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É saudável beber leite? Entenda e conheça os tipos de leite

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Puro, com café, com achocolatado ou na receita de bolo… O leite é uma bebida que faz parte da rotina de todos. 

Entretanto, algumas dúvidas podem surgir a respeito de tipos de leite, intolerância e alergia ao leite, entre outros tópicos que fazem uma pergunta surgir: é saudável beber leite? 

Benefícios do leite

O leite é amplamente reconhecido como uma excelente fonte de cálcio, um mineral essencial para o crescimento e fortalecimento dos ossos e dentes. 

O cálcio é indispensável para a prevenção de condições como osteopenia (caracterizada pela perda gradual de massa óssea) e osteoporose (ossos enfraquecidos), que afetam principalmente pessoas idosas, aumentando o risco de fraturas.

A Associação Brasileira de Nutrição (Abran) ainda enfatiza o importante papel do leite como fonte do cálcio. “Não há um alimento que substitua o leite na oferta desse nutriente”, segundo a entidade, uma vez que outros alimentos não apresentam a combinação de boas concentrações de cálcio e de alto poder de absorção pelo corpo humano.

Além do cálcio, o leite também agrega benefícios ao corpo como:

A diferença entre leite integral, semidesnatado e desnatado

A principal diferença entre esses três tipos de leite consiste na quantidade de gordura que cada um carrega. Segundo a Abran, as classificações seguem as seguintes porcentagens:

Tipos de leite de origem animal

O leite da vaca é o mais conhecido e consumido pelos seres humanos. Mas esse não é o único tipo de leite disponível. Existem também:

O consumo desses tipos de leite varia conforme as necessidades específicas de cada pessoa e, principalmente, sua disponibilidade no local onde se encontra. Além da origem, outra classificação possível é feita a partir do modelo de produção desse leite. São eles:

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Leite vegetal é realmente um tipo de leite?

Segundo normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, leite é o nome dado ao produto obtido a partir da ordenha completa e ininterrupta. 

Isso significa que o leite vegetal produzido a partir de extratos de arroz, amêndoas, soja, entre outros vegetais não deve ser considerado leite especificamente – mas sim uma opção de bebida para quem deseja evitar alimentos de origem animal, como os vegetarianos, os veganos e pessoas com restrição ao leite comum.

Existe diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose?

Embora tidos como iguais, a intolerância à lactose e a alergia ao leite são dois quadros clínicos completamente diferentes.

A intolerância ao leite consiste em uma deficiência da enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite) chamada lactase. A condição provoca sintomas como:

Existem pelo menos dois tipos de intolerância: a primária (alactasia e hipolactasia) e a secundária (permanente ou transitória). 

Na alactasia, há a inexistência da produção de lactase logo nos primeiros momentos da vida, quando o bebê ainda é recém-nascido, por fatores genéticos. Já na hipoplasia, há um declínio da produção de lactase, podendo começar ainda na infância e se acentuando na fase adulta.

A deficiência secundária permanente de lactase ocorre, muitas vezes, em pacientes com doença celíaca, doença de Crohn e colite ulcerativa. A transitória pode ocorrer em casos de parasitose, gastroenterite e rotavírus

A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), por outro lado, consiste em uma resposta imunológica do corpo contra as proteínas encontradas no leite (caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoalbumina). Seus sintomas mais comuns são:

O diagnóstico de intolerância à lactose ou de alergia ao leite pode ser realizado por profissionais da Gastroenterologia ou mesmo Imunologia.

Os profissionais saberão analisar qual tipo de leite é saudável ou não para a pessoa, além de avaliar os sintomas e solicitar exames específicos para a conclusão do diagnóstico. 

Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes especialidades médicas, exames e procedimentos que podem ajudar no diagnóstico e no tratamento de diversas condições.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, não é possível prevenir o aparecimento da alergia ao leite. O tratamento é feito, na maioria das vezes, com a substituição do leite de vaca por outras variações do leite. Além disso, mulheres lactantes devem deixar de consumir o leite de vaca durante o aleitamento, caso o bebê apresente a APLV.

Para o tratamento da intolerância à lactose, uma possibilidade é o uso oral da lactase antes de ingerir alimentos com lactose ou evitar o consumo de derivados do leite. 

A Abran ainda alerta sobre uma equivocada percepção sobre o consumo de leite e o desenvolvimento da intolerância à lactose. 

Ao contrário do que se pensa, quanto maior o consumo de leite, menor o risco de que a pessoa desenvolva intolerância à lactose. Por isso, excluir o leite apenas por autopercepção dos sintomas pode significar um prejuízo nutricional.

Consulte sempre um profissional de saúde para entender o seu caso e quais tratamentos possíveis podem ser realizados a partir do diagnóstico certo.

Fontes:

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