Seu filho precisa usar óculos? 7 sinais de atenção

Falhas na visão podem prejudicar o rendimento nos estudos, os relacionamentos sociais e até a autoestima de crianças e adolescentes.
Por isso, é essencial que pais e responsáveis observem comportamentos e sintomas que podem indicar a necessidade de usar óculos.
Condições oculares comuns na infância e na adolescência
As ametropias são erros refrativos que afetam a forma como o globo ocular foca a luz. Nos pequenos e nos jovens, de acordo com artigo publicado na revista Medicina (Ribeirão Preto), da Universidade de São Paulo (USP), as principais são:
- miopia – dificuldade para enxergar de longe. É comum em idade escolar e pode progredir com o tempo;
- hipermetropia – comprometimento na vista de perto. Costuma ser natural em bebês, mas requer atenção se persistir após os primeiros anos de vida;
- astigmatismo – imagens distorcidas tanto próximas quanto distantes, causado por irregularidades na curvatura da córnea;
- anisometropia – diferença significativa de grau entre os dois olhos, podendo interferir no desenvolvimento visual se não tratada.

Sinais de que o jovem pode precisar de óculos
Como muitas pessoas mais novas não sabem explicar o que estão sentindo ou acreditam que qualquer alteração seja normal, os sinais podem passar despercebidos.
Assim, é crucial ficar atento a atitudes, como:
- se aproximar muito dos livros ou telas;
- tampar (ou fechar) um dos lados para ver melhor;
- queixas de dores de cabeça frequentes, principalmente após tarefas que exigem foco visual;
- olhos lacrimejando ou vermelhos recorrentemente;
- desempenho escolar abaixo do esperado;
- desinteresse por leitura ou correlacionados;
- inclinação da cabeça ou postura inadequada ao ler ou assistir televisão.
Tipos de lentes conforme a necessidade visual
É importante que elas sejam feitas sob medida, de acordo com a receita médica, levando em conta o grau, o alinhamento correto dos órgãos e o estilo de vida da criança. O acompanhamento periódico com o oftalmologista é fundamental para ajustes e reavaliações.
Deve-se considerar o tipo de correção necessária na hora de escolher o acessório, já que existe uma variedade de lentes, cada uma voltada para um fim específico:
Monofocais
Essas são as mais comuns, têm um único grau e objetivo, indicadas para quadros de miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
Bifocais
Apresentam duas áreas: uma para visão de longe e outra para perto. São recomendadas em casos especiais, como condições oculares ou dificuldades de acomodação da vista.
Multifocais (ou progressivas)
Oferecem uma transição suave entre diferentes distâncias (próxima, intermediária e mais afastada). Apesar de serem mais utilizadas por adultos, adolescentes podem precisar delas em determinadas situações (sob supervisão médica).
Com filtro de luz azul
Ideais para jovens que passam muitas horas em frente a telas, pois ajudam a reduzir a fadiga provocada por dispositivos eletrônicos.
Fotossensíveis
Escurecem em contato com a claridade solar, protegendo contra os raios ultravioleta (UV). São úteis para quem realiza muitas atividades ao ar livre.
Quando levar ao oftalmologista
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a SBOP aconselham que todo recém-nascido passe por uma primeira avaliação oftalmológica até os seis meses, seguida por novos exames aos dois, quatro anos e antes de iniciar a vida escolar.
Depois, o acompanhamento deve ser anual, mesmo que não haja queixas. Em casos de histórico familiar de patologias ou presença de comportamentos e sintomas (como os listados acima), o atendimento deve ser antecipado.
Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a procedimentos oftalmológicos e consultas com especialistas por valores acessíveis, além de outros serviços de saúde para toda a família. É uma maneira prática e econômica de garantir o cuidado de todos.

Exames indicados para diagnóstico
Entre os principais testes oftalmológicos para crianças e adolescentes estão:
- acuidade visual (verifica a nitidez);
- refração dinâmica e estática (checa o grau com e sem dilatação da pupila);
- teste de motilidade ocular (analisa os movimentos dos olhos);
- esquiascopia (para prescrição de acessórios ópticos nos pequenos que ainda não falam ou interagem completamente);
- cicloplegia (aplicação de colírios para paralisar temporariamente a acomodação ocular, permitindo medição precisa do grau).
Tudo depende da idade e da capacidade de colaboração do paciente. O oftalmologista pediátrico é o especialista adequado para essa investigação.
Cuidados complementares com a saúde ocular
Além de usar óculos quando necessário, hábitos saudáveis ajudam a proteger a visão:
- estimular atividades em ambientes externos;
- reduzir o tempo de telas;
- alimentação equilibrada e rica em nutrientes como vitamina A, ômega-3 e zinco;
- utilização de filtro UV nas lentes, inclusive na infância;
- evitar a automedicação.
Cuidar desse sentido é parte essencial do desenvolvimento das crianças e adolescentes. Qualquer medida corretiva faz com que eles aproveitem ao máximo as fases da vida, com mais conforto, autonomia e aprendizado.
Fontes:
[…] sinais denotam normalmente distúrbios na visão, a possível necessidade do uso de óculos e precisam ser acompanhados por um […]
[…] baixo desempenho escolar sem outra explicação (no caso dos pequenos) ou queda da produtividade no trabalho (em […]
[…] Dados do mesmo estudo apontam que aproximadamente 20% das crianças em idade escolar apresentam alguma dificuldade para enxergar de longe, muitas vezes sem que pais e educadores percebam. Por isso, o rastreamento deve fazer parte da rotina de cuidados desde a infância. […]