As doenças oculares são consideradas comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 285 milhões de pessoas no mundo já foram afetadas por alguma condição desta categoria. Entretanto, entre 60% a 80% podem ser evitadas se diagnosticadas e tratadas precocemente.
Existem diversas opções de tratamento, cada uma atendendo às necessidades específicas dos pacientes e da patologia. Uma delas é o uso do tampão ocular, utilizado principalmente na primeira infância.
Continue acompanhando o conteúdo para entender quando o tampão de olho deve ser usado e como ele pode colaborar na melhora dos olhos e da qualidade de vida do paciente.
O que é o tampão ocular?
Em linhas gerais, o tampão ocular é um dispositivo usado para vedar o olho que não apresenta nenhuma alteração visual. Além de servir como proteção, ele também está inserido na terapia de oclusão ocular (fechamento manual do olho que impossibilita a visão).
Esse processo terapêutico procura desenvolver a estrutura afetada por meio do “bloqueio” do olho saudável. Isso acontece por que, a partir dessa oclusão, o cérebro passa a registrar imagens apenas do globo ocular acometido, forçando sua melhora.
Existem diferentes tipos de protetores oculares, os mais usados são dos seguintes materiais:
- pano;
- seda;
- descartáveis (encontrados em farmácias).
Apesar de se apresentarem em diferentes formatos, apenas um profissional de Oftalmologia pode fornecer orientações corretas e assertivas sobre o uso adequado do tampão de olho.
Quando o tampão de olho é necessário?
As principais condições que utilizam o tampão ocular como método de tratamento estão mais presentes nos primeiros anos de vida.
São elas:
- ambliopia;
- estrabismo;
- hiperbilirrubinemia em recém-nascidos.
É fundamental que as crianças visitem um oftalmologista pediátrico a partir dos dois anos, para realização de avaliações de rotina que permitam diagnósticos precoces. Para os pequenos que já apresentam estrabismo ou têm histórico de ambliopia na família, as consultas devem ser feitas ainda mais cedo para que o uso do protetor de olho seja, ou não, indicado.
Esse e outros profissionais estão disponíveis para agendamento no dr.consulta e, inclusive, com condições especiais por meio do Cartão dr.consulta. Com a assinatura, o acesso a atendimentos, exames e medicamentos em farmácias é facilitado para até 5 pessoas, contando com o titular, e sem restrição de idade ou necessidade de parentesco.
Ambliopia
A ambliopia, conhecida como “olho preguiçoso”, é a baixa acuidade visual (capacidade de distinguir detalhes e formas) sem lesão aparente. Nela, um dos olhos não atinge a acuidade normal, mesmo com óculos de grau.
É a doença visual mais comum nos pequenos e a aplicação do tampão como tratamento traz resultados satisfatórios, como a reversão na maioria dos pacientes.
Suas principais causas são:
- estrabismo;
- anisometropia, causada por erros de refração desiguais;
- privação visual por falta de estímulo (quando algo impede a entrada de luz no olho).
Os sintomas de ambliopia podem ser difíceis de perceber. Por isso, é importante que pais e responsáveis estejam atentos caso a criança:
- tenha dificuldade em saber quão perto ou longe está alguma coisa;
- precise fechar um dos olhos ou inclinar a cabeça para enxergar melhor.
Estrabismo
O estrabismo é o desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os olhos não fiquem paralelos e dando o aspecto de “olhar caído”. Esses músculos são controlados pelo cérebro, assim, doenças que o afetam, como a paralisia cerebral, a síndrome de Down, viroses e hidrocefalia podem vir acompanhadas de estrabismo.
Quando adquirida cedo, essa patologia não apresenta sintomas. Entretanto, em indivíduos maiores de 4 meses ou adultos, o principal sinal é a visão dupla.
Vale reforçar que o tampão de olho não cura o estrabismo. O papel do dispositivo é estimular a parte cerebral da visão, evitando os sintomas e melhorando a qualidade de vida.
Hiperbilirrubinemia
A hiperbilirrubinemia resulta da predisposição de recém-nascidos em produzir e excretar a bilirrubina (pigmento amarelado produzido naturalmente e importante para as funções do fígado) e a principal causa é a icterícia do leite materno — presença de substâncias que interferem no processo de eliminação da substância pelo fígado.
O tratamento aplicado é a fototerapia, e para isso, é necessário utilizar o tampão ocular para evitar a degeneração da retina pela exposição à luz. Assim, o uso dessa ferramenta é fundamental para o desenvolvimento saudável da visão do recém-nascido.
Por essas patologias estarem mais presentes no pós-parto e na infância, necessitam de tratamento assim que identificadas. Por isso, pais e responsáveis devem perceber os primeiros sintomas e acionar assistência médica, além do acompanhamento de rotina.
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Fontes:
- Desenvolvimento de um protetor ocular para fototerapia em recém-nascidos: uma tecnologia | Revista Latino Americana de Enfermagem,
- Estrabismo | (vesgueira, vesguice) | Ministério da Saúde (MS);
- Terapia oclusiva em ambliopia: fatores prognósticos | Aquivos Brasileiros de Oftalmologia;
- Reversão da ambliopia após correção do erro refrativo e terapia de oclusão ocular na Síndrome de Straatsma: relato de caso | Revista de Medicina e Saúde de Brasília;
- Ambliopia | Secretaria de Estado de Saúde de Goiás;
- Doenças oculares | Ministério da Saúde (MS);
- Principais doenças oculares | Ministério da Saúde (MS).