Diversas doenças graves podem ser evitadas e prevenidas, quando existe um acompanhamento de saúde frequente. Um desses exemplos de diagnósticos é do câncer do colo do útero que traz sintomas e complicações bem sérias que vão desde dores locais até a impossibilidade de gestação.
Conhecer suas causas e sinais iniciais pode evitar novos diagnósticos e reduzir as estatísticas anuais de óbitos. Saiba mais sobre essa doença e as medidas preventivas.
O que é o câncer do colo do útero?
O câncer do colo do útero ou câncer cervical é o 4° tipo de tumor maligno que mais causa a morte de mulheres no Brasil, segundo informações do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A doença está relacionada com a infecção persistente localizada no colo do útero (ou “fundo da vagina”), causada pelo Papilomavírus Humano, o HPV.
Não é comum que a infecção genital pelo HPV desenvolva esse tipo de câncer, entretanto, essa acaba sendo a evolução natural da doença, especialmente, quando não tratada.
Segundo os especialistas, existem dois tipos malignos do câncer do colo do útero:
- carcinomas epidermóides: responsáveis por cerca de 90% dos casos;
- adenocarcinomas: responsáveis pelos outros 10%.
É durante os exames ginecológicos periódicos que o diagnóstico do câncer do colo de útero é obtido.
Como em suas fases iniciais não costuma manifestar sintomas, é essencial manter uma rotina com o ginecologista. Quando diagnosticado precocemente, esse câncer pode ser tratado de forma mais rápida e eficaz.
Fatores de risco
Pacientes portadoras do HPV são aquelas que apresentam o maior risco de desenvolver o câncer. Porém, além da infecção pelo HPV, existem outros fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença:
- início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros;
- várias gestações;
- fumo em excesso (tabagismo);
- más condições de higiene;
- uso prolongado de anticoncepcionais.
Imunidade baixa e histórico familiar são outros motivos.
Os 11 principais sintomas do câncer do colo do útero
Por ser uma doença assintomática quando no início, os sintomas do câncer do colo do útero só são notados e perceptíveis nos estágios avançados o que gera mais preocupação. Os sinais que costumam aparecer são:
- sangramento vaginal intermitente;
- sangramento vaginal após relação sexual;
- corrimento vaginal de cor escura (normalmente marrom) e mau cheiro;
- diminuição do apetite;
- emagrecimento e perda de peso sem causa aparente;
- hemorragias;
- dores na lombar e do abdômen;
- dor pélvica;
- maior vontade de urinar;
- pressão no fundo da barriga;
- massa palpável no colo do útero.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce pode ser feito a partir de exames periódicos como o papanicolau e a colposcopia, que identificam alterações nas células do colo do útero.
Quando identificada a presença de alguma anormalidade, uma biópsia (coleta de uma pequena amostra do tecido local) pode ser solicitada para análise laboratorial.
Para a definição do tratamento, são levados em consideração: o estágio da doença, o tipo e tamanho do tumor a idade e até mesmo o desejo de ter filhos no futuro.
O câncer do colo do útero pode ser tratado por cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. Dependendo do caso, a cirurgia pode ser feita apenas para a retirada do colo do útero.
Em casos de reincidência (a doença aparecer mais de uma vez) ou de maior gravidade, a cirurgia também pode incluir a retirada de outros órgãos, como o útero e os ovários, por exemplo. Para tratar as lesões precursoras do tumor a eletrocirurgia pode ser uma opção.
Como prevenir o câncer do colo do útero?
O principal método de prevenção da doença é a vacinação contra o HPV. Desde 2017, o Ministério da Saúde tem implementado em seu calendário vacinal a obrigatoriedade da vacina para as meninas entre 9 e 14 anos.
Outros métodos como o uso de preservativos e a ida ao ginecologista para a realização do exame de Papanicolau também são de extrema importância.
Você sabia que no dia 26 de março é o Dia Mundial do combate ao câncer do colo do útero? E que os meses de março (Março Lilás) e outubro (Outubro Rosa) são dedicados para atenção e cuidados preventivos contra esse tipo de câncer?
Mas lembre-se: cuidar da saúde é uma missão diária. Não espere adoecer para buscar ajuda médica.
Fontes: