Vulvovaginite: entenda suas causas e sintomas de forma clara

Uma das doenças que afeta a vulva e a vagina, é a vulvovaginite, que pode ter diversas origens. Essa condição causa desconforto e diversos sintomas que afetam a qualidade de vida das mulheres, por isso, demanda o devido diagnóstico e acompanhamento. Ter informações atualizadas e precisas são chave para cuidar da saúde íntima. Saiba mais!
Explicando a vulvovaginite
A vulvovaginite é uma inflamação que afeta a vulva e a vagina, regiões do corpo feminino, atingindo mulheres de todas as idades.
Seus principais fatores de risco estão relacionados ao sistema imunológico comprometido. As mulheres com doenças autoimunes ou que estão passando por tratamentos que enfraquecem as defesas do corpo, por exemplo, têm maior probabilidade de desenvolverem a condição.
O uso de antibióticos e de roupas íntimas úmidas ou muito justas são outros potenciais agravantes, porque alteram a flora vaginal, aumentando a umidade e irritação da região.
Causas
A condição pode ser desencadeada por diferentes fatores. Entre as principais causas, estão:
- infecções: fúngicas (como a candidíase) ou bacterianas (como a vaginose bacteriana), são frequentes;
- reações alérgicas: produtos de higiene com fragrâncias ou substâncias irritantes;
- alterações hormonais: mudanças no nível de estrogênio, comuns na menopausa ou no pós-parto;
- má higiene ou higiene excessiva: tanto a falta quanto o excesso podem predispor a infecções;
- Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): a clamídia e o herpes genital também podem causar essa inflamação.
Sintomas frequentes antecipam o diagnóstico

Geralmente, a vulvovaginite apresenta um conjunto de sintomas padrão. Entretanto, esses mudam conforme a causa e a frequência da sua ocorrência é um grande alerta para buscar atendimento médico especializado. Na lista dos principais sintomas estão:
- coceira intensa: na região vulvar ou vaginal;
- dor e ardência: especialmente durante a micção ou relações sexuais;
- corrimento vaginal: o tipo e a cor podem indicar a causa;
- vermelhidão e inchaço: aspecto inflamado ou irritado da pele da vulva;
- mau odor: principalmente quando associado a infecções bacterianas.
Não raramente, essa inflamação na parte íntima feminina é acompanhada de outras condições de saúde como: febre, erupções cutâneas ou dermatite, infecções urinárias e incontinência urinária. Isso acontece porque o organismo fica mais vulnerável e, no geral, a umidade na região contribui para outras inflamações.
Se persistentes, esses e outros sintomas necessitam de avaliação médica. O diagnóstico da condição é feito por ginecologistas e parte do histórico clínico detalhado, onde são avaliados sintomas e fatores de risco. O exame físico (inspeção da região vulvar e vaginal) assim como os testes laboratoriais complementam a análise. As culturas de secreções vaginais são essenciais para identificar infecções.

Tratamentos
Os tratamentos vão depender da causa e gravidade dos sintomas. No geral, incluem antifúngicos e antibióticos (para as infecções específicas), cremes ou pomadas vaginais (para o alívio da coceira e das irritações), tratamento hormonal local (para os quadros relacionados às alterações hormonais como a menopausa) e alterações na higiene diária.
4 formas práticas de prevenir a vulvovaginite
Apesar de gerar muitos incômodos, a vulvovaginite pode ser prevenida, com medidas básicas. Essa lista inclui:
- higiene íntima adequada: utilizar sabonetes neutros e evitar duchas internas;
- uso de roupas íntimas de algodão: que permitem a ventilação da área genital;
- adequação do uso de anticoncepcionais: discutir opções com o ginecologista;
- controle glicêmico: manter níveis saudáveis de açúcar no sangue.
Fontes: