Conheça os exames de próstata e para quem são indicados
Os exames de próstata são fundamentais para a saúde masculina, principalmente na detecção precoce do câncer que atinge tal região, um dos mais prevalentes entre os homens. Além disso, a realização deles pode ajudar a identificar outras condições, como inflamações e hiperplasia prostática benigna (HPB).
O que é o exame de próstata?
Trata-se de um conjunto de testes utilizados para avaliar a saúde da glândula prostática, uma parte importante do sistema reprodutor masculino. A próstata, localizada logo abaixo da bexiga, envolve parte da uretra e tem a função de produzir o líquido que compõe o sêmen.
O aumento desse órgão, ou a presença de outras alterações, pode comprometer a qualidade de vida e, em casos mais graves, sinalizar a presença de câncer. Os principais exames de próstata incluem:
- toque retal;
- exame de PSA (antígeno prostático específico);
- ultrassom de próstata;
- biópsia de próstata.
1 – Toque retal
Este é um dos exames mais conhecidos e, apesar de seu estigma, é simples e rápido. O médico insere o dedo no reto para palpar a próstata e verificar se há alterações no tamanho, formato ou textura da glândula.
Quando fazer
Recomenda-se o toque retal anualmente para homens a partir dos 50 anos. No entanto, homens com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos.
2 – PSA (Antígeno Prostático Específico)
Este é um exame de sangue que mede os níveis de uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados de PSA podem indicar a presença desse tipo de carcinoma, mas também podem ser causados por inflamação (prostatite) ou crescimento benigno da próstata (hiperplasia prostática benigna).
Quando fazer
Homens com 50 anos ou mais devem realizar o exame anualmente, junto com o toque retal. Mas, aqueles que fazem parte de grupos de risco devem começar esse acompanhamento a partir dos 45 anos.
O exame de PSA é particularmente útil para monitorar a saúde da próstata ao longo do tempo e verificar a necessidade de exames complementares, como a biópsia.
3 – Ultrassom de próstata
Este é um exame de imagem que pode ser realizado de duas maneiras: transabdominal (pela barriga) ou transretal (pelo reto). O método transretal oferece melhor visualização da próstata e é mais comum quando se deseja uma análise mais precisa.
Quando fazer
O ultrassom de próstata é geralmente solicitado quando o toque retal ou o PSA indicam a necessidade de uma investigação mais detalhada. O exame também pode ser indicado para avaliar o volume em casos de hiperplasia prostática ou para guiar uma biópsia.
Biópsia de próstata
Este é o único exame capaz de confirmar a presença de câncer. Ele é realizado por meio da coleta de amostras da próstata, guiada por ultrassom transretal, para análise laboratorial.
Quando fazer
A biópsia é indicada quando há suspeita de câncer, com base nos resultados de outros exames, como o PSA e o toque retal. Ela é recomendada para homens que apresentam níveis de PSA persistentemente altos ou alterações significativas no toque retal.
No entanto, é importante ressaltar que a biópsia só é realizada quando há indícios claros, para evitar procedimentos desnecessários.
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Idade certa para começar a fazer exame de próstata
Esse parâmetro varia de acordo com o perfil de risco, que é maior para homens com: idade maior que 55 anos, histórico familiar de câncer, sobrepeso e obesidade.
- homens sem fatores de risco: a partir dos 50 anos recomenda-se realizar os exames de PSA e toque retal anualmente.
- homens com histórico familiar de câncer de próstata: iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos.
- sintomas relacionados à próstata: exames devem ser realizados independentemente da idade.
Sinais de modificações na próstata
É importante manter consultas regulares com o urologista, especialmente se houver presença de sintomas no órgão.
Isso porque o câncer de próstata é uma das condições mais silenciosas que afetam a saúde do homem, muitas vezes desenvolvendo-se sem apresentar sinais em seus estágios iniciais.
Essa característica torna a detecção precoce ainda mais crucial, pois quando identificado cedo, as chances de tratamento eficaz e cura são significativamente maiores. Portanto, em caso de sintomas como os listados abaixo, não hesite em procurar um profissional.
- dificuldade para urinar: sensação de que a bexiga não esvazia completamente após urinar ou dificuldade em iniciar a micção;
- aumento da frequência urinária: necessidade de urinar com maior frequência, principalmente à noite;
- fluxo urinário fraco ou interrompido: ou seja, dificuldade em manter um fluxo constante ao urinar;
- sangue na urina ou no sêmen: pode ser um sintoma de uma condição mais avançada;
- dor ou queimação ao urinar: menos comum, mas também pode ocorrer em casos mais avançados;
- disfunção erétil: em alguns casos, pode estar relacionada ao câncer de próstata ou aos tratamentos necessários para combatê-lo.
Tratamento e prevenção do câncer de próstata
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados cerca de 70 mil novos casos a cada ano, com uma taxa de incidência maior a partir dos 50 anos de idade. Isso reforça a importância dos exames regulares mesmo na ausência de sintomas.
Afinal, o impacto do câncer na vida dos homens vai muito além do físico. Muitas vezes, o diagnóstico traz uma carga psicológica significativa, como medo, ansiedade e preocupação com a perda de funções como a capacidade de urinar ou a função sexual, por exemplo.
No entanto, com o avanço das terapias e dos tratamentos, muitos homens conseguem superar essas barreiras e continuar a ter uma boa qualidade de vida. Os tratamentos incluem cirurgia, radioterapia, terapias hormonais e, em casos avançados, quimioterapia.
Cada um desses tratamentos é adaptado ao estágio e à agressividade, e as decisões terapêuticas sempre devem ser tomadas em conjunto com o paciente, levando em consideração a preservação de sua qualidade de vida.
Embora o câncer de próstata esteja intimamente ligado a fatores genéticos e de idade, a adoção de um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco.
De acordo com o Ministério da Saúde, manter uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e gorduras saudáveis, praticar atividades físicas regularmente e evitar o tabagismo e o consumo de álcool, são medidas que podem contribuir para uma saúde melhor e reduzir potencialmente o risco de câncer.
Fontes: