O segundo mais comum entre as mulheres acima de 40 anos, o câncer de mama é uma doença ocasionada pela multiplicação desordenada das células anormais nos seios. Somente em 2021 foram registrados mais de 66 mil novos casos, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).
De maior incidência nesse sexo, a doença também pode atingir homens – o que reforça a necessidade de informações relevantes e rotinas de cuidados para prevenir o câncer de mama, uma vez que existem fatores que podem ser modificados.
A prevenção começa com a informação: fatores de risco
Fatores comportamentais e/ou Ambientais
- obesidade e sobrepeso, após a menopausa;
- atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana);
- consumo de bebida alcoólica;
- história de tratamento prévio com radioterapia no tórax.
Vida reprodutiva ou fatores hormonais
- primeira menstruação antes de 12 anos (menarca);
- não ter filhos;
- primeira gravidez após os 30 anos;
- menopausa após os 55 anos;
- uso de contraceptivos hormonais;
- ter feito terapia de reposição hormonal, principalmente por mais de cinco anos.
Hereditários/ Genéticos
- histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
- alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
Portanto, é preciso investir na prevenção primária para reduzir os fatores de risco: manter o peso corporal saudável, ser fisicamente ativa, evitar consumo de bebida alcoólica, amamentar o maior tempo possível (para quem tem filhos).
Neste sentido, as medidas preventivas podem ser resumidas entre:
- manter uma dieta mais equilibrada rica em frutas, verduras, fibras e legumes. Alimentos como cenoura, brócolis, romã, frutas vermelhas, uva e peixes fortalecem a imunidade e são indicados para evitar o surgimento de células cancerosas;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Primeiros sinais do tumor no seio
Ter um diagnóstico precoce desse câncer, aumenta as chances de cura em até 90% dos casos. Em outras palavras, quando descoberto mais cedo, as taxas de mortalidade são reduzidas.
É a partir da mamografia que as alterações podem ser percebidas e avaliadas em tempo de serem tratadas. Portanto, os exames de rastreio são uma importante ferramenta para prevenir o câncer de mama.
Indicações
Pessoas com histórico familiar da doença podem fazer o exame anualmente a partir dos 35 anos e as demais, a partir dos 40. Acima dos 50 anos, pode ser feita a cada dois anos.
A prevenção é sobre autocuidado muito antes do autoexame
O autoexame
Embora se fale muito do exame de mama, é preciso ter o conhecimento e a consciência de que o autoexame já é um tipo de diagnóstico tardio, porque detecta alterações existentes, ou seja, não pode ser considerado preventivo.
- posicione-se em frente ao espelho;
- com as mãos abaixadas, observe se existem alterações nos seios;
- coloque as mãos atrás da cabeça e faça a mesma observação visual;
- em seguida, com as mãos na cintura, faça força e continue observando os seus seios;
- apoupe levemente os dois seios e verifique, no toque, se existe a presença de algum nódulo ou caroço;
- pressione os mamilos para se certificar se existem secreções.
Tipos de tratamentos para o câncer de mama
O tratamento para o câncer de mama dependerá do estágio do tumor e da gravidade do caso. Além disso, são avaliadas condições básicas do paciente para compreender os efeitos colaterais. Dependendo do quadro, podem ser indicados:
- radioterapias: realizada normalmente após a mastectomia e quando o tumor é superior a 5 (cinco) centímetros e atinge os linfonodos;
- quimioterapias: procedimento indicado pré-cirurgia em casos de tumores maiores que 1 (um) centímetro);
- mastectomia: retirada cirúrgica total da mama afetada, incluindo a pele, a aréola, a glândula mamária e o mamilo.
Fique atento aos sinais do seu corpo e mantenha uma rotina de hábitos saudáveis. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores formas de vencer o câncer de mama.
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Fontes: