A Vitamina D baixa pode desencadear diversas reações no organismo. Isso acontece porque ela é essencial para várias funções vitais, como o fortalecimento do sistema imunológico.
Estudos indicam que a população brasileira pode ter níveis inadequados de vitamina D, especialmente em períodos com menor exposição ao sol ou devido a dietas pobres nessa vitamina.
Reconhecer os sinais de deficiência e entender sua importância é essencial para prevenir complicações a longo prazo.
O que é vitamina D?
Se ao pensar em vitamina D, você já lembra do sol, não é por acaso. Conhecida também por calciferol, ela é produzida naturalmente quando a pele é exposta à luz solar.
Uma vez sintetizada, ela se transforma no rim em uma substância ativa conhecida como calcitriol, graças ao estímulo do hormônio da paratireoide. Por ter essa capacidade de se converter em uma forma ativa no corpo, é considerada um pró-hormônio por muitos especialistas.
Além do sol, existem alguns alimentos que também são fontes de vitamina D.
Essa vitamina desempenha um papel importante na saúde de qualquer pessoa, pois:
- ajuda na absorção de cálcio e fósforo, essenciais para a saúde dos ossos;
- fortalece o sistema imunológico, auxiliando o corpo a combater infecções;
- contribui para a saúde cardiovascular e metabólica;
- pode influenciar positivamente a saúde mental, de acordo com alguns estudos.
Embora o sol seja uma fonte acessível de vitamina D, um estudo publicado no Journal of the Endocrine Society, em 2023, revelou que muitos brasileiros, inclusive os saudáveis, ainda apresentam níveis baixos desse pró-hormônio.
De modo geral, a pesquisa apontou uma deficiência de 15,3% e insuficiência de 50,9% de vitamina D entre os participantes.
Sinais de vitamina D baixa
A deficiência desse pró-hormônio, conhecida também como hipovitaminose D, pode ser sutil e muitas vezes não apresenta sintomas óbvios até que os níveis estejam muito baixos. No entanto, existem alguns sinais comuns que podem acender um alerta.
Fadiga e cansaço
Muitas pessoas com deficiência de vitamina D relatam sentir-se constantemente cansadas, mesmo após uma boa noite de sono.
Segundo estudos, isso realmente pode acontecer considerando que a vitamina D baixa pode afetar a energia e o humor, levando a uma sensação geral de cansaço.
Dores musculares e fraqueza
A vitamina D é essencial para a saúde muscular. Sem ela, os músculos podem se tornar fracos e doloridos. Isso é especialmente comum em pessoas idosas, mas pode afetar indivíduos de todas as idades.
Dores ósseas e articulares
A hipovitaminose D pode causar dor óssea e contribuir para condições como a osteomalacia, que é o enfraquecimento dos ossos. Esse desconforto é frequentemente sentido nas costas e nas pernas.
Doenças frequentes ou infecções
Por desempenhar um papel importante no fortalecimento do sistema imunológico, pessoas com níveis baixos desse pró-hormônio podem perceber que adoecem com mais frequência, especialmente com resfriados e gripes.
Além disso, estudos sugerem que baixos níveis dessa vitamina podem estar associados a sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade.
É importante ressaltar, no entanto, que alterações de humor devem ser sempre avaliados por um profissional da saúde como o psicólogo. Jamais faça um autodiagnóstico ou opte pela automedicação.
Causas da hipovitaminose D
Esse quadro pode ser causado por diversos fatores, entre eles:
Falta de exposição ao sol
Pessoas que passam muito tempo em ambientes fechados ou que vivem em regiões com pouca luz solar podem ter dificuldade em sintetizar vitamina D.
Dieta pobre em vitamina D
Uma alimentação que não inclui alimentos ricos nesse pró-hormônio pode contribuir para a deficiência.
Dificuldade de absorção
Algumas condições médicas, como a doença celíaca e a doença de Crohn, podem afetar a absorção de vitamina D pelo intestino.
Além disso, quem fez cirurgia bariátrica também podem ter dificuldade nesse sentido.
Idade
À medida que as pessoas envelhecem, a capacidade da pele de sintetizar vitamina D diminui.
Obesidade
Nesse caso, a vitamina D tende a ser armazenada no tecido adiposo e, por isso, não fica disponível na quantidade necessária para o corpo.
Como saber se o organismo está com deficiência de vitamina D?
A presença desse pró-hormônio no organismo é avaliada por meio de um exame de sangue. De acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), existem valores de referência específicos para alguns grupos, sendo:
- maior do que 20 ng/mL, ideal para a população geral saudável;
- entre 30 e 60 ng/mL, recomendado para grupos de risco, como idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismo, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, autoimunes, renais crônicas e pré-bariátricos;
- entre 10 e 20 ng/mL: baixo, com risco de aumentar a remodelação óssea, perda de massa óssea, osteoporose e fraturas;
- menor do que 10 ng/mL: muito baixo, com risco de defeito na mineralização óssea, causando osteomalácia e raquitismo. Nesse nível, é comum sintomas como dor óssea, fraqueza muscular e fraturas.
Especialistas como endocrinologistas ou clínicos gerais podem solicitar o exame de sangue que determina a concentração de vitamina D.
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Como é feito o tratamento para vitamina D baixa?
Tudo vai depender dos níveis de vitamina D no organismo. Geralmente, é recomendado o uso de suplementos.
Além disso, aumentar a exposição ao sol de forma segura, sempre com protetor solar, e incluir alimentos ricos em vitamina D na dieta, como peixes gordurosos, também são recomendados.
Caso a deficiência esteja sendo causada por alguma outra condição de saúde que afete a absorção intestinal, é essencial tratá-la para melhorar a absorção da vitamina.
O acompanhamento regular com um profissional de saúde é essencial para ajustar o tratamento e monitorar a eficácia. Sempre siga as orientações médicas e evite a automedicação.
Como manter níveis ideais de vitamina D?
As medidas preventivas são bem parecidas ao que pode ser recomendado para tratamento.
Além da exposição segura ao sol, é importante adotar hábitos alimentares que ajudem a manter os níveis de vitamina D adequados no organismo. Inclua na sua dieta alimentos ricos em vitamina D, como:
- peixes gordurosos: salmão, atum e sardinha são excelentes fontes dessa vitamina;
- óleo de fígado de bacalhau: uma alternativa concentrada para quem precisa de um aporte maior desse pró-hormônio;
- laticínios fortificados: leite, queijo e iogurte são frequentemente enriquecidos com vitamina D;
- ovos: a gema contém uma quantidade moderada desse tipo de vitamina;
- cogumelos: especialmente aqueles expostos à luz ultravioleta, como o shiitake.
Lembre-se que manter níveis adequados de vitamina D é essencial para a saúde como um todo.
Fontes: