Sim. A febre emocional existe e pode atingir crianças e adultos, em diferentes fases da vida. Não são só as condições físicas que sofrem alterações e causam dores e sintomas.
As emoções diárias e os sentimentos, de forma geral, também mudam – e alteram a maneira como as pessoas se sentem psicológica, mental e fisicamente. Ter ciência sobre o que causa essas oscilações e saber como controlá-las, pode prevenir e evitar outras doenças.
A febre emocional ou psicogênica
Quem já passou por algum momento da vida um pouco mais desafiante e sentiu a “emoção à flor da pele”, sabe que o corpo reage diferentemente, frente a certas situações.
A febre emocional ou psicogênica, normalmente tem origem psicológica e surge em ocasiões de maior estresse, nervosismo e ansiedade. Por esse motivo é facilmente associada às pessoas com transtornos mentais, transtorno de ansiedade generalizada (tag) e outras doenças psicossomáticas, que merecem igual atenção.
Eventualmente, a condição pode se desenvolver em pessoas sem histórico anterior e diante de mudanças de rotina e novas situações.
Os sintomas da febre emocional costumam aparecer e desaparecer rapidamente, em um ou dois dias, em média. Os sinais que permitem identificá-la são:
- sensação de calor intenso (que pode ou não se confirmar com uma febre de até 40 graus);
- dor de cabeça;
- insônia;
- fadiga;
- suor nas mãos e em outras áreas do corpo;
- rosto avermelhado (como se estivesse mais quente);
- aumento dos batimentos do coração (coração acelerado).
Se esses sintomas tiverem uma duração maior e coincidirem ainda com episódios de maior desânimo e falta de apetite, por exemplo, é indicado buscar ajuda médica:
O que causa a febre emocional?
Tristeza, saudade, decepção, preocupação, traumas. Geralmente, esse tipo de febre deriva de questões de ordem emocional (assim como a alergia emocional) e está mais relacionada aos momentos que trazem sensações não tão favoráveis e remetem a lembranças não tão agradáveis.
Diante do desconforto e da incerteza – que geram o estresse emocional -, o organismo tem reações involuntárias, como o aumento da temperatura corporal. A descoberta é de um estudo da Escola de Medicina de Harvard e o Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.
Vale lembrar ainda que estresse, por si só, já é responsável por mudanças no sistema nervoso simpático. Esse sistema é conhecido como o “sistema da excitação” e cria mecanismos para que o organismo suporte o estresse físico, psíquico e as situações de maior perigo e esforço.
Como respostas espontâneas tem-se: alterações nos batimentos cardíacos e na pressão arterial, assim como o aumento da adrenalina.
Tratamentos e controle emocional
Assim que diagnosticada, é acompanhada por psiquiatras ou psicólogos e tratada com medicamentos (analgésicos, ansiolíticos ou antidepressivos) que reduzam os sintomas ou atuem direto nas causas.
Esse diagnóstico é feito basicamente por eliminação, onde são descartados outras possíveis causas e parte da análise dos sintomas e sua duração.
Em crianças é recomendado observar ainda alterações no comportamento entre momentos de grande euforia e apatia, por exemplo. Mudanças na escola, separação dos pais, perda de pessoas próximas, briga com amigos podem gerar emoções diversas e com elas, os sintomas da febre emocional.
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Autoconhecimento
Reconhecer e saber interpretar as emoções e como lidar com elas, é fundamental para qualquer pessoa, em qualquer ambiente: em casa, na escola, no ambiente de trabalho. É por isso que se fala tanto sobre a importância dos cuidados com a saúde mental.
É necessário compreender ainda que nem sempre dá para imaginar ou prever o que irá acontecer nos diferentes âmbitos da vida. Entretanto, falar sobre sentimentos e refletir sobre a forma como essas situações cotidianas, “surpresas da vida” e imprevistos são encarados, sem dúvida, ajudam no maior controle emocional.
Um exercício simples é identificar e anotar os principais gatilhos e emoções que despertam. Outra recomendação é procurar apoio especializado de um profissional da área. Viver é cheio de “altos e baixos”, mas é possível passar por esses momentos de maneira mais amena.
Fontes: