Ícone do siteBlog dr.consulta

Cirurgia de ginecomastia: o que é e quando fazer?

Na imagem observamos uma profissional da saúde preparando o procedimento cirúrgico de um paciente cujo rosto não é visível.

Pense por um instante: você já conheceu alguém que fez a cirurgia de ginecomastia? Nos Estados Unidos, a realização desse procedimento aumentou 22% desde o ano 2000, segundo dados da American Society of Plastic Surgeons (Asps).

A alta adesão está relacionada ao fato de que o próprio paciente é capaz de desconfiar do quadro ao perceber alterações no corpo e, posteriormente, confirmar por avaliação médica ou exame físico.

Ao mesmo tempo, também é algo que afeta diretamente a autoestima e faz com que muitos busquem o tratamento que, na maioria das vezes, se dá por cirurgia.

O que é a ginecomastia?

A ginecomastia é uma o aumento irregular das mamas de pessoas com sexo biológico masculino. A principal causa dessa condição é o desequilíbrio hormonal desencadeado pela quantidade elevada do hormônio estrogênio no corpo. 

No geral, esse diagnóstico ocorre quando há uma proliferação benigna das glândulas mamárias (temporária ou permanentemente), principalmente entre os rapazes entre 12 e 15 anos, período da puberdade.

Na idade adulta certos fatores podem fazer com que essa diferença hormonal cresça e a ginecomastia fique mais aparente, sendo necessário algum tipo de tratamento. São potencializadores para esse quadro clínico:

É importante diferenciar o diagnóstico da ginecomastia da pseudoginecomastia ou lipomastia, presente em homens com excesso de peso. Nesta última condição  temos a criação de gordura na região das mamas sem a proliferação glandular de fato.

Graus de ginecomastia

A ginecomastia se manifesta de três formas, partindo de um grau mais simples e menos visível até um mais complexo e com acúmulo excessivo de gordura e pele. 

Grau 1 

Caracteriza-se por um pequeno aumento no tamanho da mama, detectável principalmente por conta do aspecto da aréola (parte escura que rodeia o mamilo), que fica mais protuberante. Não há sobra de pele, apenas tecido mamário subcutâneo (embaixo da pele).

É comum que esse tipo de ginecomastia desapareça naturalmente, mas quando isso não ocorre, é possível regredir o quadro por meio de tratamento medicamentoso.

Grau 2 

Nessa circunstância a mama fica mais protuberante. A partir desse estágio a cirurgia de ginecomastia pode ser realizada, especialmente quando há excesso de pele.

Entretanto é fundamental ter aconselhamento médico para essa tomada de decisão.

Grau 3

O terceiro grau acontece quando há o desenvolvimento de tecido ao ponto de causar a sobra de pele. Ocorre também a chamada ptose mamária, ou seja, elas assumem um formato mais caído. 

Pode ser que a ginecomastia afete ambas as mamas (bilateral), mas ela também pode ser unilateral. O tratamento mais indicado é a cirurgia, sendo por vezes recomendada a remoção da glândula mamária, além de tecido e gordura. 

Sintomas comuns

Imagem ilustrativa (iStock)

Apesar de ser o principal sinal, o aspecto aumentado das mamas pode não ser a única evidência de suspeita desse diagnóstico. 

Incômodos e desconfortos na região peitoral também podem ser sentidos, além de coceira e sensibilidade ao tocar no local, mesmo na ausência de dor. Assimetria entre as aréolas com alterações no tamanho ou formato também são fortes indícios.

A constatação, no entanto, só pode ser feita após a realização de exames clínicos e de imagem.

Grupos de risco

Embora a ginecomastia ocorra em homens de qualquer idade, há fases em que a incidência é maior. Isso se deve principalmente à abundância de estrogênio ou aos baixos níveis de testosterona no corpo. 

As três fases são:

  1. Período neonatal: o desequilíbrio hormonal pode acontecer ainda nesse período, já que durante a gestação o bebê está exposto aos hormônios da mãe pela placenta. Normalmente, esse quadro se resolve durante o primeiro ano da criança.
  1. Adolescência: segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cerca de 60% dos jovens desenvolvem essa condição na chamada ginecomastia puberal.
  1. Após os 60 anos: homens com mais idade tendem a apresentar baixos níveis de testosterona, quase igualando a concentração desse hormônio com o estrogênio. 

Qual especialista devo procurar?

A ginecomastia pode ser percebida inicialmente com um autodiagnóstico ao se olhar no espelho, tocar nas próprias mamas ou ao perceber algum dos sinais citados. Entretanto, esse não é o diagnóstico final.

Ao desconfiar de qualquer alteração, é necessário marcar uma consulta com um mastologista ou endocrinologista. Um clínico geral também pode participar da investigação, fazendo o encaminhamento para um especialista.

A partir daí, o médico realizará um exame físico, a palpação, podendo, às vezes, solicitar outros exames como hemograma completo e mamografia. 

Como funciona a cirurgia de ginecomastia?

Imagem ilustrativa (iStock)

Em situações nas quais as alterações mamárias afetam profundamente a autoestima do paciente ou impactam negativamente na qualidade de vida devido às dores e sensibilidade, o mastologista ou endocrinologista o encaminharão para um cirurgião plástico, que será encarregado do procedimento. 

E como é a cirurgia para ginecomastia?

Primeiramente, é realizada a anestesia e, em seguida, a sedação. O cirurgião, então, faz uma pequena incisão em forma de meia-lua ao redor da aréola que, além de ser menos invasiva, deixa uma cicatriz pequena e quase imperceptível.

Na sequência, são retiradas as glândulas mamárias, juntamente com o excesso de pele e gordura. 

Para quem é indicada?

O procedimento é recomendado quando há um nível aparente de ginecomastia que não pode ser revertido por meio de outros tratamentos. Quem irá avaliar e indicar se a intervenção cirúrgica é recomendada ou não é o médico especialista.

Muitos homens buscam esse tipo de procedimento por questões estéticas, mesmo que não existam outros sintomas. Porém,a cirurgia só pode acontecer quando indicada por um profissional, já que a saúde deve vir sempre em primeiro lugar.

Quantas horas dura a cirurgia de ginecomastia?

A duração pode variar de acordo com a complexidade. Pode ser preciso aplicar mais de uma anestesia ou fazer a remoção de outros tecidos, o que costuma requerer mais tempo.

Quando menos complexa e sem complicações, a operação pode durar, em média, cerca de 3 horas desde a anestesia até o fim do procedimento.

Preciso tomar anestesia geral?

Uma das dúvidas mais frequentes diz respeito à anestesia. Na cirurgia de ginecomastia existem três possibilidades:

Somente cirurgiões e anestesiologistas (especialista em anestesia) podem avaliar os riscos e decidir o tipo ideal de sedativo.

Como é o pós-operatório?

Durante o período pós-operatório o paciente precisará utilizar faixa compressora ou colete de malha cirúrgica. Na hora de dormir a posição de bruços deve ser evitada.

Além disso, para uma boa cicatrização da área é importante:

Compareça também às consultas para acompanhar a recuperação. É muito comum que os pontos sejam absorvíveis e não haja necessidade de retirá-los. De tempos em tempos, no entanto, é importante trocar o curativo, obedecendo às orientações.

O profissional poderá prescrever medicamentos para administrar o inchaço e dores.

Sessões de drenagem linfática podem ser realizadas a depender da indicação médica. Esse é um tipo de massagem que favorece a circulação e o escoamento de líquidos e ajuda na desintoxicação do organismo.

E onde buscar um primeiro atendimento?

Entendeu um pouco mais sobre o que é a cirurgia de ginecomastia? Se você quiser agendar uma consulta para fazer uma avaliação com o mastologista ou endocrinologista, conte com os profissionais do dr.consulta! 

No site é possível realizar o agendamento de consultas para avaliar o seu caso e obter as melhores orientações.

Fontes:

Sair da versão mobile