Sintomas do glaucoma podem surgir de forma silenciosa

Essa condição, geralmente assintomática em suas fases iniciais, é considerada crônica, pois pode provocar lesões graves (e até definitivas) no nervo óptico – estrutura responsável por transmitir as informações visuais ao cérebro. Assim, ela é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo.
O quadro se desenvolve principalmente pelo aumento da pressão intraocular, que ocorre quando o líquido produzido dentro do olho, chamado de humor aquoso, não consegue escoar corretamente.
Sinais que podem indicar o glaucoma
Na maioria das vezes, os sintomas do glaucoma surgem de maneira silenciosa e gradual, o que impede que o paciente tenha uma percepção precoce.
Dentre as manifestações relatadas, segundo revisão de literatura publicada na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, as mais comuns incluem:
- perda progressiva da visão periférica;
- vista embaçada ou nebulosa;
- dificuldade para enxergar em ambientes escuros;
- presença de halos (anéis) luminosos ao redor de luzes;
- dores na região e de cabeça.
Porém, quando se trata de um caso do tipo agudo de ângulo fechado – o mais raro de todos – os sinais costumam aparecer subitamente e de forma muita mais intensa, aponta artigo do Brazilian Journal of Health Review.
Também pode vir acompanhado de vermelhidão, endurecimento dos órgãos, enjoo, vômitos e mal-estar geral. Por isso, o atendimento profissional imediato é necessário para evitar danos permanentes.
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Como é feito o diagnóstico e a importância da detecção precoce
Para a sua confirmação, conforme descrito na Revista Brasileira de Oftalmologia, os principais procedimentos solicitados são:
- tonometria (mede a pressão interna dos olhos);
- campimetria visual (avalia a extensão do campo de visão);
- oftalmoscopia (analisa o estado do nervo óptico).
Todos podem ser realizados em consultas de rotina com o oftalmologista e são rápidos e indolores.
Como os sintomas do glaucoma costumam surgir apenas em fases avançadas, os check-ups periódicos são cruciais para identificar alterações ainda no início e interromper a progressão do quadro.
Isso faz toda a diferença, pois, uma vez afetadas, as fibras do nervo óptico não se regeneram. Portanto, quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maior a chance de preservar a capacidade de enxergar e, consequentemente, a qualidade de vida.

Fatores associados à ocorrência do glaucoma
Estima-se que, no Brasil, cerca de 3,4% da população acima dos 40 anos conviva com algum tipo da condição, de acordo com outro artigo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia. Além do envelhecimento, também favorecem seu desenvolvimento fatores como:
- histórico familiar da patologia;
- pressão intraocular elevada;
- enfermidades crônicas, como hipertensão arterial e diabetes;
- utilização prolongada de corticoides;
- ser uma pessoa de pele negra.
Tratamento e qualidade de vida
Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado. O objetivo não é eliminá-lo, mas reduzir a tensão dos olhos e proteger a visão. Entre as medidas frequentemente adotadas estão:
- uso de colírios com medicação específica;
- remédios orais (em casos mais graves);
- cirurgias com laser ou técnicas invasivas.
Vale ressaltar que o acompanhamento com o oftalmologista é fundamental para avaliar a resposta ao tratamento e realizar ajustes sempre que necessário.
Fontes
- Brazilian Journal of Health Review;
- Revista Brasileira de Oftalmologia – Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com glaucoma atendidos em um ambulatório no interior da Amazônia;
- Revista Brasileira de Oftalmologia – Glaucoma, saúde coletiva e impacto social;
- Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação.
[…] o uso incorreto do colírio com corticoide, por exemplo, pode desencadear ou piorar quadros como o glaucoma e a […]