6 cuidados com a dentadura para manter a saúde bucal
Se a manutenção dos dentes naturais exige uma série de cuidados, o mesmo se aplica à perda deles e à sua substituição.
Ao optar pelo uso de uma prótese dentária – seja ela fixa, removível ou total (as populares dentaduras) –, é essencial cuidar da higienização, da manutenção e de outros detalhes essenciais para a preservação da saúde bucal.
O conteúdo a seguir tem como objetivo esclarecer em quais situações uma pessoa pode necessitar de próteses totais e destacar os principais cuidados para que se garanta uma experiência segura e confortável.
Quando a dentadura é indicada?
No Brasil, pelo menos 34 milhões de pessoas com mais de 18 anos já perderam 13 ou mais dentes, e cerca de 14 milhões não possuem nenhuma dentição na boca, de acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa perda parcial ou total de dentes, conhecida como edentulismo, tem como principal causa a periodontite – um tipo de infecção grave das gengiva. .
Outras condições que também podem levar à queda dos dentes incluem cáries avançadas, câncer bucal, bruxismo, uso de determinados medicamentos e até mesmo uso de substâncias ilícitas.
Além das dificuldades funcionais, a ausência de dentição pode levar a complicações como alterações na fala, mastigação, respiração e disfunções na articulação temporomandibular (ATM), estrutura que conecta a mandíbula ao crânio.
Também há impacto significativo no senso estético e na autoestima das pessoas, afeto diretamente sua seguranaça sobre si mesma.
Nesse contexto, as dentaduras não são apenas dispositivos mecânicos que ajudam na mastigação, mas também uma ferramenta que promove o bem-estar psicológico para quem, por algum motivo, perdeu os dentes.
Um estudo publicado no periódico Archives of Health Investigation destacou que, além de permitir que o usuário volte a comer, a prótese o ajuda a falar e sorrir sem constrangimentos, contribuindo para a qualidade de vida.
Como manter a prótese bem cuidada
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fornece orientações práticas para garantir a durabilidade e a higiene das dentaduras:
- dormir sem a prótese;
- colocar a dentadura imersa em um recipiente limpo com água quando não estiver usando;
- utilizar adesivos para estabilidade somente com orientação do dentista;
- optar por alimentos macios e cortados em pedaços pequenos nos primeiros dias de uso;
- higienizar a prótese corretamente, com escova, pasta de dente ou gaze sempre após as refeições (importante limpar as gengivas, a boca e as bochechas também);
- realizar consultas periódicas de seis em seis meses para possíveis ajustes.
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Como é a adaptação à dentadura
Esse processo requer paciência, uma vez que pode levar de seis a oito meses para que o usuário se sinta totalmente confortável ao mastigar ou falar com a nova prótese.
Nesse período, é comum surgirem irritações ou pontos de dor na boca. Essas dificuldades, no entanto, são transitórias.
A recomendação é utilizar a prótese o máximo possível, respeitando os limites do corpo. Exercícios de adaptação, como repetir palavras difíceis (por exemplo: “mississippi”, “exceção” e “pessimista”), podem ajudar no processo.
Durante as consultas de rotina, é importante também informar ao dentista os locais de desconforto para que ele realize os ajustes necessários na prótese.
Mais do que um simples recurso funcional, a dentadura pode transformar a vida de quem a utiliza, restaurando, não apenas a saúde bucal, mas também a confiança e a qualidade de vida.
Fontes:
