De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), o termo gaslighting é usado para designar uma situação de manipulação psicológica, que pode acontecer no âmbito de relacionamentos, em especial, os amorosos.
Neste conteúdo, apresentaremos com mais detalhes o que é gaslighting, suas principais características, indícios e como lidar. Acompanhe.
Mas, antes, o que é o gaslighting?
Conforme a Defensoria Pública do Estado do Ceará, o termo teve origem a partir do filme Gaslight, de 1944. Na trama, o companheiro tenta convencer a sua esposa de que ela é louca, por meio da manipulação de pequenos ambientes de seu entorno.
Sendo assim, o gaslighting é um tipo de manipulação realizada de forma sistemática em diferentes contextos, como familiares, profissionais e amorosos.
O comportamento da pessoa manipuladora costuma apresentar algumas particularidades, como:
- ter controle sobre todas as circunstâncias;
- anular os desejos e gostos do outro, utilizando frases como “você está ficando louco(a)” ou “você não sabe o que está dizendo”;
- praticar abusos psicológicos, por meio da distorção e omissão de informações;
- inventar situações para fazer com que a vítima duvide da própria memória, percepção e sanidade.
A relação entre gaslighting e saúde mental
Como o principal objetivo é obter controle a partir da anulação dos desejos do outro, existe uma certa deterioração gradual da saúde mental e emocional da vítima.
Quem sofre com o gaslighting, portanto, possui inseguranças e medos – o que é capaz de desencadear quadros de ansiedade, desenvolvimento de sintomas depressivos e diminuição da autoestima.
Por isso, o acompanhamento com profissionais de Psicologia e Psiquiatria para o tratamento das condições citadas é algo fundamental.
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Como reconhecer esse comportamento?
Para saber se é gaslighting, há alguns indícios que a pessoa manipuladora pode dar no âmbito do relacionamento. São eles:
- mentiras excessivas: o indivíduo contorna as situações e faz com que a pessoa parceira duvide do seu comportamento, inteligência, emoções e sentimentos;
- negação da realidade: tudo que o(a) companheiro(a) faz é negado por quem pratica a manipulação, sendo tratado como loucura, mal-entendido ou falta de interpretação;
- incoerência: quem manipula não tem, na prática, a conduta e os valores que afirma ter. Assim, por mais que diga que seja uma pessoa justa, seus comportamentos se demonstram opostos;
- acusações sem fundamento: a pessoa pode acusar a outra de traição e demais condutas inadequadas, fazendo um drama capaz de convencer a vítima a acreditar e se sentir culpada.
Geralmente, as pessoas vítimas de gaslighting têm dificuldade em identificar esses sinais devido ao apego emocional da relação, mas isso não significa que elas gostam das circunstâncias em que estão inseridas.
Na realidade, apenas reforça que quem sofre esse abuso não está emocionalmente pronto para quebrar o vínculo do relacionamento.
Assim, é essencial que as pessoas próximas (amigos e familiares) estejam atentas aos sinais. Estes podem atuar como rede de apoio e de orientação para a busca de auxílio psicológico.
E como lidar?
Ao sofrer com o gaslighting, é primordial realizar o acompanhamento terapêutico. Os especialistas servirão como um método de auxílio fundamental para que a vítima consiga lidar com o cenário durante e depois do término da relação.
Em geral, eles ajudam na identificação dos padrões de comportamento controladores e colaboram para que o processo de estabilização da saúde mental seja mais eficaz.
Junto ao tratamento psicoterápico, é necessária uma constância na rede de apoio.
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Fontes:
- Gaslighting – forma de manipulação, abuso ou violência psicológica | Jornal da USP;
- Gaslighting: “você está ficando louca?”: as relações afetivas e a construção das relações de gênero | Repositório Digital LUME;
- “Você está ficando louca”: entenda o gaslighting, um dos tipos de violência psicológica contra a mulher | Defensoria Pública do Estado do Ceará;
- “It’s not in your head”: gaslighting, ‘splaining, victim blaming and other harmful reactions to microaggressions | Pubmed;
- Gaslight and gaslighting | The Lancet Psychiatry.