Tomografia de coerência óptica: entenda para que serve o exame
A tecnologia médica tem avançado para oferecer diagnósticos cada vez mais precisos, especialmente quando se trata da saúde ocular.
Um dos exames que mais se destaca atualmente é a tomografia de coerência óptica (OCT), que permite averiguar, com alta definição, estruturas internas dos olhos, ajudando na detecção precoce de diversas condições que afetam a visão.
Para que serve a tomografia de coerência óptica
Seu principal objetivo é analisar as diferentes camadas da retina e da córnea com mais precisão. É fundamental para identificar alterações que impactam a qualidade da visão, mesmo quando ainda não apresentam sintomas evidentes ou encontrados no consultório.
Essa ferramenta tem sido eficaz na investigação de inflamações como a tuberculose ocular, de acordo com estudo publicado no Brazilian Journal of Health Review, pois proporciona a visualização de áreas e lesões que, muitas vezes, passam despercebidas em métodos convencionais.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Faculdade Mackenzie do Paraná destacou a importância da OCT no acompanhamento da espessura do epitélio da córnea, especialmente em pacientes que passaram por cirurgias refrativas, como PRK e FEMTO-LASIK, já que ajuda a apontar questões que podem interferir nos resultados esperados ou na recuperação da vista.
Vale reforçar que a solicitação do procedimento deve ser feita por um oftalmologista, após avaliação clínica detalhada.
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Condições de possível diagnóstico pela OCT
Entre as enfermidades mais comuns que a tomografia de coerência óptica é indicada para investigar e monitorar estão:
- glaucoma — analisa a espessura da camada de fibras nervosas da retina, essencial para detectar o dano ao nervo óptico;
- degeneração macular relacionada à idade (DMRI) — permite constatar modificações na mácula, responsável pela visão de detalhes;
- retinopatia diabética — consegue encontrar qualquer alteração causada pela diabetes;
- edema macular — checa o acúmulo de líquido na região central das estruturas;
- buracos maculares e membranas epirretinianas — facilita a visualização de possíveis deformações;
- patologias da córnea — como explica o estudo da Faculdade Mackenzie, mede a espessura da córnea e identifica também irregularidades no epitélio, fundamentais para a indicação de cirurgias refrativas ou diagnóstico de ceratocone.

Como é feito o exame de OCT
Considerada simples, rápida e indolor, durante a tomografia de coerência óptica o paciente é posicionado de forma confortável, com o queixo e a testa apoiados em um suporte para manter a cabeça imóvel.
Em seguida, o equipamento emite feixes de luz que capturam imagens das camadas oculares, utilizando o chamado princípio da interferometria de baixa coerência, explica artigo da Revista Brasileira de Ensino de Física. Assim, a resolução é muito superior, alcançando até 3 micrômetros (com detalhes microscópicos).
Dura, em média, entre 10 e 15 minutos por olho. Na maioria das vezes, não é preciso dilatar as pupilas, mas o médico pode seguir essa etapa em situações específicas, visando melhorar a qualidade dos registros.

Precisa de preparo para o exame?
Embora não exija preparos especiais, em alguns casos pode ser necessário suspender o uso de lentes de contato três dias antes para evitar interferências no resultado.
Também é importante que o paciente informe ao oftalmologista sobre o uso de medicamentos ou a presença de outras condições oculares que possam influenciar o exame.
Indicação e contraindicação
Recomenda-se a tomografia de coerência óptica para:
- monitoramento de glaucoma ou de pessoas com risco elevado de desenvolvê-lo;
- avaliação de alterações na mácula, como buracos ou membranas;
- investigação de edema macular diabético;
- acompanhamento pré e pós-operatório de cirurgias refrativas;
- diagnóstico de inflamações, como uveítes ou tuberculose ocular, conforme descrito no estudo da Brazilian Journal of Health Review.
Já as contraindicações são poucas, mas merecem atenção. Em indivíduos com opacidades significativas nos meios ópticos – como catarata avançada – que comprometem a passagem da luz o procedimento pode ser insatisfatório.
O mesmo vale para quem tem dificuldades motoras severas e não consegue manter a cabeça imóvel para realizá-lo corretamente.

Benefícios do diagnóstico precoce
Ao permitir a identificação antecipada de patologias, bem como uma visualização detalhada da retina e da córnea, a OCT contribui com tratamentos mais eficazes e se torna uma grande aliada na preservação da saúde visual, reduzindo o risco de complicações e perda da capacidade de enxergar bem.
Casos de glaucoma e retinopatia diabética, por exemplo, têm mais chances de progressão e redução de danos com um início precoce das intervenções.
Então, estar em dia com o atendimento oftalmológico, os testes de check-up e as orientações médicas são atitudes essenciais para garantir a qualidade de vida ao longo dos anos.
Fontes: