, espuma e proteína na urina são sintomas

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) afirma que a nefropatia diabética frequentemente não provoca sintomas nos estágios iniciais. 

Ainda assim, há casos de pacientes que percebem a urina com mais espuma do que o normal. Além disso, é comum a presença de proteínas no material eliminado, como a albumina, e o aumento da pressão arterial.

Por isso, é fundamental observar sinais visuais e realizar exames laboratoriais para identificar alterações químicas na urina. 

Estar atento a esses dois índices é especialmente importante para evitar que eventos cardiovasculares ou insuficiência cardíaca se desenvolvam em pessoas com diabetes e doença renal crônica, segundo as diretrizes da SBD.

Em razão disso, a Sociedade recomenda que o rastreamento seja feito logo após o diagnóstico de diabetes tipo 2. No caso do tipo 1, ele deve ocorrer 5 anos após a confirmação do distúrbio metabólico, sendo repetido uma a quatro vezes ao ano.

Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes procedimentos e especialidades médicas que auxiliam na investigação, no tratamento e na prevenção da doença renal causada pelo diabetes. 

Por meio do programa Viva Bem, o paciente recebe ainda suporte e orientações sobre o manejo do diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).

Prevenção precisa ir além do controle da glicemia

O processo de danificação dos rins não é reversível. No entanto, é possível retardar o agravamento e acometimento total de suas funções.

Para isso, a SBEM recomenda atenção e cuidado com a taxa de açúcar no sangue e manejo adequado de outros fatores que contribuem para a ocorrência de lesões renais. Isso significa:

Por fim, medicamentos podem ser usados para o tratamento da condição. Quando os protocolos não surtem efeitos, a terapia renal substitutiva pode ser necessária – o que envolve tanto o transplante de órgão quanto sessões de diálise, orienta um estudo publicado no Brazilian Journal of Health Review.

Seguir essas orientações aumenta as chances de prevenir a nefropatia diabética e melhorar a qualidade de vida do paciente. É fundamental também que haja um médico especialista em Nefrologia capaz de acompanhar o caso. 

Fontes

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