O que pode significar uma dor atrás dos olhos

Essa sensação é algo que assusta muitas pessoas — especialmente quando surge de forma repentina ou se repete com frequência.
A dor atrás dos olhos (também chamada de retro-orbital) pode variar entre um incômodo leve até uma pressão intensa que atrapalha as atividades do dia a dia.
Embora seja natural associá-la ao cansaço visual ou até mesmo à dengue, o sintoma está ligado a diferentes origens.
Principais causas da dor atrás dos olhos
Ela pode aparecer por questões simples ou mesmo condições mais graves. Entre os fatores desencadeantes mais comuns estão:
- fadiga ocular e uso excessivo de telas;
- sinusite;
- enxaqueca e cefaleias;
- erros refrativos não corrigidos;
- glaucoma;
- neurite óptica;
- arboviroses.

1. Fadiga ocular e uso excessivo de telas
Ficar longos períodos mantendo o foco em frente ao computador, celular, televisão ou demais telas faz com que os músculos que movimentam o globo ocular permaneçam tensionados e sobrecarregados — o que resulta em desconfortos, aponta artigo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).
Além disso, a tendência é que se pisque menos com a utilização desses dispositivos, o que ainda pode provocar ressecamento e irritação.
2. Sinusite
É uma das causas mais habituais da dor atrás dos olhos. Caracterizada pela inflamação dos seios da face que, ao estarem congestionados, acabam comprimindo as áreas próximas.
Assim, gera um incômodo forte que costuma piorar ao abaixar a cabeça ou deitar, aponta o Ministério da Saúde.
3. Enxaqueca e cefaleias
Crises de enxaqueca podem ocasionar dor atrás dos olhos, geralmente acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz e ao som. Já a cefaleia tensional (associada ao estresse ou tensão muscular) muitas vezes irradia para esse local.

4. Erros refrativos não corrigidos
A hipermetropia, o astigmatismo e a miopia, quando não corrigidos com óculos ou lentes apropriados, também forçam os músculos da região, principalmente após atividades que exigem concentração visual, como ler ou costurar.
5. Glaucoma
Condição que aumenta a pressão intraocular e, em casos mais avançados ou durante crises, desencadeia essa manifestação, explica a American Academy of Ophthalmology. Vale ressaltar que a falta de tratamento pode levar à cegueira.
6. Neurite óptica
Inflamação do nervo óptico (conector desses órgãos ao cérebro) frequentemente ligada a enfermidades autoimunes e que tem como gatilho infecções, esclerose múltipla e outras alterações neurológicas, destaca a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica. Nela, o sintoma é intenso, sobretudo ao movimentar os globos.
7. Arboviroses
Dengue, febre oropouche, chikungunya, entre outras arboviroses, estão relacionadas ao desconforto. São condições transmitidas pelo Aedes aegypti que exigem atendimento profissional.
Quando procurar ajuda médica
Apesar de muitas das razões citadas serem passageiras e facilmente manejadas, é importante prestar atenção se o quadro vem acompanhado de:
- visão embaçada ou dupla;
- perda parcial ou total da capacidade de enxergar;
- febre ou mal-estar geral;
- náuseas e vômitos.
Isso pode indicar questões mais sérias, especialmente se a dor atrás dos olhos for súbita e muito forte, necessitando de uma assistência imediata.
Com o Cartão dr.consulta, é possível agendar atendimentos com diferentes especialistas e exames oftalmológicos a preços mais vantajosos.
O benefício também oferece programas de saúde, nos quais os pacientes recebem suporte multidisciplinar, tiram dúvidas e fazem consultas (on-line) gratuitas de enfermagem.

O que fazer para aliviar a dor
Tudo vai depender da causa do sintoma. Em situações leves, como o cansaço ocular, algumas medidas simples podem ajudar, incluindo:
- fazer pausas regulares durante o uso de telas;
- aplicar compressas frias ou mornas para amenizar a intensidade do desconforto e da pressão;
- beber bastante água para lubrificar os órgãos e hidratar o corpo;
- evitar ambientes muito escuros ou excessivamente iluminados ao ler ou utilizar dispositivos eletrônicos;
- pingar colírios para reduzir o ressecamento (sempre com prescrição médica).
Já casos mais graves (com a presença de outras manifestações, por exemplo) precisam da análise de um oftalmologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Como se prevenir
Considerando os principais fatores desencadeantes, existem atitudes que contribuem com a diminuição dos riscos de ocorrências, como:
- manter a avaliação oftalmológica em dia;
- não se automedicar;
- cuidar da saúde mental (estresse e ansiedade podem ser gatilho para crises de enxaqueca e de cefaleia);
combater o foco de agentes transmissores, como o mosquito Aedes aegypti; - usar óculos e lentes com grau correto;
- ter uma alimentação rica em nutrientes como vitamina A, ômega-3 e antioxidantes (excelentes para a visão).
Adotar hábitos saudáveis e buscar ajuda ao notar qualquer sinal suspeito são as formas mais eficazes de garantir a saúde ocular e o bem-estar geral.
Fontes:
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