Asma não tem cura, mas é possível controlá-la
Dificuldade para respirar ou a sensação de pressão no peito podem ser sintomas de asma. A condição, que pode apresentar graus de intensidade diferentes em cada indivíduo, afeta muitas pessoas, de crianças a adultos.
Por não ter cura, a doença apresenta métodos de tratamento eficazes para controlar os seus desconfortos e prevenir crises. Sendo assim, é importante saber quais são seus sinais para procurar ajuda quando necessário e, consequentemente, ter uma qualidade de vida melhor.
Por que as pessoas têm asma?
A asma é uma inflamação crônica comum que acomete as vias aéreas ou os brônquios (canais que levam o ar até os pulmões) do paciente.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), existem cerca de 20 milhões de asmáticos no Brasil.
Ainda não se sabe ao certo a verdadeira causa da asma, mas especialistas indicam que fatores genéticos, histórico de doenças pulmonares e contato com agentes provocadores de alergia podem ser os principais desencadeadores da doença.
- hereditariedade: ter pai ou mãe diagnosticado com asma aumenta as chances do(a) filho(a) também desenvolver a doença durante a vida.
- histórico de saúde: desenvolver repetidamente doenças pulmonares na infância pode desencadear a asma futuramente.
- agentes alérgenos: contato intenso com poeira, pólen, ácaros, mofo, fungos, poluição ambiental e animais de estimação também podem provocar a asma.
Quais os sintomas da condição?
Apesar de sinais semelhantes, a asma pode se apresentar de formas diferentes em adultos ou crianças. Confira abaixo:
Em adultos
Na fase adulta, a asma desenvolve sintomas como:
- falta de ar;
- dificuldade para encher os pulmões;
- tosse (agravada à noite);
- pressão no peito;
- chiado ou ruído ao respirar.
Em crianças
Já nos pequenos, é importante ficar atento a sinais como:
- respiração acelerada;
- cansaço excessivo;
- tosse constante;
- dificuldade para se alimentar;
- chiado ou ruído ao respirar.
Vale ressaltar que esses sintomas podem ser mais ou menos intensos e acontecer com frequências diferentes para cada pessoa. Geralmente, pioram à noite ou de madrugada, ou após exercícios físicos.
Como consequência, você pode ter dificuldade para dormir, cansaço durante o dia, menos vontade de fazer atividades e baixa produtividade, seja na vida profissional ou escolar.
Ao perceber esses sintomas, procure ajuda de um profissional da saúde. O pneumologista é o médico responsável por diagnosticar e tratar doenças relacionadas ao sistema respiratório, como a asma.
Como funciona o diagnóstico da asma?
A condição pode ser diagnosticada a partir de uma avaliação clínica durante a consulta com o pneumologista. Isso quer dizer que ele irá analisar os sinais e sintomas relatados, bem como o histórico de saúde do paciente
Além disso, é necessária a realização de exames físicos. Sendo os mais comuns:
- exame de sopro, que mede o volume e a velocidade com que o ar é expelido dos pulmões;
- testes de broncoprovocação, com o intuito de analisar a sensibilidade dos brônquios do paciente, em contato com algum agente causador de alergia.
Os dois são complementares e ajudam a entender o quadro do paciente e a intensidade da doença (em casos de diagnóstico positivo).
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Como manter a asma controlada?
Apesar de não ter cura, a asma deve ser tratada durante a vida do paciente com o intuito de controlar os sintomas e evitar crises.
Ter isso em mente é tão importante que 1999 o governo brasileiro criou o Dia Nacional de Controle da Asma, que é celebrado todos os anos em 21 de junho.
O objetivo é promover informações e ações que contribuam para o controle e o tratamento adequado da condição, reduzindo assim as hospitalizações e melhorando a qualidade de vida dos asmáticos.
Isso porque a falta de tratamento pode trazer complicações, principalmente junto a outras condições como pneumonia e Covid-19 — e dados do Ministério da Saúde (MS) reforçam isso.
Em 2021 (segundo ano da pandemia), o órgão registrou cerca de 1,3 milhão de atendimentos realizados na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) — foram 231 mil consultas a mais que no ano anterior.
Por isso, é tão importante procurar ajuda especializada e seguir o tratamento.
Em relação a medicamentos, normalmente é indicado o uso de inaladores, conhecidos como bombinhas para asma. Nesse sentido, é importante saber que existem dois tipos:
- inalador controlador: ele contém medicamentos como corticoides inalados, usados diariamente para manter a inflamação dos brônquios sob controle e prevenir sintomas e crises;
- inalador de alívio: esse tipo de bombinha contém broncodilatadores de ação rápida para serem usados em casos de piora dos sintomas, proporcionando um alívio imediato.
É importante que os pacientes com asma sigam as orientações médicas sobre como e quando usar cada tipo de bombinha para gerenciar efetivamente sua condição e manter uma boa qualidade de vida.
Lembre-se também de manter o inalador sempre por perto para o caso de crise.
Além do uso de medicamentos, existem outras recomendações médicas que auxiliarão você ou outra pessoa da sua convivência a viver melhor:
- manter os ambientes da sua casos e outros locais de convivência limpos;
- evitar contato com animais, pólen, poeira, ácaros, fungos e locais com mofo e/ou poluição;
- tomar sol (na medida certa e sempre com protetor solar) — a produção de vitamina D desempenha um papel super importante na regulação do sistema imunológico
- praticar esportes ou exercícios físicos com regularidade para ajudar no fortalecimento cardíaco e pulmonar;
- não fumar (ou evitar à exposição à fumaça).
Como ajudar alguém em crise asmática?
Assim que o paciente apresentar os sintomas características de uma crise asmática, como falta de ar e aperto no peito, procure medicá-lo e mantê-lo sentado com o corpo levemente para frente.
Caso a crise não acabe, o recomendado é chamar uma ambulância e direcionar o paciente à clínica mais próxima de onde ele estiver.
Fontes:
[…] Em ambientes urbanos, a poluição gerada por carros, indústrias e outras fontes, pode irritar as vias respiratórias e agravar condições como a asma. […]
[…] expostas ao fumo passivo também correm riscos, além da alta probabilidade de desenvolverem asma, infecção no ouvido e, em casos extremos, morte súbita […]
[…] Asma e hiperventilação podem ser desenvolvidas por questões emocionais no caso de somatização. […]