Como é feito o exame de paquimetria e por que ele é solicitado

A qualidade da visão depende de diversas estruturas, entre elas a córnea – camada transparente localizada na parte anterior do globo ocular e responsável por permitir a entrada da luz nos olhos.
Para avaliar sua integridade e densidade, realiza-se o exame de paquimetria, um procedimento oftalmológico simples, rápido e indolor, mas que fornece informações valiosas para o diagnóstico, o acompanhamento e o tratamento de diversas patologias.
Como funciona o exame de paquimetria
Ele pode ser feito por duas técnicas principais: a ultrassônica e a óptica. Segundo estudo publicado na revista Clinical and Experimental Optometry, o primeiro método citado é considerado o mais tradicional e o padrão-ouro.
Nele, a pessoa deve olhar para um ponto fixo enquanto uma sonda emite ondas sonoras que, ao refletirem na superfície ocular, retornam ao aparelho e permitem um cálculo mais preciso da espessura corneana.
Antes de iniciá-lo, geralmente aplica-se um colírio anestésico no olho do paciente, pois o paquímetro (instrumento usado) é posicionado no centro da córnea – apesar de ser um fator que, em alguns casos, pode influenciar na avaliação.
É preciso medir três vezes para chegar a uma média desses valores, que é utilizada como resultado final.
Já na segunda técnica, feixes de luz são emitidos por aparelhos específicos, como o tomógrafo de coerência óptica, topógrafos baseados em fotografia Scheimpflug ou instrumentos de biometria óptica.
Esses dispositivos captam imagens em alta resolução sem contato direto com o olho, o que torna o exame mais confortável, reduz o risco de infecção e dispensa o uso de anestesias.
Por que medir a espessura da córnea
Alterações nesse aspecto podem indicar patologias ou questões que complementam os resultados de outros testes, como a tonometria (que confere a pressão intraocular), tornando-o um parâmetro muito relevante.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) recomenda a realização da paquimetria ultrassônica para:
- diagnosticar e monitorar doenças da córnea;
- planejamento da cirurgia refrativa ou avaliação do paciente que já fez essa correção de miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo;
- suspeita de glaucoma, hipertensão ocular ou edema subclínico da córnea;
- detecção de diferença maior ou igual a 3 mmHg na pressão intraocular do olho contralateral.
Pode ser necessária ainda antes de uma operação de catarata em pessoas com afinamento ou modificações prévias no tecido corneano, principalmente as que já passaram por procedimentos a laser (LASIK) ou por um transplante dessa estrutura.
Cabe ao oftalmologista interpretar todos os dados de acordo com o histórico clínico do paciente, outras análises e sintomas apresentados.
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Preparo do exame
No dia agendado para a paquimetria é preciso apenas suspender o uso de lentes de contato e não apresentar nenhum tipo de infecção na região (conjuntivite, úlcera de córnea etc.).
Outros cuidados com a saúde ocular
Ao sinal de qualquer sintoma inexplicado, é de extrema importância buscar ajuda profissional imediata para prevenir complicações.
No entanto, o acompanhamento oftalmológico deve ser sempre regular, pois contribui com diagnósticos precoces e a manutenção da saúde visual, especialmente para indivíduos que tem pessoas na família com glaucoma ou outras condições e para os usuários de óculos e lentes.
Além disso, adotar hábitos saudáveis, como ter uma alimentação equilibrada, evitar o uso excessivo de telas e proteger os olhos da exposição solar, também é essencial para preservar a visão ao longo do tempo e garantir mais qualidade de vida.

Fontes: