Câncer de mama na mulher jovem: o que você precisa saber
Embora seja mais comum acima dos 50 anos, o diagnóstico de câncer de mama na mulher jovem tem se tornado cada vez mais frequente e tende a apresentar características mais agressivas.
De acordo com estudos publicados nas revistas Enfermagem Brasil e GEP News, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a faixa etária de maior incidência está entre 31 e 35 anos.
Por que o câncer de mama em mulheres jovens ocorre?
Vários fatores contribuem para o desenvolvimento precoce da neoplasia. Entre as participantes com menos de 35 anos de uma pesquisa disponível na revista Enfermagem Brasil, os hormonais e comportamentais se destacaram, incluindo:
- menarca precoce (início da menstruação entre 11 e 15 anos);
- nuliparidade (nunca ter engravidado);
- ausência de amamentação;
- uso prolongado de anticoncepcionais orais;
- dieta rica em gorduras.
Todos estão associados a uma maior exposição aos hormônios estrogênio e progesterona ao longo da vida, o que pode aumentar o risco de alterações celulares.
O de maior prevalência foi o carcinoma ductal infiltrativo, presente em 66% dessas pacientes. Trata-se de um tumor maligno que se origina nos ductos mamários e se espalha para os demais tecidos da área. Outros tipos identificados foram o mucinoso, apócrino, lobular, tubular e intraductal.
Quanto ao perfil hormonal, 30% das participantes apresentaram estrogênio negativo e progesterona positivo, e 14% eram positivas para o receptor HER2, um marcador associado a maior agressividade do tumor.
Sintomas do câncer de mama na mulher jovem
De acordo com os estudos analisados, a principal manifestação relatada foi a presença de um nódulo endurecido, geralmente indolor. Vale reforçar que nem sempre ele significa um câncer de mama, mas qualquer questão deve ser averiguada por um profissional da saúde.
Outros sinais também podem ocorrer, como:
- mudanças na textura do seio (aspecto de casca de laranja);
- inchaço ou vermelhidão local;
- secreção espontânea pelo bico;
- dor mamária persistente (mastalgia);
- retração do mamilo ou da pele;
- nódulos na região das axilas.
Caso um ou mais sintomas sejam notados, é importante procurar atendimento médico o quanto antes. Os check-ups de rotina também são fundamentais para que o especialista consiga identificar anormalidades e iniciar os protocolos terapêuticos.
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Como identificar precocemente o câncer de mama
A detecção precoce é uma das formas mais eficazes de aumentar as chances de cura e de possibilitar tratamentos menos invasivos.
Mesmo o autoexame não sendo recomendado como método de rastreamento, sua realização pode ser útil para encontrar indícios.
Em mulheres jovens, os procedimentos oficiais podem envolver:
- avaliação clínica, feita periodicamente pelo ginecologista em todas as idades;
- ultrassonografia mamária, geralmente solicitada para pacientes com menos de 40 anos, sobretudo em situações de monitoramento;
- mamografia, indicada em casos específicos, como histórico familiar significativo ou suspeitas após análise médica;
- ressonância magnética das mamas, normalmente requerida diante de quadros de maior risco.
Se alguma lesão for encontrada, exige-se ainda uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
Tratamento e desafios
Tudo depende do estágio da enfermidade, do tipo de tumor e do perfil biológico identificado. As principais abordagens são:
- cirurgia: para a retirada da massa maligna ou para a remoção total da mama (mastectomia);
- quimioterapia: amplamente utilizada para reduzir ou controlar o crescimento tumoral;
- radioterapia: pode ser aplicada após a operação para eliminar células remanescentes;
- terapia hormonal: quando há receptores hormonais positivos;
- terapias-alvo: como o trastuzumabe, para pacientes HER2 positivas.
Há também impactos psicossociais importantes diante de um câncer de mama na mulher jovem, relacionados à fertilidade, autoestima, vida sexual e planejamento familiar.
Por isso, o suporte psicológico e o acompanhamento multidisciplinar são essenciais ao longo de todo o processo.
Fontes:
[…] tipos de câncer (como na mama e no intestino), mais frequentes em pessoas com sobrepeso, obesidade e acúmulo abdominal de tecido […]
[…] da probabilidade de desenvolvimento de câncer em regiões como mama, cólon, fígado, pâncreas e outros […]