A endoscopia digestiva alta (EDA) é o principal exame que ajuda na identificação das causas de dores abdominais, queimação, enjoos e dificuldades para se alimentar. Nem sempre esses sintomas são sérios, no entanto, para chegar a essa conclusão é necessário fazer uma avaliação diagnóstica dos órgãos do sistema digestivo.
Como é feita a endoscopia?
O endoscópio é uma pequena câmera localizada na extremidade de um fino tubo flexível. Esse tubo é inserido pela boca do paciente, que permanecerá deitado, e percorre internamente os órgãos do sistema digestivo, fazendo imagens do esôfago, estômago e duodeno (parte inicial do intestino delgado).
Para evitar qualquer tipo de desconforto, são normalmente usados sprays para borrifar anestésico na garganta ou sedativos, aplicados na veia. Assim, o paciente fica mais relaxado durante o procedimento e pode eventualmente dormir até que a coleta das imagens seja concluída.
Apesar de ter curta duração (de no máximo uns 30 minutos, em média) é necessário um tempo de repouso e observação após o término da endoscopia, para que os efeitos do anestésico e do sedativo passem ou sejam reduzidos.
No mesmo procedimento podem ser retirados pólipos (polipectomias) e fragmentos do tecido para exame (biópsia) e feitas cauterizações de sangramentos.
Contraindicações
Mesmo sendo um exame bem seguro, a endoscopia é contraindicada para gestantes e pessoas com suspeita de gravidez e suspeita de perfuração do trato digestório. Aquelas com doenças cardíacas, respiratórias ou neurológicas devem consultar o médico responsável antes de marcar o exame.
Como se preparar para uma endoscopia?
Na fase do preparo para a endoscopia algumas recomendações precisam ser consideradas:
- fazer jejum completo nas 8 horas que antecedem o exame (sem alimentos e água);
- não fumar no intervalo das 8 horas anteriores;
- consultar o médico responsável pelo acompanhamento de saúde sobre a interrupção do uso de medicamentos que possam alterar a pressão sanguínea ou que interfiram na coagulação.
Também é importante levar um acompanhante para o deslocamento pós-exame. Não é recomendado dirigir após a endoscopia, pelos riscos de causar algum acidente em função da sonolência ou perda momentânea dos sentidos.
Importante: pacientes que estiverem amamentando devem ter um intervalo de 6 horas para amamentar novamente.
Periodicidade
A frequência do exame de endoscopia digestiva alta depende de paciente para paciente. Os resultados dos exames assim como o intervalo dos pedidos são realizados por um gastroenterologista.
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6 doenças que a endoscopia pode identificar e prevenir
Quando saudáveis, o esôfago, estômago e o duodeno se apresentam com coloração rosa e textura mais uniforme. Por outro lado, alterações nesses padrões podem indicar certas doenças e distúrbios gastrointestinais, como:
- esofagite;
- refluxo;
- gastrite;
- hérnia de hiato;
- tumores benignos e malignos (como o câncer do estômago, por exemplo);
- úlceras.
Se diagnosticadas nos estágios iniciais, essas doenças, responsáveis por dores nessa região, podem ser tratadas e eliminadas definitivamente.
Na endoscopia associada à biópsia é possível detectar ainda a presença da bactéria Helicobacter pylori, causa da gastrite crônica e das úlceras.
Fontes: