Como é feito o congelamento de óvulos?

Um dos procedimentos que está ganhando destaque no universo da saúde reprodutiva é do congelamento de óvulos.
Esse método permite que as mulheres preservem sua fertilidade, oferecendo opções para quem ainda quer ter filhos, em algum momento da vida.
Como funciona o congelamento de óvulos?
Criopreservação de óvulos ou congelamento de óvulos são nomes para a técnica de reprodução assistida usada para preservar a fertilidade feminina. Por meio deste procedimento, óvulos são extraídos, congelados e armazenados para uso futuro. Isso possibilita que mulheres possam adiar a maternidade por motivos de saúde, planejamento profissional ou pessoal.
O processo envolve a extração de óvulos maduros dos ovários (durante a ovulação), que são então submetidos a temperaturas extremamente baixas para preservação. Uma técnica chamada vitrificação é frequentemente utilizada, permitindo um congelamento ultrarrápido que minimiza a formação de cristais de gelo, preservando melhor as células.
Processo
É dividido em várias etapas, sendo a primeira a fase de estimulação ovariana, onde hormônios são administrados para estimular os ovários a produzirem múltiplos óvulos ao invés do único mensal. Exames de ultrassom e sangue acompanham esta fase para monitorar o crescimento folicular.
A coleta dos óvulos é feita por aspiração folicular, um procedimento minimamente invasivo realizado sob sedação leve. Após a coleta, os óvulos são examinados e aqueles adequados são selecionados para a vitrificação.
A vitrificação, principal passo do congelamento, envolve a imersão dos óvulos em soluções crioprotetoras antes de serem rapidamente resfriados e armazenados em nitrogênio líquido.
Período de recuperação pós-congelamento
Geralmente, a recuperação após a coleta de óvulos é rápida. As pacientes podem se sentir um pouco mais cansadas ou experimentar um leve desconforto abdominal, durante um ou dois dias após o procedimento. É necessário repousar e evitar atividades físicas intensas até liberação médica.
Por que e quando considerar o congelamento de óvulos

Essa é apenas uma das decisões dentro do planejamento familiar. Um dos principais motivos, para a procura desse tipo de serviço, é a busca pela preservação da fertilidade. Muitas famílias querem ter filhos, mas entendem que precisam de mais tempo.
No entanto, o “relógio biológico feminino” tem um prazo. A diminuição natural da fertilidade ocorre porque o número de óvulos diminui à medida que se envelhece. O período mais fértil ocorre no pico dos 20 anos e declina a partir dos 30, com uma queda mais acentuada após os 35 anos, quando o organismo começa a se preparar para a menopausa.
Além disso, mulheres que estão em tratamentos médicos mais agressivos (como a quimioterapia, por exemplo) e não querem comprometer a gestação futura, fazem normalmente essa opção.
Quem pode realizar o congelamento de óvulos?
O grupo das candidatas inclui o daquelas que fizeram essa opção por livre e espontânea vontade, de quem tem histórico familiar de menopausa precoce ou condições médicas que afetam a reserva ovariana. Normalmente, as pacientes estão entre 20 e 30 anos, quando a qualidade de óvulos é considerada ideal.
Contudo, sempre é necessário consultar um especialista em reprodução assistida para avaliar a viabilidade do congelamento. O acompanhamento regular ginecológico auxilia no mapeamento das demais condições de saúde para esse momento.
Riscos e considerações do procedimento
Apesar dos inúmeros benefícios, o procedimento não é isento de riscos. A estimulação ovariana pode causar desconfortos como inchaço abdominal e mudanças de humor. Existe ainda o potencial para a síndrome de hiperestimulação ovariana – situação onde os ovários respondem de forma severa à medicação.
Também é crítico considerar que o sucesso do descongelamento e da fertilização subsequente não é garantido. A taxa de sucesso pode variar dependendo de diversos fatores, incluindo a qualidade dos óvulos e a idade da mulher no momento da coleta.
Aspectos legais
O congelamento de óvulos envolve aspectos legais que variam conforme o país. No Brasil, a Resolução do Conselho Federal de Medicina regula práticas de reprodução assistida, estipulando diretrizes éticas para o congelamento e a destinação de gametas.
É importante discutir ainda a duração do armazenamento dos óvulos e quem possui direitos sobre o material genético em caso de divórcio ou falecimento e consultar ainda um especialista em direito médico, para esclarecer dúvidas sobre cada situação particular.
Alternativas ao congelamento de óvulos
Existem outras opções para aquelas que buscam preservar a fertilidade. O congelamento de embriões é uma alternativa comum, onde o óvulo que já está fertilizado é congelado, oferecendo uma taxa de sucesso histórico mais alta em descongelamento e implantação.
Outras técnicas ainda em desenvolvimento, como a criopreservação de tecido ovariano, também são de interesse, permitindo a restauração de parte da função ovariana, embora sejam menos estabelecidas do que a criopreservação de óvulos ou embriões.
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Fontes: