A vacinação é uma das intervenções médicas mais eficazes para prevenir doenças, principalmente em crianças. Entre as essenciais para a saúde infantil está a vacina contra o rotavírus, um agente muito contagioso que pode causar gastroenterite severa em crianças.
Por isso, neste conteúdo, você entenderá o que é esse vírus, a importância desse imunizante, os cuidados necessários ao vacinar e as possíveis reações.
O que é o rotavírus
É o vírus mais comum responsável por inflamações intestinais agudas em crianças em todo o mundo, principalmente em menores de cinco anos de países em desenvolvimento.
Apesar de ser mais comum na infância, todas as pessoas têm chance de infectarem pelo rotavírus. Recém-nascidos, por exemplo, costumam ter nenhum sintoma ou apenas infecção leve. Isso acontece porque o leite materno transfere anticorpos de proteção da mãe para a criança.
A infecção (chamada de rotavirose) se caracteriza por sintomas que podem levar à desidratação em casos graves e, sem tratamento, até à morte.
A transmissão ocorre principalmente via fecal-oral, por meio do contato com objetos, alimentos ou água contaminados. Mas, além dessa via, também ocorre propagação pelo ar.
Sintomas da doença
Os sintomas do rotavírus geralmente começam do nada, dois dias após a infecção, mas podem incluir:
- diarreia intensa e frequente, com aspecto líquido, gorduroso e explosivo;
- vômito;
- febre;
- dor abdominal.
Esses sinais podem persistir de três a oito dias, colocando as crianças em risco de desidratação grave, o que pode requerer hospitalização.
Caso seu filho apresente algum dos sintomas descritos, é essencial consultar um pediatra. Esse profissional poderá avaliar a situação, realizar os exames necessários e oferecer o tratamento para aliviar os sintomas e prevenir complicações mais graves.
Além disso, o médico pode fornecer orientações sobre cuidados em casa e hidratação adequada para ajudar na recuperação da criança. Ou seja, é sempre melhor procurar orientação médica ao notar quaisquer sinais de desconforto ou doença em crianças.
Vacina rotavírus
A rotavirose representa um desafio significativo para a saúde infantil em todo o mundo, sendo responsável por mais de 200 mil mortes anuais.
Este impacto reforça a necessidade crítica da imunização, principalmente porque o rotavírus é responsável por 33% das internações por gastroenterites agudas em crianças.
No Brasil, os esforços para combater essa doença se refletem na administração de cerca de 3,9 milhões de doses da vacina contra o rotavírus em 2022. Essa taxa indica uma cobertura vacinal de 73% entre as crianças menores de um ano, conforme dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações.
No entanto, ainda há um caminho a percorrer para alcançar a meta de vacinação de 90%. Por isso, é fundamental continuar os esforços de imunização para proteger essa população vulnerável contra uma das principais causas de hospitalização infantil por gastroenterite.
A vacina rotavírus protege as crianças contra as formas mais graves da doença e existem duas formas principais dela, que estão descritas abaixo.
Vacina Rotavírus Monovalente (VRV1)
Contém um tipo de vírus “enfraquecido”. Administra-se em duas doses, geralmente aos dois e aos quatro meses de idade, mas com no mínimo quatro meses de intervalo entre elas.
Vacina Rotavírus Pentavalente (VRV5)
Contém cinco tipos de rotavírus “enfraquecidos”. Administra-se em três doses, aos dois, quatro e seis meses de idade, também com intervalo de quatro meses entre elas.
Ambas as vacinas são administradas por via oral (se necessário, por sonda de alimentação, mas precisa de avaliação médica) e são incluídas nos programas nacionais de imunização em muitos países, incluindo o Brasil.
Além disso, é importante lembrar que a idade máxima para começar o esquema de vacinação é de três meses e quinze dias. Assim, o prazo final para a última dose é de sete meses e 29 dias.
Cuidados antes, durante e após a vacina contra rotavírus
Ao levar seu filho para tomar o imunizante contra o rotavírus, é importante seguir as orientações do médico ou do profissional de saúde, que incluem:
- adiar a vacina caso o bebê tenha febre moderada a alta ou diarreia intensa (esperar melhora dos sintomas);
- não administrar a dose de novo caso o bebê regurgite;
- manter o esquema de vacinação atualizado;
- observar o intervalo recomendado entre as doses;
- evitar a administração da vacina em crianças com o sistema imunológico comprometido.
Reações após vacina rotavírus
As reações à vacina rotavírus são geralmente leves e temporárias, mas as mais comuns incluem irritabilidade, diarreia leve e vômito leve.
No entanto, em caso de reações anormais ou graves, é preciso notificar o posto de saúde o quanto antes.
8 maneiras de prevenir a rotavirose
A prevenção da doença vai além da vacinação, pois inclui práticas rigorosas de higiene e cuidados adequados com alimentos e água para evitar a disseminação do rotavírus. Confira abaixo oito maneiras eficazes de prevenir a rotavirose.
1. Higiene das mãos
Lave sempre as mãos com água limpa e sabão antes e depois de usar o banheiro, trocar fraldas, preparar ou manipular alimentos, amamentar, bem como tocar em animais.
2. Limpeza e desinfecção
Lave e desinfete todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados para cozinhar.
3. Proteção dos alimentos
Guarde alimentos em recipientes fechados para protegê-los de insetos, animais de estimação e outros animais. Afinal, as áreas da cozinha devem ser mantidas limpas e seguras.
4. Manejo seguro da água
Utilize sempre água tratada, guardando-a em recipientes limpos e de boca estreita para evitar recontaminação. Além disso, evite o uso de água de fontes potencialmente contaminadas, por exemplo, de riachos, rios, cacimbas ou poços.
5. Gestão adequada do lixo
Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada. Em áreas sem coleta, é recomendável enterrar o lixo, mas longe de cursos d’água.
6. Uso apropriado de sanitários
Utilize sempre o vaso sanitário, mas, se não for possível, é importante enterrar as fezes humanas longe de cursos d’água.
7. Aleitamento materno
Mantenha o aleitamento materno para ajudar a aumentar a resistência das crianças contra diarreias.
8. Educação em saúde
Ensine e pratique essas medidas preventivas em casa e na comunidade para ajudar a reduzir significativamente a incidência de rotavirose.
Adotando estas práticas, você pode proteger sua família, principalmente crianças pequenas, contra a doença, diminuindo o risco de infecções e contribuindo para a saúde pública de sua comunidade.
Ao considerar a prevenção e o tratamento da rotavirose, é essencial ter acesso a recursos de saúde confiáveis e acessíveis. O Cartão dr.consulta oferece uma excelente oportunidade para isso, com benefícios como 30% de desconto em qualquer exame, incluindo aqueles necessários para diagnosticar o rotavírus.
Quando procurar um médico especialista
É recomendável conversar com um pediatra sobre a vacinação contra o rotavírus durante as primeiras visitas após o nascimento do bebê. A vacina deve ser administrada o mais cedo possível, conforme as diretrizes locais de imunização, para garantir que a criança esteja protegida antes de estar exposta ao vírus.
Entender e implementar a imunização contra o rotavírus é crucial para proteger as crianças de complicações sérias associadas à doença. Com medidas preventivas eficazes, como a vacinação, é possível garantir um futuro mais saudável para nossas crianças.
Fontes