Como identificar e aliviar os sintomas da menopausa precoce
A interrupção do ciclo menstrual antes dos 40 anos, conhecida como menopausa precoce, causa mudanças físicas e emocionais significativas, além de exigir acompanhamento médico. Essa condição atinge cerca de 1% das mulheres, sendo ainda menos comum antes dos 30 anos, atingindo 0,1%.
Motivos e influências para essa condição
Embora incomum, a menopausa antes dos 40 anos de idade, pode surgir de forma inesperada, entretanto, diversos fatores podem contribuir para que isso aconteça, incluindo:
- predisposição genética, ou seja, histórico na família;
- tratamentos médicos e terapias como quimioterapia e radioterapia, pois às vezes afetam os ovários;
- doenças autoimunes, como lúpus e disfunções da tireoide, porque interferem na produção hormonal;
- estilo de vida, como fumar e excesso de estresse.
Principais sintomas da menopausa precoce
Os sinais são semelhantes aos da menopausa regular, mas em alguns casos se manifestam de forma mais intensa. Entre os sinais mais comuns, destacam-se:
- irregularidade ou ausência de menstruação por longos períodos;
- sensação repentina de calor, principalmente na parte superior do corpo;
- irritabilidade, ansiedade e mudanças de humor frequentes;
- secura vaginal, desconforto durante as relações sexuais e aumento da sensibilidade na região íntima;
- diminuição da libido, uma vez que há redução dos níveis hormonais;
- sensação constante de cansaço e dificuldade para dormir de forma contínua e reparadora;
- dificuldades para engravidar, devido à diminuição na produção de óvulos.
Independentemente dos sintomas e da intensidade, é importante manter um acompanhamento ginecológico regular para a devida avaliação do quadro e devidas recomendações de saúde.
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Como saber se já estou na menopausa precoce?
Os sintomas presentes em mulheres na faixa etária dos 40 anos já são um grande indicativo, porém, para identificar quando se trata ou não da menopausa, o ginecologista geralmente realiza uma análise que combina a avaliação clínica detalhada e exames laboratoriais.
No primeiro momento (anamnese) são consideradas as queixas das pacientes, os fatores de risco e o histórico familiar.
Exames de sangue específicos como o FSH (hormônio folículo-estimulante) e de estrogênio, medem os níveis desses hormônios no organismo e complementam o diagnóstico. O ginecologista pode pedir ainda uma ultrassonografia para verificar disfunções no ovário.
Tratamentos e medidas práticas para lidar com a menopausa prematura
Embora não seja possível prevenir e reverter a menopausa precoce, existem formas de conviver melhor com essa condição no dia a dia e aliviar seus sintomas:
Reposição hormonal
Quando indicada por um médico, esse tratamento é um aliado poderoso para aliviar sinais como ondas de calor, secura vaginal e a insônia. A reposição hormonal também ajuda a proteger os ossos, reduzindo o risco de osteoporose, uma condição comum após a queda dos níveis de estrogênio.
A contraindicação do método é válida para pessoas com histórico familiar de câncer de mama ou condições cardiovasculares. Nessa situação, é necessário buscar alternativas junto ao especialista.
Rotina de autocuidado
Adotar uma rotina que combine hábitos saudáveis e práticas de autocuidado é essencial para enfrentar os desafios da menopausa precoce com mais conforto e equilíbrio.
Por exemplo, uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, com alimentos como laticínios e vegetais de folhas verdes, contribui para fortalecer os ossos e o sistema imunológico.
Já a prática regular de exercícios físicos, incluindo caminhadas, pilates, musculação, corrida ou natação, melhora a saúde cardiovascular, auxilia na postura e eleva o humor.
Manter o corpo hidratado é igualmente importante, pois o consumo adequado de água minimiza a secura vaginal e favorece o funcionamento geral do organismo. Além disso, criar momentos para atividades prazerosas, como ler, ouvir música ou dedicar-se a hobbies, preserva o bem-estar emocional.
Evitar fumar e identificar outros elementos que agravem os sintomas, como o álcool, a cafeína e os alimentos picantes, reduz os episódios de calor, ansiedade e irritabilidade, promovendo uma rotina mais leve e equilibrada.
Terapias complementares
A acupuntura, uma prática milenar chinesa, ameniza dores, diminui a ansiedade e melhora a qualidade do sono, sendo uma medida de tratamento efetiva, de acordo com um estudo na revista Menopause.
Já a ioga e a meditação, por exemplo, contribuem para o controle da respiração, o equilíbrio dos pensamentos e a redução da irritabilidade e da tristeza.
Suplementação quando necessária
Mulheres na menopausa precoce podem se beneficiar de suplementos que contenham cúrcuma e vitamina E, para tratar as inflamações e ansiedade. . Já os suplementos probióticos atuam no funcionamento intestinal, reforçam a composição hormonal e focam na redução do estresse.
A suplementação deve ser orientada e acompanhada pelo ginecologista para evitar interações com demais tratamentos.
Rede de apoio
A menopausa precoce não define a trajetória de uma mulher, mas é um ponto de partida para redescobrir o autocuidado e fortalecer a conexão com o próprio corpo. Enfrentar essa fase com consciência e apoio adequado não é apenas sobre tratar desequilíbrios, mas sobre viver plenamente cada etapa, com saúde, equilíbrio e confiança.
Compartilhar experiências é uma forma reconfortante de falar sobre o tema e oferece novas perspectivas sobre como lidar com os novos desafios.
Além de médicos, psicólogos e terapeutas auxiliam no atendimento emocional, principalmente para aquelas que enfrentam dificuldades para aceitar as mudanças no corpo.
Fontes: