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Como é o treino funcional e seus efeitos no corpo

dr.consulta - mulher bebendo água após fazer o treino funcional, cuidados com o corpo

O treino funcional consiste em um conjunto de exercícios que simulam movimentos do dia a dia, tendo como objetivo final a autonomia do corpo para funções cotidianas e o trabalho com atividades de alta intensidade.

Inicialmente, o treino funcional foi utilizado como técnica em sessões de Fisioterapia, por auxiliar na mobilidade e na recuperação da força muscular. Posteriormente, seus benefícios chamaram a atenção do público geral, tornando-se um método popular em academias.

De acordo com artigo publicado na Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, para ser considerado um treino funcional, é necessário combinar elementos como agachar, puxar, empurrar e carregar.

Funcional é diferente de crossfit e de musculação

O crossfit é um tipo de treino funcional. Entretanto, nem todo treino funcional é crossfit. Isso porque a modalidade incorpora, além dos exercícios de alta intensidade, uma combinação de elementos do halterofilismo olímpico, ginástica e atividades cronometradas.

Por outro lado, a musculação foca em movimentos repetitivos de força e agilidade, utilizando massivamente aparelhos, diferentemente do treino funcional, que utiliza poucos instrumentos de apoio.

Além disso, a musculação geralmente trabalha um único músculo ou grupo muscular, enquanto o treino funcional envolve a musculatura de todo o corpo.

Efeitos do treino funcional no corpo

O funcional tem ganhado cada vez mais destaque, especialmente por ajudar no emagrecimento. Mas os benefícios do treino funcional vão além da perda de peso.

Um estudo publicado na revista Health and Society, mostrou ganhos significativos, especialmente na população idosa, como:

Tipos de exercícios funcionais

Agachamento

Para realizá-lo, é preciso estar com os pés afastados (segundo a linha dos ombros). Os movimentos envolvem a flexão dos joelhos e o empurrar do quadril para trás até que as coxas fiquem paralelas ao chão, simulando o ato de se sentar em uma cadeira. 

Fortalece as pernas e o tronco (core), além de melhorar o equilíbrio e a mobilidade.

Prancha

Considerado um exercício difícil, ele começa com a pessoa deitada de bruços. Em seguida, apoia-se nos antebraços e nos pés, mantendo o corpo alinhado como uma tábua. 

A prancha fortalece o core, aumenta a resistência muscular e melhora a postura e o equilíbrio.

Abdominal

Deitado com as costas para baixo, com os joelhos dobrados e os pés fixos no chão, os movimentos são de elevação do tronco em direção aos joelhos, com o objetivo de fortalecer o abdômen e melhorar a estabilidade do core. 

Ondulação com corda

Quando se pensa em funcional, essa atividade tende a ser uma das primeiras que vem à mente. 

Praticado para melhorar a força dos braços, o condicionamento físico e a coordenação motora, o exercício consiste em segurar uma corda naval em cada mão e balançá-la de forma alternada e simultânea.

Stiff unilateral

É realizado com a elevação de uma das pernas para trás, enquanto a outra permanece reta e perpendicular ao chão, sustentando o peso do corpo. Pode-se usar ou não pesos livres. 

Os benefícios incluem o fortalecimento e o aumento da flexibilidade da coxa, glúteos e lombar, ajudando a prevenir lesões e quedas.

Flexão de braço

Para executá-lo, é preciso se deitar de bruços no chão e se sustentar com os pés e as mãos. Os movimentos são de flexão dos cotovelos, que levam o corpo até o chão e de, com a força dos braços, suspendê-lo novamente. Aumenta a estabilidade do tronco e a força muscular dos membros superiores.

Saltos 

Também conhecido como jumping jacks, o exercício consiste em realizar pequenos saltos, semelhantes ao polichinelo, em que as mãos se abrem e se juntam acima da cabeça a cada pulo. Os benefícios incluem a melhora da resistência, da coordenação e o fortalecimento das pernas e do core.

Pular corda

Não há muito segredo: basta segurar uma corda e movimentá-la ao redor do corpo para conseguir pulá-la. Pular corda melhora a coordenação, agilidade, resistência e é altamente eficaz para queima de calorias.

Corrida com cones

Cones posicionados ao longo do espaço desejado são usados como obstáculos e para definir o percurso para a corrida. É ideal para estimular o cérebro e fortalecer as pernas e o tronco.

Corrida com cinta

É preciso prender uma cinta ao redor da cintura e fixar uma das pontas em um objeto estável (uma pessoa pode segurá-la também). 

O objetivo é treinar a resistência muscular das pernas e do core, além de melhorar a explosão e a velocidade. 

Kettlebell

Também famoso no funcional, é feito a partir da flexão dos joelhos e movimentos de elevação do kettlebell, um tipo de peso com o formato de bola com alça. 

É excelente para queima de calorias, trabalhar músculos das pernas, glúteos, core e ombros, além da melhoria do condicionamento físico geral.

Burpee

Reúne vários exercícios funcionais em uma sequência que começa com a pessoa em pé. Em seguida, ela se agacha, coloca as mãos no chão, salta para trás e assume a posição de prancha. Depois, realiza uma flexão de braço e faz um novo salto vertical, retornando à posição de agachamento.

Aumenta a coordenação, a agilidade, a queima de calorias e é ideal para treinos de alta intensidade.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Quem pode e quem não pode se exercitar

Por ser um treino que se adapta às necessidades individuais, o funcional pode ser indicado para os mais diferentes grupos. 

A recomendação, porém, é que seja realizada uma avaliação física para atestar capacidades motoras, cardiovasculares e respiratórias da pessoa com o objetivo de evitar lesões e outras complicações ao longo das atividades.

Um ortopedista pode ajudar na avaliação das funções motoras, examinando a musculatura e as estruturas ósseas.

Uma avaliação com o cardiologista também é fundamental para analisar o funcionamento do coração e demais sinais vitais do corpo.

Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes especialidades médicas, exames e procedimentos, que podem ajudar no diagnóstico e no tratamento do edema pulmonar ou outras doenças e condições. 

Fontes:

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